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    Hely Ferreira

    Hely Ferreira é cientista político

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    Pernambuco nas eleições

    O candidato a governador que se elege, ou chega na frente até o primeiro turno, consegue emplacar o candidato ao Senado

    Palácio do Campo das Princesas, Recife (Foto: Hugo Acioly/SETUR-PE)

    Com certeza, as eleições do ano em curso, no âmbito local e nacional, já se tornaram um marco inesquecível. Quando observamos o quadro atual e procuramos embasar a partir de dados estatísticos, percebemos que temos que levar em consideração pontos relevantes. Os fatos históricos pernambucanos eleitorais apontam que o candidato a governador que se elege, ou chega na frente até o primeiro turno, consegue emplacar o candidato ao Senado que faz parte da sua chapa. 

    Em 1982, o professor Roberto Magalhães foi eleito governador de Pernambuco e o seu candidato ao senado também. Refiro-me ao Senhor Marco Maciel. Quatro anos depois, Miguel Arraes era eleito governador de Pernambuco e duas vagas estavam sendo disputadas para o Senado. Os eleitos foram Antônio Farias e Mansueto de Lavor. Ambos da chapa do governador eleito. No ano de 1990, o governador eleito foi Joaquim Francisco, mais uma vez Marco Maciel se elegeu senador pelo Partido da Frente Liberal. O mesmo partido do governador vitorioso. 

    Buscando ser eleito pela terceira vez governador de Pernambuco, Miguel Arraes logrou êxito, porém ocorreu uma exceção, no que diz respeito às duas vagas em disputa para o senado. Um dos leitos estava na chapa de Arraes, que era Roberto Freire, mas o outro vitorioso foi Carlos Wilson. Vale lembrar, que embora tenha disputado em outra chapa, havia uma relação com o governador eleito, pois tinha sido vice-governador de Pernambuco na chapa vitoriosa ao lado Miguel Arraes no ano de 1986.

    Em 1998, o governador eleito foi Jarbas Vasconcelos. O seu candidato ao senado foi José Jorge que também foi eleito. Quatro anos depois (2002), o Senhor Jarbas Vasconcelos disputava à reeleição e para o Senado eram duas vagas. Os eleitos foram Marco Maciel e Sérgio Guerra. Ambos estavam na chapa do governador reeleito. 

    Quatro anos depois, no ano de 2006, o governador eleito foi Eduardo Campos. Lembrando que no primeiro turno o mais votado foi Mendonça Filho e o senador eleito foi Jarbas Vasconcelos que fazia parte da Frente União por Pernambuco. Mesma frente de Mendonça Filho. 

    Em 2010, Eduardo Campos foi reeleito governador de Pernambuco e as duas vagas do Senado foram preenchidas por Armando Monteiro Filho e Humberto Costa. Ambos eram aliados do governador reeleito. Na disputa de 2014, o governador eleito foi o Paulo Câmara e para senador Fernando Bezerra Coelho. Componentes da mesma chapa. 

    Quando o atual governador disputou o cargo por mais quatro anos, as duas vagas do Senado eram formadas por Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos e mais uma vez os pernambucanos elegeram a chapa majoritária completa. Depois de relembrarmos da recente história política pernambucana, surge a seguinte indagação: o tabu agora será quebrado?  

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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