Novas tendências do jornalismo?
A Folha e outros jornais precisariam investir mais no corpo a corpo dos profissionais com as ruas e menos com as redes sociais
No mesmo dia em que a Folha de S. Paulo inaugurou um novo formato da versão impressa – o Berliner –, seguindo padrões internacionais, a ombudsman Alexandra Moraes parece ter abandonado o papel de crítica interna do jornal. O formato parece ter agradado os leitores, mas a Ombudsman vir defender outro veículo de imprensa, em assunto importante, sim, mas esquecendo a semana em que o “X” da questão era outro, se mostra aquém do que se esperava dessa função. Isso também faz parte da mudança editorial, já que ombudsman é função rara mundo afora?
O PIB cresce acima do esperado e os rancorosos economistas dizem que isso não é sustentável e precisa aumentar os juros. Não sei vocês, mas eu sinto uma má vontade para que as ações do governo deem certo. Até os jornais ditos isentos torcem o nariz para o sucesso da política econômica, ainda que possa ser momentâneo. Fake news não é somente falar mentiras, mas é também deixar de dizer as verdades.
Por fim, houve um encontro de leitores com a ombudsman da Folha, que parece ter sido interessante, segundo alguns relatos publicados pelo próprio jornal, mas ficou de lado o questionamento quanto a falta de fundamentos jornalísticos nas reportagens e artigos. Há muitos analistas de sofá e jornalistas de WhatsApp. Antes o bom jornalismo era medido pelo consumo de sola de sapato, hoje inexistente. A Folha e outros jornais precisariam investir mais no corpo a corpo dos profissionais com as ruas e menos com as redes sociais.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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