O neofeudalismo imunizante da indústria farmacêutica que salva e mata de forma alternada e/ou simultânea
"As farmacêuticas sabem garantir para si os lucros privados e o prestígio da salvação de nossos corpos, quase como se fossem igrejas que prometem a salvação eterna das almas, ao mesmo tempo que suas ações (bolsa de valores) alcançam os céus", alerta o colunista Roberto Moraes
A indústria farmacêutica talvez seja, o caso mais singular para ser observado por quem investiga os movimentos do capital nos dias atuais.
Mais bizarro ainda é o "case" da pesquisa e produção das vacinas para imunização da Covid-19, aquela que nos salva, embora suas proprietárias nos aniquile, aliás como já acontece com os remédios do cotidiano.
A ansiedade - criticada pelo general-idiota-ministro - para alcançar a salvação (imunização) não impede de enxergar o "modus operandi" das farmacêuticas a nível global, que só viabilizaram os imunizantes por conta dos colossais aportes de recursos dos Estados nestes nove meses de pesquisas. Porém, as farmacêuticas sabem garantir para si os lucros privados e o prestígio da salvação de nossos corpos, quase como se fossem igrejas que prometem a salvação eterna das almas, ao mesmo tempo que suas ações (bolsa de valores) alcançam os céus.
Diante deste quadro, não há como não imaginar essa fase contemporânea, como uma espécie de período "neofeudalismo imunizante", quando nós os servos, agradecemos aos nossos senhores por nos ajudarem a sobreviver, para assim ampliar ainda mais os seus poderes e a nossa dependência. No feudalismo original o servo também agradecia ao senhor pela sua existência e sobrevivência.
Assim, que chegue a vacina, porque ao cabo, a dialética e as contradições nos matam e também nos salvam, assim como o vírus, os venenos e os remédios, sempre em doses permanentes, crescentes e alternadas.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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