Quico e o pé de capim
Sua principal diversão é “brincar” de desestabilizar países em desenvolvimento, principalmente aqueles que possuem reservas de lítio
Quico, que nunca enfiou um prego numa barra de sabão nem jamais plantou sequer um pé de capim, pois herdou uma mina de esmeraldas do papai, desistiu de vez do seu maior sonho: ganhar sua tão sonhada bola quadrada. Agora, bilionário, sua principal diversão é “brincar” de desestabilizar países em desenvolvimento, principalmente aqueles que possuem reservas de lítio. Quico já passa dos cinquenta, mas continua choramingando toda vez que é “beliscado” pela realidade. Playboys como o anagrama de Noel vivem imersos no vazio de suas próprias existências, que nem toda a Cetamina do mundo conseguiria preencher.
Assim sendo, Quico passa horas e horas dos seus tediosos dias trancado em sua casa luxuosa, se divertindo com suas anteninhas, carrinhos elétricos e foguetes. Por tal razão chegou, inclusive, a ser apelidado de “Quico dos foguetes”. O que não deve ter sido bem recebido, se é que entendeu, tendo em vista sua reconhecida vaidade, arrogância e pouca inteligência.
Quico é um bilionário, mas como bilionários não servem para absolutamente nada, Quico é apenas a representação tacanha de um imbecil montado numa pilha de dólares, com o poder de mandar, desmandar e acreditar piamente que pode dar golpe onde bem quiser. Do seu mundo paralelo, bilionários sempre acham que podem dar passos maiores que as pernas. Não sabem eles que, como dizem os mais velhos: “quanto maior é a altura, maior também é a queda”. O mais curioso no “caso Quico”, no entanto, é ver pobres criaturas que mal têm onde cair mortas apoiarem atitudes para lá de indecentes, em defesa de ricaços que querem mais é que elas se explodam, como diria o nobre deputado Justo Veríssimo.
Embora abril seja o mais cruel dos meses, como diz o poeta, todos os dias de todos os anos germinam não apenas os lilases da terra morta, mas ressurgem os próprios mortos e suas ideologias nefastas, derrotadas e banidas. E assim ouvimos generais saídos de suas tumbas, comemorando aniversários de tenebrosos períodos que só causaram morte e tristeza à humanidade. Parlamentares louvando o atraso, a mentira e o extremismo, como se fosse decente usar o Parlamento para agir contra a própria nação, aprovando, por exemplo, moções de louvor e aplausos em homenagem a figuras de caráter notadamente fascista, recorrendo a um inglês capaz de causar vergonha em Odorico Paraguaçu e inveja àquele conhecido treinador de futebol.
Essas podres criaturas não querem mais apenas controlar a vida alheia, com suas ideologias cafonas e sua vilania covarde, mas ter o direito à última palavra sobre a vida e a morte de todos que delas discordem, e a eleição a cargos políticos tem se mostrado o caminho mais curto e rápido para que tais criaturas abusem de suas poderosas credenciais e, confiantes na impunidade que reina por aqui, possam perseguir de arma em punho, qualquer cidadão na rua. E se esse cidadão for preto, melhor ainda. As podres criaturas que pululam nos cantos mais recônditos do país se acham no direito de invadir casas, escolas, destruir terreiros, tumultuar eventos partidários, cantar louvores em supermercados, julgar, cancelar e condenar o outro às profundezas do inferno.
Assim como Quico, o idiota, todas essas pobres criaturas não resistem a um baculejo da Receita Federal em suas contas ou uma olhadinha que seja nos seus malfeitos pretéritos. Os recentes ataques de Quico Bola Quadrada ao Presidente Lula da Silva e também ao STF, especificamente ao ministro Moraes (se o prezado leitor desejar, pode incluir o espaço dado a políticos extremistas na mídia brasileira ou os desdobramentos do julgamento daquele certo ex-juiz, que estuprou a Constituição Federal), por exemplo, podem ser compreendidos por muitos como um ataque orquestrado contra a soberania nacional e como um fortíssimo apito de cachorro aos extremistas que dormem e acordam (zumbis dormem?), pensando em como derrubar o governo eleito, violando, assim, a democracia e a Constituição Federal.
As podres criaturas que saíram do esgoto da insignificância nos últimos anos parecem ignorar, no entanto, que a cera que cola suas asas postiças não resiste ao calor do sol e nem mesmo a uma ordem judicial expedida pela Suprema Corte do país. Quem sabe, acham eles, um estúpido bilionário venha lhes restituir a glória que nunca tiveram nem jamais terão.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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