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    O que a indústria deseja

    Os desafios são numerosos, mas a nossa capacidade de enfrentá-los é enorme. Temos que avançar mais rapidamente do que fizemos nos últimos 20 anos

    Os desafios são numerosos, mas a nossa capacidade de enfrentá-los é enorme. Temos que avançar mais rapidamente do que fizemos nos últimos 20 anos (Foto: Robson Braga de Andrade)

    A indústria deseja que o governo reeleito invista no aumento da competitividade. Para isso, temos que reduzir os custos e atacar a burocracia

    De maneira soberana, os eleitores fizeram sua escolha. Entre as opções, reelegeram a presidente Dilma Rousseff (PT) para que ela continue a governar o Brasil pelos próximos quatro anos. Agora, as forças políticas e empresariais devem se unir em favor de um projeto que proporcione avanços claros na direção do desenvolvimento do país.

    No diálogo democrático que sempre manteve com os Poderes da República, o setor produtivo continuará a propor medidas pontuais e reformas mais amplas capazes de estimular o amadurecimento institucional, o fortalecimento da economia, o crescimento do emprego e a distribuição de riquezas.

    A indústria deseja que o governo reeleito invista no aumento generalizado da competitividade da economia, assim como para a melhora da qualidade de vida dos brasileiros. Felizmente, existe um consenso sobre os obstáculos no caminho. Devemos nos concentrar em removê-los de maneira definitiva.

    Desenvolver-se pressupõe progressos palpáveis em áreas como educação, saúde, saneamento básico e segurança pública, não se limitando ao desempenho da economia. Mas, sem uma expansão econômica consistente e duradoura, o pleno desenvolvimento se torna impossível.

    Precisamos voltar a crescer. A manutenção da estabilidade macroeconômica, com inflação sob controle, contas públicas equilibradas, câmbio previsível e desonerações é requisito para retomarmos o planejamento e os investimentos.

    Principal representante do setor, a Confederação Nacional da Indústria apresentou aos presidenciáveis, antes do primeiro turno, uma série de medidas para estimular o crescimento do PIB num ritmo maior. Elas podem nos servir de bússola.

    Para avançarmos na competitividade, temos que reduzir os custos e atacar a burocracia, que se espalha em vários campos, do tributário ao trabalhista. Regras mais simples e menos onerosas impulsionariam a produtividade e incentivariam a elevação do número de vagas com carteira assinada.

    Nos próximos quatro anos, será preciso modernizar as legislações tributária e trabalhista, que atrapalham muito a vida das empresas. Impostos não podem mais incidir sobre exportações e investimentos. Nas relações de trabalho, é urgente valorizar as negociações coletivas e regulamentar a terceirização.

    Necessitamos continuar investindo na educação de qualidade, com atenção especial ao ensino profissionalizante e à formação de engenheiros e tecnólogos. Isso é fundamental para o exercício da cidadania e para a inovação, com reflexos no crescimento da economia.

    A infraestrutura do país deve ser ampliada e modernizada por investimentos com a participação do setor privado. Alguns dos atuais marcos regulatórios precisam ser revistos, o que é essencial para conferir segurança jurídica aos projetos. A continuidade das concessões de aeroportos, portos e rodovias daria mais eficiência ao sistema.

    Na área externa, os produtos brasileiros se beneficiariam da abertura de novos mercados, com assinatura de acordos com países ou blocos relevantes e atuação firme na Organização Mundial do Comércio.

    Atividade mais dinâmica e inovadora da economia, criadora de empregos de melhor qualidade, a indústria deve estar no centro da estratégia de retomada do crescimento. As empresas necessitam de um ambiente mais propício aos investimentos, à produção e às exportações, com crédito farto e barato.

    O ideal é que o país se engaje num esforço para viabilizar essas e outras mudanças importantes logo no início do próximo mandato, ainda em 2015, aproveitando o capital político da vencedora das eleições.

    Os desafios são numerosos, mas a nossa capacidade de enfrentá-los é enorme. Temos que avançar mais rapidamente do que fizemos nos últimos 20 anos. Devemos unir forças para construir o país desenvolvido que a indústria e que todos desejam.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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