TV 247 logo
    Valéria Guerra Reiter avatar

    Valéria Guerra Reiter

    Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

    417 artigos

    HOME > blog

    Parem de nos matar reeditado – 2024

    Estamos sobrevivendo, e lutando por justiça

    Negros na extrema-pobreza. Foto: Abr

    Em 2019

    Este slogan está circulando nas redes sociais, ele traz um recado, um alerta, uma meta. 

    Qual meta seria? Talvez a de alcançar a alforria – aquela alforria real – sem a lobotomia social, que tem deixado milhares de pessoas sem foco, na rota da História. 

    Uma eterna insensatez fere de morte um povo, que sempre fora ignorado e amordaçado, sendo levado de um lado para outro sem registro nos anais; como apenas um fantoche, sem vez.

    A História que é de suma importância precisa ser contada pelas ditas minorias, que sempre foram relegadas, no espetáculo dantesco da historiografia em nosso Brasil.

    Este Brasil que nunca foi com s – Esta nação manchada do sangue índio, negro, branco, mulato – De gente que acorda às quatro horas da manhã e sacoleja nos trens, nos ônibus, que caem aos pedaços nas metrópoles enfeitadas de morte.

    Tudo isto é apenas um detalhe para a alta cúpula de sucesso, que sentada em seu trono esperneia para reformar a Previdência, o que deixará na miséria milhões de seres humanos.

    Seres humanos que estão morrendo todos os dias dentro dos arremedos de hospitais públicos - que deveriam ser de ponta; mas que sustentam um esquema de humilhante declínio perene. São nossos irmãos estes homens e mulheres que apenas sobrevivem para sustentar a vida boa de uma elite que se julga acima do bem e do mal. Seres humanos, como o músico Evaldo Rosa, que foi cruelmente assassinado.

    Em 2024

    “Evaldo Rosa dirigia o carro da família e estava acompanhado de Luciana, do filho do casal, do sogro e de uma amiga, indo para um chá de bebê, na tarde do dia 7 de abril de 2019. Quando eles passavam por uma via no bairro de Guadalupe, na zona norte do Rio, o carro foi alvejado por militares do Exército que faziam policiamento na região, por força de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem”.

    E como ficou o julgamento dos agressores?

    “Doze militares foram denunciados pelos crimes de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Em primeira instância, oito foram condenados: o tenente, que coordenava a operação a 31 anos de prisão, e os outros agentes a 28 anos. Quatro militares foram absolvidos por não terem efetuado disparos.

    A defesa dos réus recorreu ao STM e, nessa quarta-feira, sete membros da Corte decidiram seguir o entendimento do ministro Carlos Augusto Amaral, relator do caso. Para ele, os militares não podem ser culpados pela morte de Evaldo, porque há dúvidas sobre a origem do disparo que ceifou a vida do músico, já que ele teria ocorrido durante uma troca de tiros entre a patrulha do Exército e os assaltantes. Com isso, os militares foram inocentados”.

    Estamos sobrevivendo, e lutando por justiça, e na qualidade de jornalistas, precisamos ofertar utilidade pública ao povo. Vi, no dia de ontem, crianças dentro de um Supermercado no Rio de Janeiro, implorando com sacos de arroz, de feijão, panetones e outros itens: pedindo para os clientes comprarem...

    Elas estavam em estado de extrema pobreza, algumas com lágrimas nos olhos...este é o novo modus operandi da pobreza: implorar, implorar e implorar...

    Que o NATAL seja de JUSTIÇA SOCIAL.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

    ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: