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    Cristiano Lima

    Educador, graduando em Geografia pela UERJ - CEDERJ e escritor

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    Paulo Guedes odeia o pobre, por isso promove a pobreza: É guerra aos pobres!

    Se Guedes se apresenta como descontrolado, pondo em risco seu próprio cargo, mediante a declarações que sinceramente não encontro vocabulário para definir, a conclusão que podemos chegar é que louco ele não é! Mas sim que o ódio faz morada em sua cabeça, e que de fato foi escolhido a dedo por seu chefe, Bolsonaro

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    A declaração do Ministro da Economia bolsonarista, Paulo Guedes, ecoa nos quatro cantos do Brasil como uma demonstração de ódio de classes.

    Afirmar que filhos (as) de porteiros não são dignos de cursarem uma Universidade, e ainda usando um tom que desqualifica a entrada desses brasileiros e brasileiras na faculdade, não como prestadores de serviço, mas como estudantes, aptos a ocuparem e cursarem uma cadeira acadêmica é a mais clara demonstração do incômodo que a elite e em especial este governo guardam sobre as classes mais empobrecidas.

    Os programas sociais e as políticas públicas focalizadas criadas nos governos PT para mitigação das desigualdades, de fato, resultaram em um efeito positivo para uma classe que estava acostumada a ouvir e seguir o conceito de que “terminar os estudos” era concluir o antigo segundo grau, atual nível médio.

    A criação da lei 12711/12, também conhecida como lei de cotas, do Fies - Fundo de Financiamento Estudantil, um programa do Ministério da Educação (MEC) que ajuda universitários de baixa renda a pagar as mensalidades de cursos presenciais em faculdades privadas funcionam como ferramentas necessárias para realização do sonho universitário, seja do filho ou filha do porteiro, pedreiro e outras tantas outras profissões honradas e dignas de respeito.

    Pais e mães de família que lutam dia após dia para levar sustento para suas famílias e proporcionar um futuro melhor para seus filhos e filhas merecem respeito e admiração, devem ser estimuladas e assistidas e acima de tudo alvo de políticas públicas e sociais e não em absoluto alvo do ódio de um ministro bolsonarista.

    A luta desses jovens em busca do sonho universitário vai além de uma realização pessoal, pois além da realização de um sonho, estes jovens também promovem a imagem do Brasil destacando o País como promotor de políticas públicas e sociais eficientes na luta contra as desigualdades.

    Paulo Guedes que já lamentou a época em que pobres viajavam para o exterior, referindo-se como “farra danada”, ou lamentou a expectativa de vida da população, que insiste em viver, agora ataca os pobres que ingressam nas universidades.

    O problema do ministro bolsonarista não está na economia, mas nas classes mais pobres, estes são os que incomodam Paulo Guedes e são alvo de sua ira descontrolada.

    Seu desejo em atender ao neoliberalismo não possui limites, o sacrifício fica por conta do povo que sofre com cortes no orçamento, nas PEC`s e reformas destrutivas que empurram o povo à beira do abismo. Se Guedes se apresenta como descontrolado, pondo em risco seu próprio cargo, mediante a declarações que sinceramente não encontro vocabulário para definir, a conclusão que podemos chegar é que louco ele não é! Mas sim que o ódio faz morada em sua cabeça, e que de fato foi escolhido a dedo por seu chefe, Bolsonaro.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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