Rolo compressor sobre Gaza
"Coisa alguma é capaz de parar Israel, inclusive o Tribunal Penal Internacional"
O fato mais relevante do sábado 13 não foi o atentado a vida de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. Foi, isso sim, a continuidade do massacre palestino perpetrado por Israel. E aconteceu como sempre, sem poupar mulheres e crianças. As imagens são fartas e qualquer pessoa pode ter acesso a elas consultando as redes sociais de defensores e organizações de Direitos Humanos.
O que deveria acontecer com o líder sionista Benjamin Netanyahu? Karim Khan, procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), já mandou prendê-lo, mas isso não acontecerá por enquanto. O Tribunal não é integrado por forças armadas e Israel conta com apoio inequívoco dos EUA – coisa que reverbera em outros países. Quando o mesmo jurista emitiu, no ano passado, mandado de prisão contra Vladimir Putin, presidente da Rússia, por suspeita de crimes de guerra na Ucrânia, houve aplausos ocidentais. Mas, agora, versus Netanyahu, não se vê tal mobilização. Ou seja, mesmo a comparação entre as conjecturas belicistas sendo irrelevante, há nesse caso dois pesos e duas medidas.
Mais: em 2020, o bufão Donald Trump impôs sanções econômicas e restrições de viagens contra os integrantes do TPI, pelo fato de o Júri estar investigando a baixa e alta cúpula da inteligência dos EUA e apoiadores sobre possíveis crimes de guerra cometidos no Afeganistão. É necessário lembrar que o WikiLeaks comprovou, por meio de documentos, que os crimes aconteceram. Atualmente, as perseguições não existem mais, elas foram abolidas por Joe Biden, atual presidente estadunidense e apoiador do sionismo. Mas de forma impressionante nada acontece e os bombardeios a Gaza continuam, diuturnamente.
Israel e os Estados Unidos não são signatários do TPI, mas o Tribunal pode atuar nos territórios palestinos. A Palestina é formalmente vinculada ao TPI. O que se sabe é que enquanto Israel e Benjamin Netanyahu não forem parados, enquanto não houver cessar-fogo, a Nakba continuará. No Brasil, tal situação deveria ser debatida a exaustão.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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