O futuro do PT na Bahia começa agora
"É preciso que o partido, nacionalmente e na Bahia, estabeleça processos decisórios participativos", avalia Deyvid Bacelar
A liderança do ex-governador Jaques Wagner, em 2006, quando comandou a aliança progressista e de esquerda que interrompeu quase trinta anos de tirania do carlismo na Bahia, possibilitou à sociedade respirar novos ares, inaugurando um novo modelo de governo, no qual a democracia e o diálogo com a população permitiram a participação da sociedade civil nas principais decisões de governo.
Tendo o cidadão como centro dos investimentos do estado, os primeiros programas foram no sentido de resgatar a dignidade do povo da Bahia. Aliado ao presidente Lula, Wagner iniciou uma nova etapa de inclusão socioeconômica para milhões de baianas e baianos.
Foi com essa visão inclusiva que foram criados os programas Água para Todos, Luz para Todos e TOPA – Todos pela Alfabetização, além da reconstrução da malha viária do estado e da transformação impactante na mobilidade urbana de Salvador, especialmente a retomada do projeto do metrô, que ficou doze anos parado nas mãos do carlismo.
Todos esses avanços foram feitos de forma republicana, sem considerar a coloração partidária do prefeito eleito em cada município, o que inaugurou na Bahia o modelo de governar para todos.
O governo Wagner conquistou o reconhecimento da sociedade, o que possibilitou a eleição de seu sucessor Rui Costa, em primeiro turno. O governo liderado por Rui foi marcado pela ampliação dessa nova forma de governar. Comprometido com a transformação da Bahia, Rui Costa retomou projetos e avançou na modernização da infraestrutura, ampliando os serviços de saúde com a criação das policlínicas e a construção de hospitais regionais. Na mobilidade urbana, o estado teve avanços marcantes, a exemplo da ponte de Ilhéus.
Podemos destacar também o enfrentamento e combate ao racismo, os programas para a juventude, as políticas inclusivas para a comunidade LGBTQIAPN+, entre tantas outras. Por isso, a população baiana o apelidou de "Rui Correria".
As exitosas gestões de Wagner e Rui ganharam o reconhecimento da população com a eleição do governador Jerônimo Rodrigues. Mestre em Engenharia Agronômica, professor, filho de um vaqueiro, oriundo das camadas menos favorecidas da sociedade, ascendeu à política depois de passagens marcantes no governo de Dilma Rousseff e como secretário das pastas do Desenvolvimento Agrário e Educação no governo Rui.
Em apenas dois anos de governo, já podemos afirmar que as prioridades desta gestão estão voltadas não só para o presente, mas fundamentalmente para preparar a Bahia para o futuro. Nesse aspecto, destaca-se uma visão estratégica para o desenvolvimento da sociedade, especialmente com os programas das escolas de tempo integral e o Bahia Sem Fome, além da continuidade e ampliação dos serviços de saúde do estado. A criação de políticas voltadas para os povos originários é um resgate de uma dívida histórica da sociedade com aqueles que sempre habitaram este solo e que foram expropriados não só da terra, mas, fundamentalmente, dos direitos e da percepção de pertencimento.
Em relação ao desenvolvimento do estado, o governador Jerônimo teve a capacidade de liderar os aliados, influenciando o governo Lula a trazer a fábrica de automóveis elétricos BYD, que passou a ocupar a planta que outrora pertenceu à Ford. Essa retomada da indústria automobilística em Camaçari tem sido fundamental para a geração de emprego, renda e qualificação de mão de obra especializada para os trabalhadores desse segmento.
Tema também estratégico para o desenvolvimento do país, a questão energética é peça fundamental para o progresso da Bahia e da Região Nordeste. Nesse ponto, somos uma vanguarda nacional em energias renováveis. Para se ter uma dimensão desse avanço, podemos afirmar que, após dezoito anos de governos liderados pelo PT, a Bahia possui hoje uma matriz energética majoritariamente renovável. Destacam-se: energia eólica com 73% da produção no estado, seguida por fontes de energia hídrica (17%), solar (5%) e térmica (5%). E não para por aí: até o final de 2025, o estado deve receber investimentos de mais de R$ 50 bilhões na implantação de 74 usinas, sendo 63 eólicas e 11 solares.
Como coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) do governo do presidente Lula, tenho contribuído para o desenvolvimento de novas fontes de energias renováveis e combustíveis sustentáveis, por meio da implantação de biofábricas, usinas de hidrogênio verde, construção de usinas de biomassa e de uma refinaria verde na Bahia.
Essa visão, liderada pelo governador Jerônimo, tem possibilitado a geração de energia de baixo ou zero carbono, atraindo mais indústrias e fábricas e contribuindo para o desenvolvimento do estado. Tudo isso já tem gerado emprego, renda e mais recursos destinados à melhoria da qualidade de vida da população.
Por fim, em relação ao desenvolvimento da Bahia, como integrante da frente da indústria naval nacional, tenho colaborado com os governos para consolidar investimentos na retomada da indústria naval no estado, com geração de emprego e renda já prevista para o primeiro semestre de 2025 no Estaleiro da Enseada do Paraguaçu. Essa retomada impulsionará toda a cadeia produtiva de Maragogipe e do Recôncavo Baiano, após uma luta que sempre consideramos fundamental e estratégica.
Vale ressaltar que, nos últimos anos, lutamos para que os investimentos da Petrobras retornassem à Bahia, estado onde começou a história do petróleo no Brasil. A chegada de novas sondas de perfuração e produção à Bahia em 2025 consolida essa retomada e comprova que nossa luta não tem sido em vão. Estamos também prestes a comemorar a reestatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), assim como das Fábricas de Fertilizantes (Fafens) de Camaçari e Laranjeiras (SE), que voltarão a ser geridas pela Petrobras.
Para continuar nessa trajetória de desenvolvimento econômico e inclusão social, sob a liderança nacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, temos na Bahia o privilégio de contar com o governador Jerônimo, o senador Jaques Wagner e o ex-governador e atual ministro da Casa Civil Rui Costa — três grandes lideranças do Partido dos Trabalhadores. Com eles, poderemos avançar cada vez mais.
Nesse sentido, quero me dirigir aos simpatizantes, filiados e militantes do PT: em 2025, teremos o PED – Processo de Eleição Direta, onde cada filiado e filiada elegerá as direções municipais, estaduais e nacional.
Esse será um momento de realizar plenárias de debate, avaliar as políticas defendidas pelo partido e ajustar estratégias políticas e eleitorais conforme necessário.
É preciso que o partido, nacionalmente e na Bahia, estabeleça processos decisórios participativos e reflita sobre os desafios da comunicação com a sociedade, explorando as novas tecnologias e formas de trabalho. Também devemos dialogar com os trabalhadores das plataformas digitais e compreender o crescimento das comunidades evangélicas, buscando uma aproximação baseada na solidariedade, justiça e inclusão.
O desafio da nova direção do PT na Bahia será construir, com aliados, a reeleição de Jerônimo Rodrigues e ampliar a votação de Lula no estado.
A todos que foram esmagados pela tirania e truculência, afirmamos com orgulho: Ainda Estamos Aqui!
Viva a luta por justiça, democracia e dignidade para o povo brasileiro!
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