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    Zhu Qingqiao

    Embaixador da China no Brasil

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    Propostas e ações chinesas para abrir em conjunto um futuro melhor para a humanidade

    A construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade trata-se da sabedoria chinesa para responder às indagações colocadas pelo nosso tempo

    (Foto: Reuters/Thomas Peter)

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    Neste ano, celebramos os 10 anos da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, conceito apresentado pelo presidente Xi Jinping. Recentemente, o governo chinês lançou um livro branco intitulado “Uma Comunidade Global de Futuro Compartilhado: Propostas e Ações da China”, que discorre de forma sistemática sobre a teoria e a prática desse conceito. Esse documento fornece uma referência importante para a compreensão do significado de longo alcance da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e o entendimento dos principais objetivos da diplomacia de grande país com características chinesas.

    A construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade trata-se da sabedoria chinesa para responder às indagações colocadas pelo nosso tempo. No mundo de hoje, onde os países estão interligados e interdependentes, está tomando forma uma comunidade de interesse e segurança entrelaçados. Ao mesmo tempo, problemas novos e antigos sobrepõem-se a contradições complexas, de tal forma que as teorias tradicionais das relações internacionais não conseguem mais explicar o mundo de hoje nem resolver os desafios globais que enfrentamos. A comunidade de futuro compartilhado, proposta pelo presidente Xi Jinping, defende a coexistência pacífica e o desenvolvimento comum com base na busca pela convergência enquanto se deixam de lado as diferenças. O futuro do mundo deve ser ditado por todos, as regras internacionais devem ser definidas por todos, os assuntos globais devem ser governados conjuntamente e os frutos do desenvolvimento devem ser partilhados. Com isso, construiremos um mundo de paz duradoura, segurança universal, prosperidade comum, abertura e inclusão, além de ser belo e limpo. Esse conceito transcende o obsoleto pensamento do jogo de soma zero e política de força, reúne o consenso de todos os povos em busca pela paz, desenvolvimento e estabilidade, delineando um futuro melhor para a humanidade.

    A construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade trata-se de ações chinesas para incentivar o progresso comum. Preservar a paz mundial e fomentar o desenvolvimento comum são propósitos e ações concretas da diplomacia chinesa. A iniciativa Cinturão e Rota, lançada há uma década, tem a adesão de mais de três quartos dos países do mundo, movimentou quase 1 trilhão de dólares em investimentos para financiar mais de 3 mil projetos. Criou 420 mil empregos para os países parceiros e tirou cerca de 40 milhões de pessoas da pobreza. São ações concretas para construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. O presidente Xi Jinping também apresentou a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global a fim de trazer soluções globais para os desafios atuais, dando um importante suporte para a construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. A China ainda propôs uma série de iniciativas com vistas a construir comunidades de futuro compartilhado nos âmbitos regional e bilateral, desempenhando um papel construtivo para a paz e o desenvolvimento regionais.

    A construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade trata-se do plano chinês para aprimorar a governança global. A grandeza de uma nação não está em seu tamanho, peso ou força, mas sim no alcance de sua aspiração, visão e responsabilidade. Construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade não é agrupar-se para formar "panelinhas" excludentes, mas visa apoiar a democratização das relações internacionais e conduz o desenvolvimento da governança global a uma direção mais justa e razoável. Como o maior país em desenvolvimento do mundo e membro do Sul Global, a China persiste em fomentar o crescimento mundial por meio de seu próprio desenvolvimento. Respeita, ao mesmo tempo, a exploração dos caminhos de desenvolvimento por cada país e advoga a multipolarização do mundo e a democratização das relações internacionais. Na visão chinesa, independentemente das diferenças que possam existir em relação à geografia, história, cultura, sistema social, peso econômico e estágio de desenvolvimento, os países, desde que adiram à concepção central da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, conseguem encontrar pontos convergentes em opiniões distintas, alcançar harmonia apesar da diversidade e fortalecer parcerias mutuamente benéficas, contribuindo assim para o desenvolvimento de todas as nações e para o progresso da humanidade.

    Diante da conjuntura internacional com mudanças e incertezas, a China e o Brasil, relevantes representantes de forças emergentes do mundo, compartilham uma ampla gama de interesses e assumem responsabilidades comuns para o desenvolvimento. No recente discurso na 78ª Assembleia Geral da ONU, o presidente Lula assinalou que a ONU precisa cumprir seu papel de construtora de um mundo mais justo, solidário e fraterno, o que converge altamente com o conceito de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. No caminho justo de salvaguardar a paz mundial e promover o desenvolvimento comum, a China gostaria de ficar ao lado do Brasil como parceiro e companheiro para que se torne realidade o senho de construir a comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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