O populismo de Bolsonaro: dê migalhas aos pombos
Despejar dinheiro público para bancos em plena pandemia foi o modus operandis do governo Bolsonaro e seu ministro da economia, Paulo Guedes
Em ano eleitoral, o viés populista disfarçado de falsa empatia vem se definindo. O presidente Jair Messias de Bolsonaro, de fã incondicional da tortura, das ditaduras, fiel aos bons costumes da sociedade patriarcal, segregador de direitos, se tornou do dia para noite, um homem de adjetivos, de empatia.
Sobre o discurso maniqueísta entre o bem e o mal, os desejos obscuros de poder. A custo do quê? Construir um estado ainda mais segregador, aparelhado por militares e pastores.
A cultura do pão e circo ganha protagonismo, se o pão nas mesas de cada família mata a fome, o jogo midiático criado em volta em prol de uma narrativa de mercado vive seu apogeu. Despejar dinheiro público para bancos em plena pandemia foi o modus operandis do governo Bolsonaro e seu ministro da economia, Paulo Guedes.
Como um “paladino da democracia“, o tom amistoso, a fala mansa, mas leal aos seus valores: negacionista da dor alheia, indiferente com as desigualdades. Apenas isso é o que alimenta o governo que deixou milhões de brasileiros se sucumbirem em prol de uma ideologia.
Ideologia essa que virou sistema de governo desde o começo de sua gestão, que se iniciou em 2018, após o golpe tramado contra a ex presidente Dilma Roussef e a entrada do seu sucessor Michel Temer.
Na esplanada, o grito: “Nossa bandeira jamais será vermelha“, fazendo alusão ao PT (Partiro dos Trabalhadores“, e posteriormente ao socialismo. Bolsonaro reafirmou usando o cunho ideológico para rechaçar seu ódio contra as camadas populares.
Luiza Trajano, presidente do conselho da rede Magazine Luiza, criou um programa de trainee para negros. A inclusão proclamada por ela , alvo do dito cujo presidente que mais uma vez não pestanejou para falar sobre o “socialismo “ de Trajano.
O ódio deflagrado contra negros quilombolas, a comunidade LGBTQIA, o povo nordestino firmaram a narrativa, “contra eles”, instaurando mais uma vez uma fala claramente destinada para o seu eleitorado conservador que anseia por um estado cada vez mais autoritário na liberdade individual de cada ser.
Deus nunca foi tão falado, mas qual Deus? O defensor das classes dominantes? Da elite branca? Sobre o velho testamento, o julgamento moral, a pena de morte de falsos cristãos que ajudaram a uma formar um estado de oligarquias.
Vivendo o canto da serpente, parte do povo fantasia um Bolsonaro bondoso, mas que claramente nas entrelinhas, o poder, a corrupção sistêmica e o aparelhamento da máquina pública.
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