Os indígenas são a resistência da Floresta Amazônica
Se algum dia os povos originários brasileiros forem exterminados, será o fim da Floresta Amazônica.
Algo parecido aconteceu nos EUA. A espoliação dos territórios dos povos originários levou os búfalos a quase sua completa extinção. E adivinhem quem hoje está salvando os búfalos da sua extinção: os integrantes dos povos originários que sobreviveram.
Os búfalos eram inclusive considerados um símbolo sagrado pelos indígenas norte-americanos, ou seja, a mesma técnica de sempre: atacar a cultura de um povo para dominá-lo, colonizá-lo e exterminá-lo. E o que acontece no Brasil desde o início da invasão dos colonizadores não é diferente.
Um parêntese:
- Colonização é o Nazismo feito pelas potências imperialistas europeias na África, na Ásia e na América Latina.
- Nazismo é a Colonização realizada por Hitler na Europa.
Ou seja, Colonização e Nazismo são sinônimos. Como exemplo, basta ver os campos de concentração que os imperialistas europeus instalaram em suas colônias africanas. Ou seja, só muda o CEP, as atrocidades cometidas são as mesmas. E por sinal, os imperialistas europeus só reagiram aos ataques dos nazistas quando esses se voltaram contra eles próprios. Em quanto a força militar de Hitler estava se voltando contra o União Soviética, essas potências europeias estavam querendo mais ver o circo dos soviéticos pegar fogo. Fecha parênteses.
Aqui a ação de extermínio é semelhante e muitas vezes até idêntica ao que foi feito pelas potências imperialistas do passado para dominar e subjugar os povos originários. Cito os seguintes exemplos:
- Armas biológicas, como os vírus da varíola e do sarampo, foram utilizadas no Brasil (século XIX) para exterminar os indígenas brasileiros.
- Álcool e outras drogas são usadas para viciar os indígenas. Semelhanças com as Guerras do Ópio não são meras coincidências.
Abro outros parênteses. Para entender como os colonizadores atuam, notem bem, as Guerras do Ópio foram guerras a favor das drogas, pois neste caso o que importava para o imperialismo era subjugar os cidadãos chineses. Atualmente vemos uma Guerra contra as Drogas acontecer, a qual tem o objetivo de criminalizar países latino-americanos. Ou seja, para o imperialismo não importa o certo ou o errado, o bem ou o mal, a única coisa que importa é estabelecer seus domínios sobre suas colônias. O momento histórico é outro, mas a atuação das potências imperialista é a mesma. Fecha parênteses.
- Grileiros, madeireiros, e traficantes da biodiversidade amazônica também atuam para exterminar as aldeias indígenas insensatamente.
- E como cereja deste bolo nefasto da destruição vem a evangelização dos povos originários. Esse é um ataque profundo a religião dos indígenas, o qual tem como objetivo destruir a sua cultura. E um povo sem cultura é um povo sem vida. Esses “evangelizadores” chegam na Amazônia mostrando as melhores das intenções. Dizem que estão lá para cuidar dos indígenas, mas por de trás de toda essa pseudobondade vem a armadilha fatal: destruir a cultura dos povos originários. É o que costumamos chamar de lobos em pele de cordeiro.
A Floresta Amazônica é repleta de riquezas. Valiosos minerais, a maior biodiversidade e a maior reserva aquífera do planeta fazem crescer os olhos dos neocolonizadores, além disso, ainda temos os interesses dos traficantes de madeira e do agronegócio. Todas essas riquezas é que fazem a Amazônia alvo da destruição que vem sofrendo anos a fio, digo, décadas a fio.
O preço a ser pago pela destruição da Floresta Amazônica é mais alto do que somos capazes de imaginar e de pagar. Videm as alterações climáticas que estamos tendo que forçosamente experimentar. É melhor não pagarmos para ver o bicho que vai dar com relação a toda essa destruição da floresta, pois talvez não sobre bicho algum. Nem o bicho conhecido como Homo sapiens irá sobrar para essa história horrenda contar.
Espero sinceramente que o nosso governo e os próximos governos fiquem cada vez mais atentos e atuantes para cuidar e proteger os povos originários do Brasil, pois: os indígenas são a florestas e sem os indígenas não haverá mais floresta. Os povos originários são a última barreira que resiste a destruição da Floresta Amazônica.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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