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Luis Filipe Chateaubriand

É professor de Administração Estratégica e autor do livro “Futebol Brasileiro: Um Novo Projeto de Calendário”

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O Imposto Sobre Heranças

Um imposto mais robusto propiciará ganhos para a sociedade e fará com que pessoas que não trabalham e vivem da “mesada do papai” não se locupletem

Moedas de reais (Foto: Reuters/Bruno Domingos)

Imagine que o sujeito trabalha demais, porque quer prover o melhor para seus filhos.

Sim, o sujeito é casado e tem filhos.

Aí, o sujeito trabalha demais, enriquece, porque pensa em deixar tudo para os filhos.

Só que os filhos, ao invés de lhe seguirem o exemplo, tornam-se parasitas, sanguessugas, usurpadores – não precisam “suar o rosto” para manter o próprio sustento, são “filhinhos de papai rico”.

O sujeito falece, e os filhos ficam com a maior parte da herança.

Não é justo que seja assim!

Então, o que fazer?

Implantar o Imposto Sobre Heranças, de uma forma mais contundente do que acontece atualmente.

Por exemplo, 50% do valor herdado.

O sujeito tinha dois milhões de reais de patrimônio quando faleceu?

Um milhão de reais vai para os herdeiros, um milhão de reais vai para o Estado.

O sujeito tinha cinco milhões de reais de patrimônio quando faleceu?

Dois milhões e meio de reais vão para os herdeiros, dois milhões e meio de reais vão para o Estado.

O sujeito tinha dez milhões de reais de patrimônio quando faleceu?

Cinco milhões de reais vão para os herdeiros, cinco milhões de reais vão para o Estado.

Para que a situação seja justa socialmente, quando o patrimônio do sujeito que faleceu for de menos de um milhão de reais, o Estado não cobra o imposto.

Assim, o poder arrecadatório do Erário será maior – o que propiciará maiores investimentos em educação, em saúde, em saneamento básico, em programas sociais, no desenvolvimento econômico.

Um Imposto Sobre Heranças mais robusto propiciará ganhos para a sociedade e fará com que pessoas que não trabalham e vivem da “mesada do papai” não se locupletem. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.