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    Alex Solnik

    Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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    Putin é o cara de 2016

    "O ano desastroso não poderia ter terminado melhor para Putin e para o mundo. Faltou pouco para incendiar o planeta mais uma vez. Bastaria que expulsasse 35 diplomatas americanos, como chegou a anunciar seu chanceler Sergei Lavrov. Era o que Obama queria para anunciar novas retaliações. E aí ninguém sabe o que poderia acontecer. No entanto, coube a ele, sempre pintado pela mídia americana e europeia como um novo Ivan, O Terrível aplicar uma lição de tolerância no ainda presidente americano que começou o mandato ganhando o Prêmio Nobel da Paz e termina com o Prêmio Nobel da Guerra"; a análise é do colunista Alex Solnik; para o jornalista, "Putin mostrou, no apagar das luzes de 2016 que o diabo não é tão horrível quanto parece"

    Presidente russo, Vladimir Putin, em foto de arquivo no Kremlin, em Moscou. 23/12/2014 REUTERS/Maxim Shipenkov (Foto: Alex Solnik)

    O ano desastroso não poderia ter terminado melhor para Putin e para o mundo.

    Faltou pouco para incendiar o planeta mais uma vez. Bastaria que expulsasse 35 diplomatas americanos, como chegou a anunciar seu chanceler Sergei Lavrov.

    Era o que Obama queria para anunciar novas retaliações.

    E aí ninguém sabe o que poderia acontecer.

    No entanto, coube a ele, sempre pintado pela mídia americana e europeia como um novo Ivan, O Terrível aplicar uma lição de tolerância no ainda presidente americano que começou o mandato ganhando o Prêmio Nobel da Paz e termina com o Prêmio Nobel da Guerra.

    Não valia a pena brigar com um presidente americano em fim de mandato, que chamam por lá de “pato manco”.

    Foi uma forma sutil de dizer “Obama, você não manda mais”.

    Ele tirou a escada e deixou Obama com a broxa na mão.

    Se retaliasse daria gás a um litígio que poderia contaminar suas relações com Trump, que teria de responder à retaliação.

    E tudo o que ele não quer é brigar com Super Trump, especialmente no primeiro dia de mandato.

    Aí, sim, seria briga de cachorro grande.

    Putin mostrou, no apagar das luzes de 2016 que o diabo não é tão horrível quanto parece.

    Ele é o cara de 2016.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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