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    Julimar Roberto

    Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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    Queda da inflação reforça a efetividade das atuais medidas econômicas do governo Lula

    "Desde o início do seu terceiro mandato, Lula tem buscado maneiras de controlar a inflação"

    Lula e compras no mercado (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker | Ricardo Stuckert/PR)

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    Nos últimos meses, a economia brasileira tem apresentado sinais claros de recuperação, com uma desaceleração significativa da inflação. Dados recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que, em agosto, a inflação recuou para todas as faixas de renda, beneficiando principalmente os mais pobres. Esse resultado positivo, longe de ser uma casualidade, está diretamente ligado às políticas econômicas adotadas pelo governo do presidente Lula.

    A desaceleração inflacionária, que variou de -0,19% para as famílias de baixa renda até 0,13% para as de alta, em agosto, reflete uma série de medidas que têm sido fundamentais para controlar o custo de vida, sobretudo para os mais vulneráveis. Núcleos familiares de renda muito baixa, que tradicionalmente sofrem mais com a alta de preços em itens básicos como alimentos e energia, registraram a menor inflação acumulada em 12 meses (3,72%). Isso é significativo, já que os consumidores com menor poder aquisitivo costumam sentir de maneira mais acentuada os impactos da inflação, devido a maior parcela de seus ganhos ser destinada a produtos de primeira necessidade.

    Entre os fatores que impulsionaram essa queda, destacam-se as deflações nos preços dos alimentos, como cereais, tubérculos, hortaliças e derivados do leite. Para isso, o governo tem incentivado a produção agrícola e o abastecimento de alimentos, com programas que favorecem pequenos e médios produtores, o que, por sua vez, contribui para a queda nos preços dos alimentos e garantem mais comida na mesa. A redução no custo de itens essenciais tem sido crucial para que a inflação não afete de maneira desproporcional as famílias mais pobres. Esse enfoque na produção e no abastecimento interno está alinhado com a filosofia de Lula de promover o desenvolvimento econômico com justiça social, garantindo que a economia atenda a todos os brasileiros, sem distinção. 

    Outra estratégia adotada foi a revisão das tarifas de energia elétrica, que voltaram à bandeira verde e trouxeram um alívio significativo no setor de habitação. Essa medida, associada à redução tarifária em algumas capitais, demonstrou que políticas públicas voltadas ao controle de preços essenciais podem ter um impacto direto na qualidade de vida das pessoas. 

    Desde o início do seu terceiro mandato, Lula tem buscado maneiras de controlar a inflação sem comprometer o crescimento econômico e a geração de empregos. Seu esforço resultou em um forte alívio para o orçamento familiar de milhões de trabalhadores e trabalhadoras e suas políticas têm desempenhado um papel essencial ao atuar em duas frentes, o controle de preços e a proteção do poder de compra das famílias.

    Mas nem tudo foi fácil. Ao assumir um governo com uma economia fragilizada por anos de políticas neoliberais, Lula se deparou com o desafio de reduzir a inflação sem impor sacrifícios à população. Diferentemente de governos anteriores, que apostaram em cortes drásticos e políticas de austeridade, o “presidente operário” tem trabalhado em ações mais equilibradas, como a renegociação de dívidas públicas e incentivos ao consumo e à produção. O governo Lula mostrou que é possível equilibrar as contas públicas sem prejudicar os mais vulneráveis, e isso se reflete no comportamento da inflação, especialmente para as famílias de baixa renda.

    A desaceleração da inflação que o Brasil vivencia em 2024 é, sem dúvida, uma conquista importante para o povo brasileiro e comprova que nosso país está no caminho certo para uma recuperação econômica sólida, com justiça social e respeito às necessidades do seu povo.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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