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    Sérgio Takemoto

    Presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)

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    O retorno do Congresso e a luta pela defesa da Caixa e de seus empregados

    A luta continua, e a sociedade precisa estar ao lado de quem faz a diferença na vida de milhões de brasileiros

    Caixa Econômica Federal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

    As atividades do Congresso Nacional estão voltando após o recesso do final do ano, e com elas retornam os debates que podem impactar diretamente a Caixa, seus empregados, a Funcef e o Saúde Caixa. Entre tantas pautas, estão também aquelas que afetam a vida de milhões de brasileiros. E precisamos estar atentos.

    Defender a Caixa é nosso dever. Inteiramente público, o banco é a instituição que está presente na vida da população, especialmente dos que mais precisam. É a Caixa que paga o Bolsa Família, que financia moradias para milhões de famílias por meio do Minha Casa Minha Vida, e que viabiliza investimentos essenciais para o desenvolvimento do país. Mas para que a Caixa continue cumprindo esse papel social, é fundamental garantir condições justas para seus empregados. Valorizar quem trabalha na Caixa é fortalecer o banco e assegurar que ele siga como instrumento de inclusão e justiça social para milhões de brasileiros.

    Por isso, a mobilização das entidades que representam os empregados é tão importante. Um exemplo disso é a luta pelo PL 1739/2024, que garante a dedução integral das contribuições extraordinárias pagas pelos participantes da Funcef para equacionar os déficits. Esse projeto é essencial para aliviar o peso financeiro sobre milhares de trabalhadores que dedicaram suas vidas à Caixa e hoje enfrentam descontos elevados em suas aposentadorias. 

    Se hoje conseguimos barrar a incidência dos tributos IBS e CBS da reforma tributária sobre a Funcef e o Saúde Caixa, foi porque estivemos mobilizados. Essa vitória mostra que, quando unimos forças, conseguimos avançar e proteger nossos direitos. 

    Algumas propostas podem trazer retrocessos significativos. O PL 2995/2020, por exemplo, permite a participação de instituições privadas na gestão do FGTS, o que pode comprometer a finalidade social do Fundo, já que os recursos do Fundo financiam o desenvolvimento econômico e social no Brasil, seja por meio de investimentos em habitação, infraestrutura, saúde e saneamento básico. 

    Outro tema de grande relevância é a luta contra o assédio no ambiente de trabalho. O PL 1399/2019 busca implementar medidas de proteção às mulheres e combate ao assédio no ambiente profissional, exigindo que empresas com mais de 100 funcionários disponham de mecanismos de apoio às vítimas. Essa é uma pauta essencial para garantir um ambiente de trabalho mais seguro, igualitário e respeitoso para todas as trabalhadoras.

    É hora de continuar atentos e mobilizados. A Caixa e seus empregados são fundamentais para o Brasil. Proteger essa história é garantir que o banco continue servindo à população e que seus trabalhadores tenham condições dignas de trabalho, previdência segura e acesso à saúde. A luta continua, e a sociedade precisa estar ao lado de quem faz a diferença na vida de milhões de brasileiros.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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