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    Tiago Barbosa

    Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com passagem por jornais de Pernambuco

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    Performance de Haddad dá o tom do combate ao fascismo: coragem, confronto e nunca silêncio

    "O fascismo prospera sob silêncios e morre no combate", diz Tiago Barbosa

    Fernando Haddad (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

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    A performance irretocável do ministro da Economia, Fernando Haddad, na Câmara reforça o tom correto para lidar com a escória do extremismo: confronto, coragem e nunca silêncio.

    O fascismo bolsonarista vive de fazer intimidação constante e instigar a capitulação dos oponentes - seja por receio ou impaciência contra a estupidez -, mas desmorona no embate.

    É inconsistente, covarde, burro e dependente de recortes manipulados à base de fake news para projetar narrativas de força e sabedoria onde existe apenas o inesgotável e retumbante vazio.

    A atitude de Haddad - a exemplo de Flávio Dino - traz o nada à superfície e obriga o bolsonarismo a se ver como é, sem filtros: uma coletânea de irrelevâncias habituada a fazer do ódio e da irracionalidade um ativo político entre alienados.

    As mentiras paridas pela seita para engabelar bolsonaristas e enlamear o destino do país não resistiram à confrontação óbvia com fatos e conhecimento - duas palavras amaldiçoadas por quem faz da fantasia política a razão de viver.

    A confrontação declarada, aliás, transborda a diluição das fake news e alcança o controle do debate - passo decisivo para assumir a agenda e inverter o fluxo da comunicação sob a guerra de versões ensejada pelo bombardeio digital.

    Haddad pregou no governo Bolsonaro o rótulo de caloteiro, negacionista, inimigo da economia e dos estados, com influência negativa exposta até por aliados como Romeu Zema e Tarcísio Freitas - vítimas da irresponsabilidade eleitoreira com chapéu alheio perpetrada pelo extremista.

    E com a ênfase adequada, marcante, repetitiva para dimensionar o ridículo do bolsonarismo diante de verdades inquestionáveis sobre o formato da Terra ou o impacto do calote aplicado pelo ex-presidente nas contas públicas.

    "A Terra é redonda", repetida à exaustão, cola nessa gente o absurdo do obscurantismo e da ignorância cultivados como instrumento de mobilização das massas embrutecidas pela desinformação.

    O enfrentamento a essa laia de indigentes empoderados pelas redes sociais é fundamental para desconstruir atributos autoimpostos e expor quem atrasa, destrói e esfola o país.

    A lição incontornável do desempenho de Haddad é uma verdade urgente ao Brasil: o fascismo prospera sob silêncios e morre no combate - com palavras, ações e ideias disparadas com coragem para o mundo - redondo - ouvir.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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