Reforma administrativa: uma bomba de Bolsonaro que explode os serviços públicos
Já imaginou sua vida sem escolas públicas, hospitais públicos e outros serviços essenciais que são prestados pelo Estado? Bem, é isso que ocorrerá, caso não nos mobilizemos para barrar a PEC 32 ─ reforma administrativa
Por Julimar Roberto
Já imaginou sua vida sem escolas públicas, hospitais públicos e outros serviços essenciais que são prestados pelo Estado? Bem, é isso que ocorrerá, caso não nos mobilizemos para barrar a PEC 32 ─ reforma administrativa. O projeto que foi apresentado pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional será apreciado na Câmara dos Deputados nos próximos dias e demanda a atenção de todas e todos.
Disfarçada de melhoria, a PEC 32 é mais uma bomba de Bolsonaro prestes a explodir no colo do povo brasileiro. Um projeto nefasto que ataca os servidores públicos ─ tirando direitos conquistados em lutas históricas ─ e que, para a população, significa o fim da prestação de serviços essenciais de forma gratuita e acessível no Brasil. Um retrocesso sem precedentes em nossa história.
Em todos esses anos, após a redemocratização do país, não houve um governo que foi ─ e tem sido ─ tão prejudicial ao Brasil, como o governo Bolsonaro. Não há um só dia em que o povo brasileiro não seja atacado de alguma forma. Mas o interessante é que nunca são investidas contra a pequena parcela que concentra a maior parte da renda no nosso país. Bolsonaro e sua corja escolhem seus alvos a dedo e, infelizmente, é sempre a população mais pobre que leva a pior.
Ao propor a reforma administrativa com tantos ataques, fica claro que esse governo da morte, da fome e da miséria, não tem a menor ideia da diversidade do país que finge governar. Somos uma nação de riquezas, mas com milhares de brasileiras e brasileiros que ainda dependem diretamente dos serviços públicos para obter um mínimo de dignidade. Sem escolas, hospitais, segurança, saneamento, como essas pessoas viverão?
Vivenciamos tempos difíceis, em que muitas pessoas foram reconduzidas à miséria graças à inoperância do atual mandatário do país. Agora, imagine o trabalhador tendo que arcar com custos extras, como uma consulta médica ou a escola particular dos filhos? Simplesmente, não dá! É importante ressaltar também que, como esses serviços serão prestados pela iniciativa privada, os preços aumentarão absurdamente. Se não há o Estado para garantir que a população tenha o acesso gratuito, não há motivo para regrar os valores cobrados.
A pandemia da Covid-19 foi uma amostra da importância dos serviços públicos para população. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde serviços essenciais são privatizados, assistimos milhares de pessoas sem conseguir ter acesso gratuito à saúde no momento em que mais precisavam. Para realizar testes ou tratamento da Covid, precisaram desembolsar cerca de US$ 34 mil, o que, na época, equivalia a R$ 175 mil.
É por isso que precisamos lutar e nos mobilizar de todas as formas para barrar esse projeto. E essa luta precisa de unidade. Um projeto que ataca coletivamente a todas e todos não pode ser combatido individualmente. O tempo é de união e de dizer não à reforma administrativa.
Em defesa do Brasil!
Em defesa dos serviços públicos!
Resistiremos!
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