O que falta para a esquerda deixar de ser escada para fantoches da direita?
Ou ensinamos o povo a valorizar ideologias e partidos, ou corremos o risco de eleger outro fantoche da Direita em 2022.
O povo está ávido por mudanças, mas não aprendeu a examinar e avaliar as ideologias! Isso o faz ignorar os partidos e focar nos candidatos.
É tudo o que a Direita quer, para continuar manipulando, criando factóides e elegendo fantoches!Ou ensinamos o povo a valorizar ideologias e partidos, ou corremos o risco de eleger outro fantoche da Direita em 2022.
O Povo já conhece o "Farinha pouca, meu pirão primeiro" mas não aprendeu a associar esse "ensinamento" às ideologias neoliberais! Não se trata de um padrão de comportamento popular, pois o que vemos em geral são pobres dividindo com vizinhos o pouco que têm. "Emprestando" um pouco de farinha ou açúcar àquele que mora ao lado. Cena impensável entre vizinhos de classe mérdia, que na crise, vendem o carro, mas são incapazes de pedir carona ao colega da mesma empresa em que trabalham. Mas moram ao lado!
Portanto, basta mostrar ao Povo que esse comportamento não lhe pertence, mas é típico das elites que o governa! Precisamos ensinar às pessoas a identificar as elites e mostrar que elas não pertencem a esse círculo (ou Circo)! Mesmo que tenham comprado um carrinho popular dividido em milhares de prestações, pois eles ainda são escravos de um patrão! E principalmente: que nunca haverá farinha bastante para todos, se não for dividida de forma igualitária! E que, ao contrário das elites, o povo é solidário e nunca negara-se a dividir com seus vizinhos! Só não sabe que isso é socialismo e nem percebeu que Cristo também dividia o pão e por isso foi preso!O povo já conhece e a muito tempo ouve que "deve ser cada um no seu 'quadrado'”.
Mas não é a ideologia do povo brasileiro, o mais miscigenado do mundo! É uma ideologia da classe que o domina, e que não hesita em sair do seu próprio "quadrado" para miscigenar-se, sem no entanto cumprir com as obrigações de pai ou mãe! Que não hesita em sair do seu "quadrado" para subir o morro e comer pastel de feira às vésperas das eleições. O Povo já sabe identificar aqueles que saíram do povo e pregam um governo popular. Mas usa esse conhecimento para excluí-los das suas votações.
Basta ensinar somente o amor próprio, para que elejam seus iguais e não os candidatos apoiados pelo "quadrado" de cima! Afinal, se "não devem sair do seu quadrado" para não melhorarem a vida, por qual motivo deveriam votar nos candidatos apoiados pelos quadrados "superiores"? Em candidatos que apóiam ou saíram dos "quadrados de cima?!
Ensinar o Povo a prestar atenção e desconfiar seriamente daqueles que nunca falaram em política e se falaram nunca tomaram partido mas de repente saem candidatos!Ensinar que político não é "tudo igual" mas, se sempre foram escolhidos de forma igual, é claro que teremos políticos iguais!Chega de votar em parentes e amigos, ou amigos de amigos, só por serem conhecidos. Antes, já se perguntou, se são bons cidadãos? Se pagam propina ao gurda ou na fila do SUS, e por falar em fila, vocês sabem se eles furam fila? Estacionam na vaga de deficientes?
Se são contra as cotas, naquela universidade em que seu filho estuda graças a elas? Se esse candidato acha que os trabalhadores têm direitos demais ou apoia um governo que é tão incompetente para criar empregos, que chega a afirmar que ou você tem emprego ou tem direitos?! Mas pô, vc tem 55 anos e SEMPRE teve emprego e direitos!
Ensinar que está na hora de MUDAR verdadeiramente!
Assim como não adianta escrever "Sal" no pote de "Açúcar" para afastar formigas, da mesma forma não adianta votar num candidato(a) só porquê o seu partido se chama "Novo" mas continua pregando idéias velhas! Ensinar ao Povo a procurar saber onde estava o candidato nos principais acontecimentos do país, e o que ele apoiava! E se já tinha cargo eletivo, em que tipo de proposta votou! Ensinar que uma pesquisa nas redes sociais do candidato, olhando as datas antes das eleições, mostra tudo isso!
Enfim, ensinar a dar pouca importância ao que o(a) candidato(a) fala, e muita importância ao que ele/ela faz, ou já fez!
RESUMO DA ÓPERA:
1)Pregando por uma idéia e não por um candidato ou partido, não precisaremos nos preocupar quando prenderem nossos candidatos!
2) Teremos um discurso mais unificado e sem arestas, e por isso mesmo mais forte, deixando ao povo que identifique nossas diferenças e escolha seus candidatos, provavelmente entre nós!
3) Precisamos focar no que nos une, e não naquilo que nos separa!
Roberto de Aquino Neves
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