“Pequenos erros”, grandes negócios
Banqueiros e outros abutres fazem a farra e passam a conta para o povo. É preciso reagir por meio da mobilização
Nos últimos dias, diferentes setores capitalistas anunciaram “erros” que mostram — de fato — o modus operandi da burguesia na atual etapa de crise histórica do capitalismo, onde os lucros dos grandes monopólios (cada vez mais curtos) dependem cada vez mais dos assaltos aos cofres públicos, sustentados pelos impostos pagos pela população e de todo tipo de trambique, como é o caso das “privatizações”, nas quais empresas ou riquezas de nações inteiras (como o petróleo) são entregues a preço vil para um reduzido grupo de tubarões.
No mais destacado, o caso das Lojas Americanas, foi anunciado rombo “contábil” da ordem de R$43 bilhões que “surgiu” como do nada, evidenciando que os três maiores bilionários do País (que fantasiosamente atuam como se não soubessem de nada) ganharam mais alguns bilhões trapaceando os acionistas minoritários do grupo, dezenas de milhares de funcionários e, é claro, o erário público, que deixou de arrecadar impostos etc.
Nesta semana o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, revelou (vídeo abaixo) um “erro” de mais de US$ 1 bilhão por mês (mais de R$80 bilhões em pouco mais de um ano), nas contas feitas pelo BC do fluxo cambial.
O burocrata do BC, que com a “autonomia”, está sob o controle total dos banqueiros e a serviço dos seus interesses contra os da maioria da sociedade, pediu “desculpas por essa falha na compilação das estatísticas“, cujas consequências não foram ainda devidamente avaliadas (eles por certo devem saber).
Longe de serem “erros” a desinformação e os golpes contábeis e outros são o cotidiano do funcionamento do sistema capitalista e da política dos tubarões de fazerem com que o povo pague pela conta da crise.
No caso das Lojas Americanas, além das devidas medidas em relação a pagarem pelo golpe específico, fica evidente que os bilionários picaretas precisam perder o controle da Eletrobrás que receberam de presente do governo Bolsonaro.
O caso do Bacen deixa evidente que é preciso por fim à “autonomia” do Banco Central. É um perigo deixar as finanças do País sob controle de especialistas que não “sabem” nem mesmo fazer contas rudimentares.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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