Quadro político se agrava, mas desfecho é imprevisível
“É difícil prever o que haverá pela frente”, destaca o professor Roberto Moraes. “O Brasil, hoje é muito diferente do país de 2002, em diversos aspectos. Precisamos superar o genocídio, o desmonte do país e o atraso. É necessário mais que resistir”
Por Roberto Moraes
Há mudanças substanciais no quadro político no Brasil.
A CPI trabalha com a apuração de dados crescentes das (ir)responsabilidades do desgoverno, tanto na questão das vacinas, quanto da ausência de gestão para proteção das pessoas.
O desgoverno é fruto de um clã alucinado ombreado por milícias digitais e territoriais e pelos generais do Partido Militar, mais preocupados em duplicar seus salários e que não se importam com a enorme massa de desempregados, famintos e excluídos. Estes tentam sobreviver com o minúsculo auxílio emergencial, sofrendo as dores da pandemia e da morte daqueles mais próximos e, em sua maioria, da mesma classe social.
O descontrole da base desgovernada aumenta, se torna visível, e parece refletir a percepção da população que, embora silenciosa, em sua maioria, segue tentando se proteger do vírus e destes genocidas.
É difícil prever o que haverá pela frente.
Os donos dos dinheiros no andar de cima, seguem satisfeitos com o aumento dos seus lucros e com o acesso às empresas vendidas na xepa das privatizações das estatais e concessões, onde o fluxo de dinheiro e rentabilidade, prescindem de investimentos em instalações, apenas adequações e reformas, pagas com crédito barato e subsidiado do BNDES, mesmo que quase desmontado. Esses, também não encontram o nome para o tal centro neoliberal.
A divisão de posição na população parece ter mudado de lado. Ainda na população, os sinais são de uma maioria acompanhando tudo de perto e querendo mostrar sua nova posição. Há preocupação e ansiedade, mas há mais que fios de esperança.
O Brasil, hoje é muito diferente do país de 2002, em diversos aspectos. Precisamos superar o genocídio, o desmonte do país e o atraso. É necessário mais que resistir. Sigamos em frente!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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