Novo fato político: liberar ou não passaporte de Bolsonaro
O xerife Xandão vai arengar ou resistir?
O ministro Alexandre de Moraes está com um pepino político nas mãos: liberar ou não passaporte do ex-presidente fascista Bolsonaro para poder ir à posse do presidente Donald Trump que o convidou?
Desafio político ou administrativo para o xerife Xandão?
Nega, simplesmente, o pedido e manda cumprir a justiça que interceptou ação golpista do ex-presidente, tomando passaporte dele e o tornando inelegível por oito anos, ou tergiversa etc?
Inicialmente, sua exigência a Bolsonaro é a de que apresente o que disse que recebeu: convite oficial do futuro chefão da Casa Branca que ocupará a cadeira mais influente do mundo no próximo dia 20.
Trump emitiu ou não o convite?
Ou foi apenas algo sem maiores protocolos, como é de praxe nas questões protocolares e diplomáticas?
Trump diria o que se cobrado por Bolsonaro para providenciar o convite, a fim de atender determinações legais impostas pelo STF, como reclama o xerife Xandão?
Se não se submeter a essa exigência protocolar, burocrática, por considerá-la um abuso inaceitável feito ao presidente da maior potência militar e econômica do planeta, qual o efeito político?
As massas bolsonaristas se mobilizariam ou não nas redes sociais
MUSK ENTRARIA OU NÃO EM AÇÃO? - Trump poderia ou não instruir Elon Musk, seu mais forte assessor, dono do X, a fazer carga contra o STF, na linha política de considerar a instituição responsável pelo resguardo da Constituição brasileira mera censora aos desejos do todo poderoso?
O roteiro de confronto entre Musk e Xandão já está dado quando o poderoso empresário entrou numa de chamar o ministro brasileiro de inimigo da liberdade de opinião.
Agora, que os empresários das poderosas plataformas digitais resolvem suspender checagem de informações para confirmar ou não sua veracidade em nome da liberdade de opinião, como defendem os fascistas, as motivações para brigas se reacenderiam ou não
Xandão faria ou não concessão tendo em vista a conveniência política do STF de não provocar choque político com a Casa Branca logo no início do mandato trumpista?
Como reagiria o Planalto?
O presidente Lula se excluiria publicamente de qualquer manifestação em nome da autonomia dos três poderes, ou entraria em negociações com Xandão para resolver o imbróglio?
Melhor ater-se à letra da lei, conforme age Xandão à primeira vista ou se faz necessário flexibilizar, em obediência à conveniência política?
O fato é que o convite de Trump abre oportunidade para Bolsonaro atuar politicamente, ao seu modo, inventando mentiras a rodo e falseando a verdade.
Ele pode ou não tensionar a relação com as instituições, considerando-as intolerantes, e aproveitar para fazer carga em favor da anistia para os que tentaram o golpe de 8 de janeiro de 2023?
Com o passaporte nas mãos, indo aos EUA, de lá faria ou não declarações bombásticas, provocadoras, típicas do seu estilo brucutu?
Tudo fica mais tenso sabendo que Trump já anunciou que seu primeiro ato político será o de anistiar os invasores do Capitólio em 6 de janeiro de 2020.
Motivo para que o ex-presidente brasileiro defenda o mesmo no Brasil, minimizando o crime terrorista que praticou para desestabilizar a democracia brasileira.
Trump, portanto, descarta a possibilidade desses invasores serem considerados terroristas e golpistas do regime democrático tanto lá como cá, fortalecendo, indiretamente, a ação criminosa bolsonarista.
O problema político, delicado e explosivo, está posto para o debate no judiciário. Seria uma decisão, apenas, do ministro Alexandre ou teria que consultar seus pares? O xerife Xandão vai arengar ou resistir? Ou mandar simplesmente cumprir a justiça?
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