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    Ricardo Mezavila

    Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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    O mito imprestável

    Com tantas provas, Bolsonaro não tem por onde escapar, está morto para a política

    Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

    O próximo passo após o indiciamento de Bolsonaro e sua organização criminosa, é a análise do relatório pela Procuradoria-Geral da República. A PGR irá avaliar se oferece denúncia contra os suspeitos ou se demanda mais investigações. Em seguida, o processo será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para julgamento.

    Esse é o devido processo legal, que é um princípio fundamental do Direito que garante que todos os indivíduos sejam tratados justamente e igualmente perante a lei. Esse conceito é baseado na ideia de que ninguém pode ser privado de seus direitos sem uma investigação e julgamento justo.

    Quando foi perseguido e preso pela Lava-Jato, Lula não teve direito a julgamento justo, seus advogados não tiveram acesso pleno ao processo, foi condenado injustamente sem provas, no que foi o maior escândalo judicial do mundo.

    Lula ficou inelegível em 2018 por decisão política de um tribunal formado pela mídia golpista, pelos endinheirados da Faria Lima, pelo judiciário formado nas fileiras do Departamento de Estado norte-americano, pela claque alienada apascentada por Malafaias e presas às teias das tribunas do Congresso oportunista.

    Bolsonaro merece tudo o que está por vir, da inelegibilidade à condenação e prisão. É um político abaixo da linha da mediocridade, um ser humano rastejante diante do que se entende por humanidade e desqualificado para qualquer posto que venha ocupar.

    O plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes foi pensado em uma reunião na casa do general Braga Netto, seu braço direito e vice na chapa derrotada. Tentar contra a abolição violenta do estado democrático de direito é crime. Se passasse da tentativa à ação concreta nós que defendemos a democracia é que seríamos presos.

    Além da tentativa de golpe e da organização criminosa, Bolsonaro responde pelo roubo das joias e falsificação de carteiras de vacinação. E ainda falta o indiciamento pelo que causou durante a pandemia.

    Com tantas provas, Bolsonaro não tem por onde escapar, está morto para a política. O bolsonarismo vai continuar porque a extrema direita está organizada no mundo todo, mas a figura do ‘imbroxável’, ‘incomível’ e imprestável estará para sempre na lata de lixo da história.

     

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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