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    Lúcia Helena Issa

    Jornalista, escritora e ativista pela paz. Foi colaboradora da Folha de S.Paulo em Roma. Autora do livro "Quando amanhece na Sicília". Pós- graduada em Linguagem, Simbologia e Semiótica pela Universidade de Roma e embaixadora da Paz por uma organização internacional. Atualmente, vive entre o Rio de Janeiro e o Oriente Médio.

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    O triste terrorismo de Estado praticado por Israel e as perguntas sem respostas

    Não encontro nenhuma resposta para os imorais bombardeios de Israel a Gaza, a pequena e martirizada faixa palestina terrestre entre o Mar Mediterrâneo e o Egito

    (Foto: Reprodução)

    Por Lúcia Helena Issa

    Horror. Dor. Fogo. Crianças morrendo. Um prédio residencial sendo destruído. 

    As imagens e mensagens de meus amigos palestinos chegavam a cada minuto e devastavam meu coração.

    Por que bombardear um prédio residencial em Gaza, um lugar já devastado, já destruído por Israel e considerado a maior prisão a céu aberto no mundo? 

    Não encontro nenhuma resposta para os imorais bombardeios de Israel a Gaza, a pequena e martirizada faixa palestina terrestre entre o Mar Mediterrâneo e o Egito, depois de tantas  violações de leis internacionais e até mesmo da profanação da Esplanada das Mesquitas por extremistas judeus diante da perplexidade do mundo. 

    Por que Israel continua perpetuando e intensificando  o Apartheid e o terrorismo de Estado contra mulheres e crianças palestinas? 

    Por que Israel dcidiu por anos não combater o terrorismo religioso judaico , o terrorismo hoje assustador  de grupos judeus como o PRICE TAG e o HILLTOP YOUTH, grupos  judeus que chegaram a queimar o bebê  Ali Dawabsha vivo e assassinar  toda a sua família em uma pequena casa  na Palestina?  

    Por que nós, ocidentais,  fingimos não ver o crescimento do terrorismo judaico até ele se tornar o que é hoje? 

    Assim como eu, Roger Walters, Saramago e muitos outros escritores e artistas ativistas pela paz não encontram respostas para os atos de Israel. 

    O gigante prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel afirmou muitas vezes que Israel agia inegavelmente como um Estado terrorista. 

    Em um artigo escrito logo após um dos ataques de Israel ao Libano, o imenso ser humano Perez Esquivel diria: “Sempre apoiei o povo judeu, um povo que sofreu o Holocausto, a diáspora, perseguições a morte, resistiu à opressão e lutou por seus valores religiosos e pela  e a unidade do povo. É doloroso assinalar os atos  aberrantes que Israel vem cometendo contra o povo palestino, atacando, destruindo, oprimindo e massacrando a população civil. Mulheres, crianças e jovens são vítimas dessas atrocidades em relação às quais não podemos nos  calar e devemos denunciar.

    Basta!"

    Derrubou-se o Muro de Berlim, mas se levantaram outros muros como o que Israel levantou para dividir o povo palestino. 

    Os ataques, a destruição e as mortes em Gaza, Cisjordânia e Líbano, e as ameaças permanentes levaram Israel a transformar-se em um Estado terrorista, utilizando  ataques  onde as maiores  vítimas são mulheres e crianças!

    Milhares de judeus que entrevistei no mundo repudiam a política de destruição e morte levada adiante pelo governo israelense, apoiado pelos Estados Unidos e pelo silêncio dos governos europeus, cúmplices do horror desencadeado no Oriente Médio.

    As perguntas feitas por meu coração e minhas mente e as perguntas feitas pelo gigante Perez Esquivel, vários anos e centenas de assassinatos de palestinos depois, permanecem sem respostas.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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