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    Alex Solnik

    Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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    O mundo tem fome de paz

    "Não há consenso sobre o fim das guerras", aponta Alex Solnik

    Resgates e voluntários trabalham no local de edifícios de hotéis e restaurantes fortemente danificados por um ataque de míssil russo, em meio à guerra na Ucrânia, no centro de Kramatorsk, região de Donetsk, Ucrânia, 27 de junho de 2023 (Foto: REUTERS/Oleksandr Ratushniak)

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    Não há dúvida que o combate à fome é uma causa justa e necessária, é uma questão humanitária que ultrapassa fronteiras e deixa indignados cidadãos e cidadãs que não aceitam a situação degradante de milhões de pessoas, não entendem como o mundo não é capaz de distribuir as riquezas produzidas por todos de forma mais equitativa, ficam constrangidos e indignados porque alguns poucos têm tudo e os muitos não têm nada, é uma proposta ousada, contra a qual não há argumentos, é uma tese capaz de unir dezenas de países, como acabamos de ver no “G-20 Rio”, sob aplausos gerais e os méritos devem ser atribuídos a Lula.

    As causas dessa má distribuição de bens e valores, dessa aberração que corrói a humanidade, são várias, a depender da região e do caso.

    Uma delas são as guerras.

    É impossível dissociar as guerras, civis ou não, da fome no mundo, sobretudo a guerra Rússia-Ucrânia, que envolve um país que é um dos grandes produtores de alimentos do planeta e outro que é o campeão dos fertilizantes.

    Quanto a esse ponto nevrálgico, o fim das guerras, não há o mesmo consenso.

    Há discordância, o que mais uma vez ficou evidente no G-20 Rio. Tanto que o assunto foi mencionado na declaração final de forma oblíqua, para agradar a gregos e troianos.

    Enquanto a aliança global contra a fome é festejada e aplaudida, com razão, longe do Rio de Janeiro não há sinais de cessar-fogo, ao contrário, há uma escalada bélica ameaçadora. 

    Um mundo sem fome e sem miséria é fundamental, e deve ser buscado, a fome mata tanto ou mais que as guerras.

    Mas o fato de todos se alimentarem não vai parar as guerras. 

    Já o fim das guerras seria um passo importante para o fim da miséria e da fome. 

    O mundo tem fome de paz.

    O mundo pede uma Aliança Global Contra as Guerras.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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