Perdendo o espaço e os serviços
Em São Paulo vivemos uma das maiores destruições de serviços básicos que é a privatização da Sabesp
Privatização é a palavra de honra da extrema direita e, sabemos, uma das falácias mais denunciadas pelas correntes progressistas, que entendem a perda do patrimônio público e a limitação de acesso a serviços quando elas acontecem.
Em São Paulo vivemos uma das maiores destruições de serviços básicos que é a privatização da Sabesp. Em mundo globalizado, deixar de enxergar e entender o que acontece em outros países é burrice ou má-fé. No caso da Sabesp, boa parte dos países e cidades que privatizaram seus serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos reverteram o processo e voltaram a estilizá-los simplesmente por se tratar de serviço essencial e que é necessário defender os interesses da população em primeiro lugar. Aqui, não é o verde para todos que predomina, mas, sim as “verdinhas” para uns poucos. Infelizmente, teremos literalmente muita água para rolar até tomarmos pé da furada em que o governo meteu o estado de São Paulo.
Na mesma toada, no âmbito municipal, os planos diretores estão intensificando a especulação imobiliária, outra forma de privatizar o espaço, não necessariamente público, mas de sobrevivência para todos.
O vereador e relator da revisão do plano diretor da capital paulista, Rodrigo Goulart, defendeu em artigo na Folha de S. Paulo (25/6) que “São Paulo tem, sim, zoneamento”, mas o que resulta da leitura do texto é que o urbanismo na cidade está uma zona. O sofismo clamado por outrem, em que o autor afirma que a esquerda distorce os fatos, aplica-se a ele próprio, uma vez que as audiências públicas foram poucas pelos milhões de pessoas que na cidade habitam, além dessas audiências serem limitadas e inconclusivas. Permitindo-se o trocadilho, não se ouve a população que não sabe o que houve para chegar a situação cada vez mais restritiva de acesso a espaço de morada, transporte eficiente e áreas verdes. E, sim, São Paulo tem forte especulação imobiliária, ao contrário do que ele alega estar coibindo com a revisão do plano.
Perdemos serviços e espaços, essa é a situação aparentemente irreversível no momento.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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