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    Valéria Guerra Reiter

    Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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    O entorno do G20 e a rota da pobreza

    Uma bela foto ao final do Evento Internacional não conseguiu esconder o quanto o termo “ficar bem na foto” pode camuflar incipiência

    Lideranças do G20 (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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    A sociedade civil tem um marco regulatório.

    O destino de poucos é resolver o destino de muitos. Estamos na Semana da Consciência Negra.

    E a consciência de uma sociedade democrática ainda está engatinhando, o povo vive à la bangu. Em cada esquina não há uma livraria

    O sonho de consumo da maioria dos invisíveis explorados, ainda é futebol, churrasco e novela, e isso  na melhor das hipóteses. Tais atividades nunca foram facultadas, sempre foram induzidas.

    No dia da libertação dos escravos, a maioria saiu descalça comemorando a “alforria definitiva”.O trabalhismo ainda chegaria excluindo e incluindo os mais aptos ao novo modelo de escravidão.

    A História é conduzida pelas rédeas do “Lucro”, e o fato “Abolição da Escravatura” não fugiu à está regra. Quando algum popular fura bloqueios e revoluciona o status quo, por idealismo, surge a exceção histórica.

     O evento do G20 ocorreu nos dias 18 e 19 de novembro do corrente ano de 2024, na “cidade maravilhosa” do RJ.

    Sua importância é visceral para os mandatários mundiais: O grupo conta com a participação de Chefes de Estado, Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais de 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. As notícias do entorno do grande evento não poderiam ser diferentes; em se tratando de Rio de Janeiro: “Duas integrantes da comitiva do Timor Leste do G20 Social relataram que foram furtadas no último domingo (17). A Operação Segurança Presente confirmou que foi chamada para prestar atendimento para as duas mulheres.

    O roubo de um cordão de ouro de uma das integrantes foi relatado em postagem nas redes sociais da ativista Licypriya Kangujam. Ela afirmou que dois garotos levaram o cordão de sua mãe e fugiram em uma bicicleta. Ela também reclamou que ficou muito desapontada com a "experiência horrível" e afirmou que ninguém fez nada no momento do furto.

    A informação sobre o furto foi noticiada inicialmente em reportagem do jornal O Globo. Segundo o Segurança Presente, as duas foram atendidas por uma equipe bilíngue de agentes. Após ouvirem o relato das vítimas, as policiais as levaram para percorrer algumas ruas do bairro, em uma viatura da Operação Segurança Presente, na tentativa de localizar os autores do furto”.

     O fragmento destaca a insegurança, a  pobreza e a falta de conhecimento de um povo que continua suas atividades cotidianas, sem se importar com o Entorno do G20, e suas decisões políticas bem intencionadas no campo das igualdades.

    Uma bela foto ao final do Evento Internacional não conseguiu esconder o quanto o termo “ficar bem na foto” pode camuflar incipiências, a nota publicada no DIÁRIO DA CAUSA OPERÁRIA revela que ainda existe jornalismo de vanguarda no Brasil : “A 19ª Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 18 e 19 de novembro, trouxe líderes das maiores economias do mundo para discutir temas globais como segurança alimentar, mudanças climáticas e conflitos internacionais. Sob a presidência do Brasil, a cúpula foi marcada por omissões estratégicas como a ausência de uma posição firme sobre o genocídio palestino. A declaração final do encontro reafirmou pontos genéricos, como o compromisso com a paz e o desenvolvimento sustentável, sem abordar diretamente as causas das crises que assolam o mundo. Em relação à Ucrânia, os países-membros evitaram atribuir responsabilidade à Rússia” Voltando a existência de um marco regulatório, vejamos: “O movimento inicial da criação da agenda do MROSC se deu em 2010, com a articulação da “Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil”, cujos membros representam diversas organizações, coletivos redes e movimentos sociais.

    São Entidades representativas das mais variadas frentes e segmentos que reúnem organizações que atuam, por exemplo, na economia solidária.

     Você que vem realizando uma refeição diária; ou nenhuma... tem conhecimento deste marco? Ele vem te auxiliando em sua pobreza crônica?

    #ValReiterjornalista 

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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