O morde e assopra da bolsonarista Folha de S. Paulo

“O deus soberano, cujo oráculo está em Delfos, nem revela, nem oculta coisa alguma, mas manifesta-se por sinais”. ( Heráclito)

O editorial da Folha de S. Paulo, é a interpretação (ou a voz escrita da família Frias) é uma peça importante para entender o desespero da Elite brasileira que, sem projeto, criou um mundo paralelo, cujo único poder é ser serviçal da especulação financeira, refém dos ganhos especulativos e de seu descolamento da realidade concreta do país.

O movimento errático se deu assim, num dia a Folha de S. Paulo jogou merda no ventilador para incendiar o bolsonarismo, com um ataque irresponsável ao TSE/STF, leia aqui: O método Folha de S. Paulo de Escandalizar o Nada e jogar o Brasil no Caos!. Na figura do Ministro Alexandre de Moraes, reproduzindo a narrativa de Bolsonaro. No outro, um editorial estranho que precisa ser inteiramente decifrado e discutido, pois se trata de parte central do pensamento da Burguesia, e de uma classe média que alimenta a própria esquerda brasileira.

O editorial é uma encenação, obviamente, as facas foram afiadas ontem, ele diz:

“Não estão em questão a boa-fé de Alexandre de Moraes nem a obtusidade da ala do bolsonarismo que flertou com a ruptura institucional. Discutem-se os meios utilizados para enfrentar a ameaça, real”

Percebe-se que se criou uma figura interessante no editorial uma certa “ala obtusa” do Bolsonarismo,  o que nos leva a constatar, por dedução de que para a família Frias e seus acólitos, deve existir uma ala saudável, dentro do Bolsonarismo, algo tipo, Paulo Guedes, Tarcísio de Freitas, o próprio Bolsonaro? É uma preparação para justificar futuros voos sem culpa de adesão ao bolsonarismo frente ao Lula 2026.

Não obstante, como bom escorpião, o editorial volta a defender a anistia aos coitadinhos do 8 de janeiro, atacando o “espírito de corpo do STF “, exatamente porque este não isolou o Ministro Alexandre de Moraes, durante o dia seguinte às diatribes da Folha de inventar uma má condução dos processos pelo ministro:

uma pena que, por espírito de corpo, colegas de Moraes tenham se apressado a conceder-lhe um novo salvo-conduto. Há acusados e investigados que poderão, com base nas informações que vêm sendo levantadas pelo jornalismo profissional, solicitar a nulidade de provas ou a reversão de decisões

Mais uma vez o falido jornal, que virou tabloide, literalmente, se presta a fazer o serviço sujo, a ser oposição ao governo Lula e, principalmente, à democracia, pondo em xeque as instituições (burguesas) de forma irresponsável dando palco para o que há de pior na política brasileira em décadas, o bolsonarismo e a extrema-direita.

Quais os novos passos?