Primeira fundamentação dos prognósticos da eleição de 2024 – São Paulo

Como prometido, estou iniciando uma sequência de artigos para fundamentar o meu prognóstico da ocupação de vagas da próxima bancada na Câmara de Municipal de São Paulo, divulgado no Brasil 247, com o título “PROGNÓSTICO: ELEIÇÃO PROPORCIONAL DE SÃO PAULO.”

É importante esclarecer que se trata de um estudo sustentado pelo rigor analítico e evidências empíricas, tal qual o trabalho do respeitado cientista político Alberto Carlos Almeida, na Ciência Política e na Sociologia, é definido em seu livro “A Politica Como Ela É”, escrito a quatro mãos com o ex-minístro Renato Janine Ribeiro.

Dos doze partidos e duas federações partidárias citadas, vou começar com os quatro partidos que acredito somarem força para conquistar uma cadeira: MOBILIZA, AVANTE, NOVO e PT.

Entre os quatro partidos: SOLIDARIEDADE, MOBILIZA, PRD e PRTB, e uma federação partidária (PSDB/CIDADANIA), todos com potencial de votos próximo ao quociente eleitoral (QE), ou seja, próximos da quantidade mínima de votos para ganharem uma cadeira, tudo indica que o MOBILIZA fique com a vaga. Pois, embora conte com uma lista de candidatos menor do que a dos outros, possui dois candidatos identificados com a extrema direita e indícios de capacidade para atrair votos. A federação PSDB CIDADANIA, embora dispute o pleito com cinquenta e seis candidatos e tenha em sua lista a candidatura do ex-vereador Mario Covas Neto, que se elegeu em 2012 com 60.697 votos e em 2016 com 75.593 votos, mas agora vem de duas participações frustradas, 10.568 votos para vereador em 2020, e 4.954 votos para deputado federal em 2022, seus demais candidatos não dão sinais de potencial para um desempenho melhor. O SOLIDARIEDADE, com uma votação estimada em 2,01% dos votos válidos (VV), dá mostras de força para a conquista de uma vaga, mas acredito que nenhum de seus candidatos alcance uma votação igual ou superior aos 10% do QE, exigidos para um candidato ocupar uma cadeira na fase de cálculo do Quociente Partidário (QP).

O AVANTE, com cinquenta e seis candidatos, conforme o permitido, não traz em sua lista nenhum nome que exerça mandato ou que tenha maior destaque, mas nossos estudos apontam para a possibilidade de que atinja a quantidade de votos válidos (VV), estimada em 2,18%,  necessária para a conquista de uma vaga. Parece também ter, entre seus candidatos, gente capaz de alcançar votos suficientes para assumir uma das vagas na bancada paulistana.

O PDT, com uma votação estimada em 2,40% dos votos válidos e bem distante de 4,80%, necessários para a conquista de uma segunda vaga, parece não ter dificuldades para conquistar a sua única vaga.

O NOVO, com cinquenta e seis candidatos, e um potencial estimado para atingir 2,62% dos votos válidos (VV), possui concorrentes com indício de força eleitoral para alcançar uma votação nominal capaz de assumir uma vaga na fase de cálculos do quociente partidário (QP).

Quanto aos demais participantes, não encontramos elementos que indiquem que os partidos DC, AGIR, UP, PMB, PCO, PSTU e PCB tenham chances de alcançar votação próxima ao QE ou 80% do QE, quantidades mínimas exigidas para que os partidos participem, consecutivamente, da primeira e segunda fase dos cálculos que definem o preenchimento das vagas disponíveis. Em virtude do grande número de cadeiras em disputa no município de São Paulo, o que delimita o seu QE em 1,82% dos votos válidos, acredito não haver necessidade de definição de nenhuma vaga na terceira fase dos cálculos, da chamada fase da “sobras das sobras”.