Nazismo estilo fashion. Quantos tons de cinza?
O liberalismo apoia o nazismo e o fascismo, desde que esses sirvam aos seus propósitos
O nazismo e o fascismo trouxe tudo que é de nefasto para a humanidade. De tempos em tempos, quando surge uma crise no capitalismo, vemos ressurgir das trevas, figuras populistas, com ideologias retiradas do nazismo e do fascismo, para servir ao liberalismo. Ou seja, o liberalismo apoia o nazismo e o fascismo, desde que esses sirvam aos seus propósitos. Quando não dá certo é sumariamente descartado e depois tentam desvincular a imagem. Serve aos propósitos pelo exótico, acabam influenciando a moda e a imaginação e transforma o país em sinônimo em coisas tão diferentes quanto o obscurantismo fanático.
O nazismo e o fascismo não foram a ideologia que foi, se não fossem a participação de arquitetos e agentes culturais que apoiavam o regime. A estética é fundamental para a existência do nazismo. O reforço visual era muito importante e Hitler, como foi estudante de artes, se utilizava desta capacidade. Encabeçado por Joseph Goebbels, a mensagem nazista era transmitida com sucesso através da arte, música, filmes, livros, rádio, escolas e imprensa. O bolsonarismo estava se apropriando da cultura para a implementação de sua ideologia, porém sem sucesso devido a falta de capacidade intelectual de seus interlocutores. Haja vista, o pronunciamento do ex-secretário de Cultura do Governo Bolsonaro, Roberto Alvim, que ao som de Richard Wagner, copiou trechos do discurso do ministro da Propaganda nazista.
Bolsonaristas que admiram Jair, apoiando seja através de fakenews nas redes, seja financiando tentativas de golpes, também acabam por fazer a luz do dia, o que outros tentam pelo obscurantismo. Tentam legitimar imagens e simbologias do que foi a página mais triste da história recente do mundo. Isso acontece em todas as esferas e recentemente aconteceu através da moda. Novamente. A Riachuelo, cujo dono bolsonarista Flávio Rocha, disponibilizou uma roupa, que era extremamente parecida com as roupas usadas por judeus em campos de concentração. Lembrando que o Bolsonaristas odeiam as minorias, o mesmo era feito por nazistas que colocavam nos Campos de Concentração, Judeus, homoafetivos, LGBTQIAP+ e ciganos.
Não se pode afirmar que teve o dedo do empresário nesta linha de roupa, mas devemos lembrar que o apoio de Flávio Rocha foi além da amizade com o ex-presidente, pois liderou grupos de empresários pró-Bolsonaro em redes sociais. Não seria novidade testar na população os limites dessa estética, o que fazia o governo Bolsonaro atrás de aprovação popular. O caso mais escancarado foi da loja Zara, que além de se inspirar na roupa usadas por judeus em campos de concentração, ainda copiou a estrela amarela em destaque para identificação daquela minoria. Lembrando do apoio da Zara por Bolsonaro e que foi denunciados por trabalho forçado de uigures na China pela associação anticorrupção Sherpa, o coletivo Ethics in Etiquette e o Uyghur Institute of Europe (IODE).
Podemos lembrar também da Renner, que vendeu um casaco com o símbolo de uma banda Neonazista, a Skrew Driver. A loja já assinou o manifesto pró-democracia mas coleciona diversas polêmicas como uma roupa com imagem de Nossa Senhora de Guadalupe com o rosto trocado por uma caveira. Percebemos que erros cometidos por designers, possam até se passar por erros não intencionais, mas quando grandes varejistas assinam e disponibilizam, corroboram com a disseminação de uma ideologia nazista. Como a estética importa, não podemos normalizar os conceitos.
Em quesito de moda, Gianni Versace falou: “Não siga tendências. Não deixe a moda possuir você, você decide o que você é, o que deseja expressar pela maneira como se veste e vive.”. Apenas se conscientizando, aguentamos as imposições neoliberais ou a extinção da humanidade, o que vier em primeiro lugar.
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