O fascismo cresce com a conivência dos "sensatos"
"Essa escalada da violência, com os acontecimentos dos últimos dias, poderá ser o começo de um derramamento de sangue", escreve Robson Sávio
Por Robson Sávio Reis Souza
O fascismo espalha violência, medo e morte. Seu profeta de ocasião, Bolsonaro, dissemina ódio, mentiras; semeia e promove o culto à morte.
Sejamos honestos: não há polarização política no Brasil. Bolsonaro fala em metralhar adversários, chama adversários de inimigos, amplia o armamento da população, despreza as regras da sociabilidade e convivência democrática. Lula fala em paz. Nunca explicitou desejo de vingança contra adversários, nem contra seus principais algozes.
As eleições não estão polarizadas. Elas estão cada vez mais violentas. E com a tendência dessa violência aumentar. Não é só violência contra as instituições: o Supremo, o TSE, a imprensa. É ódio expelido contra concidadãos.
Bolsonaro, o espírito da maldade encarnado, cercado de inúmeros mercadores religiosos, convoca suas milícias à luta. Faz isso à luz do dia, nas "barbas" dos representantes das "instituições que funcionam"; é declaração atrás de declaração, todas as semanas. Em redes sociais ou em comícios disfarçados de atos de governo. Seus discípulos, nas redes e nas ruas, começam a seguir, qual zumbis, suas ordens. Certos da impunidade, agem como milicianos.
Essa escalada da violência, com os acontecimentos dos últimos dias, poderá ser o começo de um derramamento de sangue, num país onde 50 mil pessoas já são mortas todos os anos.
Lula fala em união, em voltar a sorrir; em democracia e paz. Bozo quer guerra. A qualquer custo. Sua gramática é a violência. Nada mais...
Não há imparcialidade diante do horror que está se transformando o Brasil.
A pseudo "imparcialidade" dos omissos, mudos, acomodados com a violência bolsonarista - em tempos antidemocráticos - é apoio implícito, e às vezes explícito, ao fascismo fantasiado de sensatez. É mais que hipocrisia. É conivência.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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