Povo Indígena Karipuna pede socorro contra invasões
Os rondonienses estão testemunhando o ecocídio com real possibilidade de extinção de um povo indígena que conseguiu sobreviver a ciclos de genocídio
Do Blog da Luciana Oliveira
Com fotos e vídeos enviados à imprensa os indígenas do povo Karipuna denunciam como avança e rápido a destruição de seu território.
Eles foram treinados por organizações ambientais a utilizar aplicativos que marcam dia, hora e local de flagrantes de invasões e desmatamentos.
Desde a eleição de Jair Bolsonaro, do alinhamento do governador Marcos Rocha e de deputados à uma política antiambiental os dias têm sido de muita pressão para destruir e rápido áreas protegidas em Rondônia.
O território dos Karipuna é vizinho à Resex Jaci-Paraná, que chegou a ser quase extinta por força da lei complementar estadual n° 1089.
O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) declarou a inconstitucionalidade, mas isso não tem sido suficiente para barrar as invasões.
Vale mais a palavra, o comando dado para invadir, devastar e expulsar povos originários.
Os invasores se sentem autorizados pelas autoridades políticas a agirem ilegalmente, dizem os indígenas.
“Eles confiam no desmonte e enfraquecimento da fiscalização ambiental”, disse um indígena ao blog.
As fotos mostram ponte construída no rio Formoso para escoar a madeira roubada da terra indígena.
Os troncos de árvores nobres espalhados em picadas abertas na mata denunciam a exploração ilegal.
A Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira lançada hoje, 14, com a presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, é um absoluto engodo.
A proposta de conciliar sustentabilidade e o desenvolvimento na Amazônia é uma falácia no que diz respeito à proteção ao meio ambiente.
A TI Karipuna é a mais pressionada da frente conhecida como AMACRO, para supostamente promover interesses ambientais e econômicos do Amazonas, Acre e Rondônia.
Os rondonienses estão testemunhando o ecocídio com real possibilidade de extinção de um povo indígena que conseguiu sobreviver a ciclos de genocídio.
Em reportagem há quatro meses, o BLO denunciou:
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