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    Artur Figueiredo

    Jornalista e professor, com especialização em comunicação. Colaborador do portal Yahoo, comentarista, colunista: rádios Poliesportiva, Metropolitana AM 1070, redator do portal Torcedores.com, Assessoria de Comunicação da equipe União Mogi e colunista do jornal Gazeta Regional.

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    Pelo antipetismo, São Paulo escolheu o fascismo

    "O antipetismo criado como espectro de pensamento pela direita e extrema direita vive na estrutura do fascismo midiático"

    Capitão Derrite e Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução/Facebook/Capitão Derrite)

    Após alguns anos desde a ascensão do bolsonarismo em 2018, a confirmação do extremismo, muito além da polarização, cantarolada e comedida por parte da Grande Imprensa. Foi acesa a pólvora para tragédia da política nacional, institucional, estrutural, em xeque a democracia.

    A onda que nunca foi uma marola, mas sim um tsunami em que o flerte para o ódio virou mecanismo de poder, a extrema direita se catalisou num paradoxo romancista de Shakespeare em que o amor e ódio pudesse viver juntos num frenesi de psicopatia social. 

    Dentro desse espectro surge Tarcísio de Freitas (Republicanos), bolsonarista convicto, de fala mansa, comedido, de tom ponderado por alguns, numa via enganosa de “cordeiro”. 

    A famigerada família tradicional, liberal, de verniz democrático, um fascista armado financiado pelo mercado, na fala de um populista sanguinário: “Fogo na Favela”, a farda com assinatura de sangue. Em uma das atuações marcadas por uma estrutura genocida, o próprio governador chancelou sua fala de extermínio em ações trágicas da polícia militar ocorridas na baixada santista. 

    Considerado o braço de ferro do governo Tarcísio, secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, deputado federal (PL), surgiu como referência maior dessa estrutura, cujo estado maquia os dados estatísticos sociais para aparelhar uma polícia de caráter fascista. Derrite inclusive usou como lobby de campanha se orgulha de ‘matar’, no discurso a fala cristã, na prática, o extermínio. 

    Na polarização política, São Paulo como outros estados de caráter direitista fez do antipetismo não só propaganda, mas o mecanismo funcional de formação de pensamento na idealização maniqueísta de completa estrutura de alienação social, fortalecendo mitos já debatidos maciçamente pela Grande Imprensa, uma cortina de fumaça 

    Tocando em temas sensíveis na sociedade brasileira, a extrema direita se alimenta do caos, a partir de inimigos invisíveis, tudo em prol de um pensamento dominante. 

    Quem nunca ouviu a falácia de Comunismo no Brasil, cujo país dividido por desigualdades sociais assombrosas, concentração de renda e a construção do pensamento liberal na formação de mazelas sociais ainda mais profundas? 

    O conservadorismo de falsos profetas na construção do pensamento de uma sociedade que cada vez mais se forma por uma inquisição sobre uma perspectiva de falso moralismo, cujo estado controla as liberdades individuais sob uma pauta cristã. Assim se fundiu a extrema direita no Brasil, em São Paulo e o sul do país. 

    A tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul ascendeu o sentimento de Guerra Fria, liberais como urubus, buscando a carcaça social, em meio as ruínas. O Governador sulista Eduardo Leite (PSDB) em vídeo recente defendeu o comércio local, explorando o capitalismo mesmo diante uma realidade de caos, tragédia. Do outro lado, o presidente Lula (PT) elevou o discurso estadista e enalteceu o papel de bem-estar social do estado como mecanismo de erguer o estado do Rio Grande do Sul. 

    As pautas econômicas como arcabouço fiscal foram colocadas como segundo plano, colocando em xeque e criando um paradoxo profundo entre o estado e o liberalismo econômico. 

    O antipetismo criado como espectro de pensamento pela direita e extrema direita vive na estrutura do fascismo midiático criado por gente branca que ama o poder e ajudou a institucionalizar um pensamento dominante em que direitos e privilégios pertencem a uma casta social e que toda qualquer bandeira progressista que resista será alvo. 

    É na construção de um país de mazelas que grupos econômicos se firmaram numa estrutura de escravidão moderna e fundamentação de ideias totalitárias como sistema de luta, cujo ‘apartheid’ social seja o sistema vigente...

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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