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    Bepe Damasco

    Jornalista, editor do Blog do Bepe

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    Reaparecimento de Queiroz devia fazer Toffoli corar de vergonha

    Vale lembrar que Toffoli carregará para todo o sempre em seu currículo a mancha causada pelo ato de vassalagem explicito a Bolsonaro que foi a anulação de todas as investigações que tenham como base dados do Coaf

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    Isso se o presidente do STF não figurasse hoje na galeria dos homens públicos mais execráveis da República, de mãos dadas a Bolsonaro, Moro e Dallagnol.

    Isso se ele não pudesse ser comparado a um ser invertebrado, dado ao seu comportamento camaleônico, ao sabor das conveniências políticas de momento.

    Isso se não tivesse se deixado tutelar por generais-assessores, feito inédito em toda a história do Supremo, impensável até durante a ditadura militar.

    Isso se não tivesse se tornado “corda e caçamba” do sujeito que ocupa a cadeira presidencial de forma indigna.

    Isso se não fosse de sua lavra a declaração cínica de que o impeachment de Dilma e a prisão de Lula têm respaldo constitucional.

    Vale lembrar que Toffoli carregará para todo o sempre em seu currículo a mancha causada pelo ato de vassalagem explicito a Bolsonaro que foi a anulação de todas as investigações que tenham como base dados do Coaf. Ou seja, decisão feita sob medida para livrar o filho 01 do capitão do enredo corrupto no qual estava atolado até o pescoço.

    E quando ressurge no elegante bairro do Morumbi, em São Paulo, o operador-mor das falcatruas do clã Bolsonaro, o miliciano Queiroz, não fosse por todos os senões mencionados acima, a consciência de Toffoli haveria de doer.

    Mas que nada. A realidade é a medida de todas as coisas. E o fato é que só coube à Revista Veja encontrar o desaparecido Queiroz devido à óbvia constatação de que Moro e a Polícia Federal jamais o procuraram.

    O ministro da Justiça para proteger seu chefe, e a PF por ser subordinada a Moro e também porque há tempos atua mais como milícia política a serviço do establishment do que como polícia judiciária.

    Para terminar, repito as perguntas que estão na boca de tantos brasileiros e brasileiras:

    1- Quem financiou o voo sem escalas de Queiroz da favela do Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, para o Morumbi, metro quadrado mais caro da capital paulista?

    2- Quem paga seu tratamento no caríssimo hospital Albert Einstein, agora vizinho de Queiroz ?

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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