Os números atuais do holocausto palestino
A infraestrutura da Faixa de Gaza está seriamente afetada, com falta de energia, água potável, saneamento, faltando também insumos hospitalares básicos
Milhares de pessoas mortas e desaparecidas após os 32 dias consecutivos dos bombardeios israelenses sobre a Faixa Gaza. Os alvos dos ataques de Israel são casas, prédios residenciais e hospitais, matando, principalmente crianças e mulheres
Segundo um informe recente da Organização Mundial de Saúde (OMS), depois de um mês já são registrados mais de 10 mil mortos na Faixa de Gaza, sendo 4 mil crianças. Ou seja, as crianças representam 40% dos mortos pelos ataques de Israel.
A ocupação israelense contra o povo palestino da Faixa de Gaza e Cisjordânia já matou no total 10. 468 pessoas, deixando mais de 27 mil feridos desde o 7 de outubro, dia em que grupos palestinos, liderados pelo Hamas tentaram, a partir de Gaza, retomar territórios ocupados por Israel.
Milhares de desaparecidos e mais de um milhão de desabrigados
O Ministério da Saúde do Estado da Palestina na Faixa de Gaza informa que já chega a 2.350, o número de pessoas desaparecidas nos escombros com os incessantes bombardeios israelenses. São 2.719 mulheres mortas.
Ainda segundo o informe são 18 hospitais completamente fora de serviço; 32 ambulâncias inutilizadas; 1,5 milhão de desabrigados; 192 membros do pessoal da Saúde assassinados, assim como 36 da defesa civil e regaste; 89 trabalhadores da Organização das Nações Unidos (ONU) mortos; e 117 mil pessoas abrigadas em estabelecimentos de saúde.
A infraestrutura da Faixa de Gaza está seriamente afetada, com falta de energia, água potável, saneamento, faltando também insumos hospitalares básicos como anestesia e remédios para curativos nos feridos.
Médica descreve o sofrimento das pessoas
Em entrevista à CNN, dos EUA, Emily Callahan, gerente do grupo de ajuda dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), na Faixa de Gaza, descreveu o horror provocado pelos ataques de Israel em Gaza.
“Os pais estão trazendo seus filhos para nós e dizem: por favor, você pode ajudar? e não temos suprimentos (...) há crianças com “queimaduras e feridas recentes e amputações parciais que simplesmente andam por aí nessas condições” - contou.
Ela descreve a situação em abrigo de refugiados como calamitosa.
“Eles recebem duas horas de água a cada 12 horas, há apenas quatro banheiros” no Centro de Treinamento de Khan Younis, administrado pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), no sul de Gaza, que acolhe mais de 22 mil pessoas. O espaço por pessoa é inferior a 2 metros quadrados, de acordo com a agência de ajuda humanitária da ONU.
Na entrevista Callahan descreveu que há crianças com queimaduras e feridas recentes e amputações parciais que simplesmente andam por aí nessas condições.
O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, começou uma visita de cinco dias no Egito, a partir do posto fronteiriço de Rafah.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha indicou em um comunicado que Israel atacou nesta quarta (07/11) um comboio humanitário seu de cinco caminhões, enquanto transportava ajuda médica e alimentar para instalações de saúde em Gaza, incluindo o Hospital Al-Quds.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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