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    Zeca Dirceu

    Deputado federal pelo PT do Paraná

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    O fator Lula e o crescimento da economia

    O desafio agora, nas mãos do Congresso Nacional, é garantir a taxação dos superricos, com seus fundos bilionários que não pagam quase nada de imposto

    Lula (Foto: Reprodução/Youtube | Reuters)

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    Em oito meses, o governo do presidente Lula colocou o Brasil de novo na rota do crescimento e da justiça social. Os indicadores econômicos mostram que, apesar das criminosas taxas de juros estabelecidas pelo Banco Central, já são palpáveis as melhorias na vida dos brasileiros. O aumento do consumo das famílias, por exemplo, já é uma realidade: a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) registrou alta de 4,24% em julho, na comparação com o mês anterior. Em relação a julho do ano passado, o aumento é de 3,37% e, no acumulado do ano, de 2,52%.

    A expansão do consumo familiar foi, inclusive, um importante motor do crescimento econômico neste ano, impulsionando a indústria e os serviços. Tal expansão, a despeito do forte endividamento, surpreende os analistas cabeças de planilha, e revela antes de mais nada confiança da população no governo atual.

    Nesse sentido, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ IBRE) avançou pelo quarto mês consecutivo. Em agosto, a alta foi de 2,0 pontos para 96,8, o maior nível desde fevereiro de 2014 (97,0 pontos). Esse resultado espelha a melhora da percepção dos consumidores sobre a situação atual e também as expectativas ligeiramente mais otimistas em relação aos próximos meses.

    Diz a FGV: os resultados favoráveis refletem a continuidade da recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas. Ou seja, resultados concretos frutos de política públicas implementadas por um governo que preza os interesses coletivos e nacionais.

    Com isso, de acordo com o IBGE, no segundo trimestre o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% comparado ao primeiro trimestre, surpreendendo o mercado financeiro, que esperava apenas 0,3%. Para o ano, o crescimento deverá ser de 3 %, conforme previu meses atrás o presidente Lula, contrariando “analistas” de mercado e o jornalismo econômico, que apenas reverbera opiniões de especuladores da Faria Lima. Os agourentos que previam, sem base na realidade, a “venezuelização” do país ou “argentinização” da economia brasileira vão ter que dar o braço a torcer para Lula e o sucesso de seu programa de governo.

    Os números do IBGE apontam o último trimestre com taxa de desemprego em 7,9%, o menor índice desde 2014. São mais de 500 mil brasileiros que conseguiram empregos formais, com carteira assinada. O Brasil tem hoje mais de 43,6 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado. Além de novos empregos gerados, a renda do trabalhador aumentou, com a valorização do salário mínimo acima da inflação.

    O aumento do novo salário mínimo tem ajudado a elevar a massa salarial e os benefícios da Previdência recebidos por milhões de pessoas. Paralelamente, houve a elevação da faixa de isenção do imposto de renda para R$ 2.640, o que equivale a dois salários mínimos.

    Os números são superlativos. Para o aumento dos benefícios da previdência, abono e seguro-desemprego, BPC e Bolsa Família, as transferências do governo cresceram R$ 63 bilhões no segundo trimestre, aumento de 21% em termos reais. Além disso, recursos foram destinados ao resgate dos programas sociais destruídos pelo governo anterior.

    É comum que o chamado mercado, refém de cartilhas neoliberais e elitistas, se surpreenda com o impacto na economia gerado por mais dinheiro no bolso do povo. Mas esse é um dos principais fatores a impulsionar o crescimento econômico no segundo trimestre. E deve ser comemorado. Não é sorte, não são fatores externos. O responsável pelo crescimento econômico chama –se Lula, com seu programa de governo ajustado aos interesses nacionais e populares.

    O desafio agora, nas mãos do Congresso Nacional, é garantir a taxação dos superricos, com seus fundos bilionários que não pagam quase nada de imposto, ao contrário da classe média e dos trabalhadores, e a continuidade dos investimentos públicos e privados para assegurar a continuidade do crescimento.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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