Pelo fim do PCO
As primeiras leis com princípios éticos que regraram a convivência humana. O mundo começou a mudar ali. Não serão estes pulhas que nos farão retroceder
Essa coluna foi respondida pelo PCO.
O Partido da Causa Operária é a favor do fim do Estado de Israel. Este é o mais recente panfleto do PCO chamando a filiação ao partido. O PCO é aquele partido com um Zero com a foice e o martelo como símbolo. Zero representatividade.
O fato é risível sob qualquer aspecto. A classe operária brasileira tem muitas questões importantes por resolver, e depois destes anos sob Bolsonaro, com todos os retrocessos aos trabalhadores, falar da destruição de Israel como uma causa operária é uma piada, daquelas de mau gosto.
Um partido que tenta se insinuar como comunista autêntico, sem nenhuma expressão nacional, estadual ou municipal, que enche uma Kombi quando realiza um congresso, deveria ser mais coerente com sua ideologia.
Claro que a esquerda em geral tem muitas restrições quanto as políticas dos últimos governos israelenses. É legítimo que se discorde e se diga, por exemplo, que cometem uma política de Apartheid nos territórios ocupados. É aceitável que se condenem estas políticas.
Mas quando um partido se coloca pelo fim do Estado de Israel, estamos falando de um partido com uma retórica antissemita. Um dos valores da esquerda é o seu humanismo, sua preocupação com a vida, não desejamos a destruição de nenhum país, de nenhum povo. Lutamos por mudanças que levem a um mundo melhor para todos. Colocar em um panfleto uma mensagem destas é o anúncio de que de esquerda o PCO não tem nada diferente do Partido Nazista. São iguais em número, gênero e grau.
Não é por nada que eles apoiam o Talibã, a invasão da Ucrânia e se dispõe a uma aliança com Bolsonaro. Tudo pela causa operária, evidentemente. Eu fico me perguntando a todo momento que diferença faz para o operário brasileiro a existência, ou não de outros países. Vamos imaginar desejar o fim da Argentina. Talvez isto tirasse um rival dos gramados e consequentemente a seleção canarinho teria um caminho mais fácil na Copa América. Isto traria mais felicidade a classe trabalhadora.
Quem sabe a destruição dos imperialistas americanos. Com o fim dos EUA, os operários comeriam menos junk food, tomariam menos refrigerantes e a saúde dos trabalhadores teria uma melhora substancial.
Agora, vamos imaginar um mundo sem o Estado de Israel. Que diferença isto faria para nosso proletariado? O que de bom traria de proveito para os trabalhadores? Quais seriam os ganhos benéficos aos operários? Eu respondo, nenhum, nadica, nada.
Isto é o que eu chamo de retórica antissemita. Uma panfletagem inconsequente que em nada contribui para a eleição de Lula. Precisamos de todos os votos possíveis, de todas e de todos que possam nos ajudar a vencer estas eleições, e o que vemos é um bando de sem noção insuflando causas fora de contexto, estapafúrdicas e alienadas da realidade. Devem estar tomando muito chá de cogumelo por lá.
Este partido sem causa nenhuma, que só existe no papel, deve ser extinto em breve. E eu lanço a campanha por sua perda de registro. Ninguém, nem mesmo uma agremiação política pode expressar antissemitismo impunemente. Racismo é crime e deve ser combatido.
Neste mês as três maiores religiões monoteístas estão em festa. Os muçulmanos pelo Ramadan quando o profeta Maomé recebeu revelações divinas, os cristãos pela Páscoa quando da ressurreição de Cristo, e os Judeus pelo Pessach quando da saída do Egito até a chegada na Terra Santa.
Durante os anos que levaram até chegar a Terra Santa, Moisés trouxe os 10 Mandamentos. As primeiras leis com princípios éticos que regraram a convivência humana. O mundo começou a mudar ali naquele momento. E para melhor. Não serão estes pulhas que nos farão retroceder.
Ramadan Kalil! Feliz Páscoa! Chag Pessach Sameach!
Nazistas do PCO não passarão! Lula Presidente!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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