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    Guilherme Coutinho

    Jornalista, publicitário e especialista em Direito Público. Autor do blog Nitroglicerina Política

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    O Nazismo está legalizado no Brasil

    O partido de Hitler, uma vez no poder, mandou marcar as casas e estabelecimentos de todos os judeus, como forma de boicote e de preconceito explícito. Essas medidas acabaram por resultar no Holocausto e na morte de seis milhões de judeus. Mas, por algum motivo, neste país do presidente “folha de papel”, ninguém é punido por esses crimes

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    Recentemente, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou categoricamente “eu sou a Constituição”. O mandatário do Poder Executivo, provavelmente, deve ter se inspirado na teoria de Ferdinand Lassale, que dizia que se uma Constituição não tivesse, de fato, força normativa, ela não passava de uma “folha de papel”. Bom, o presidente “folha de papel”, comandado pelo mercado e pela cúpula das forças armadas, está de fato tornando nossa Carta Magna inútil. Com suas insanidades mudou tacitamente o pacto federativo (tirando da União e dando aos Estados poderes administrativos), legalizou crimes de reponsabilidade e, por fim, liderando uma horda de idiotas violentos, está legalizando o nazismo. 

    Sim, o nazismo, seus sinais, bandeiras e ideologias correlatas é proibido pela Lei Maior. Mas em tempos de governo que flerta com ditaduras autoritárias de extrema-direita, a ideologia propagada por Adolf Hitler está mais viva do que nunca, em sua versão tupiniquim. E, ao contrário do que se possa pensar, não existe punição aos antes criminosos, mas sim, exaltação.

    Recentemente, um jornalista de uma grande rede de televisão, defendeu com todas as letras, a criação um campo de concentração, para as pessoas que fossem do chamado “grupo de risco” da Codvid-19. Uma ideia já reprovável, nos anos de 1940, quando o nazismo ascendeu ao poder na Alemanha e que posteriormente foi utilizado para confinar judeus e outras raças perseguidas por Hitler durante o Terceiro Reich.

    Ontem, uma empresária, dona de um restaurante em Curitiba, que se diz socialite e faz aparições como “jornalista” em uma rádio, defendeu que as portas das casas das pessoas a favor da quarentena (ou seja, a favor da vida, da ciência e do pensamento crítico), tivessem suas portas marcadas com um laço vermelho. Dessa forma, essas pessoas com as casas marcadas não poderiam ter acesso a serviços essenciais, tais como farmácias, supermercados entre outros. Deixariam tudo para “as pessoas que querem contribuir para economia”. 

    Mais uma vez o nazismo em seu estado mais puro: o partido de Hitler, uma vez no poder, mandou marcar as casas e estabelecimentos de todos os judeus, como forma de boicote e de preconceito explícito. Essas medidas acabaram por resultar no Holocausto e na morte de seis milhões de judeus. 

    Mas, por algum motivo, neste país do presidente “folha de papel”, ninguém é punido por esses crimes. O próprio Bolsonaro desfila pelas ruas de Brasília, tossindo, espirrando e apertando as mãos de seu eleitorado delirante que mais parece um gado a caminho do abatedouro. Enquanto isso, o enfrentamento, por alguma ironia da história, vem da parte de uma direita não menos asquerosa: DEM e PSDB comandam o debate contra Bolsonaro. No Brasil, agora, é direita x extrema-direita nazista. O resto é petição de internet, notas de repúdio e frases de efeito em redes sociais.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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