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Davis Sena Filho

Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

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Ruralista do século XIX interdita diálogo com Lula e ainda fala em golpe de estado

São sanguessugas que sempre apoiam a retirada de direitos e garantias do povo brasileiro

João Martins (Foto: Wenderson Araujo/CNA)

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Todo mundo sabe, até os recém-nascidos, as pessoas em coma há anos, os extraterrestres, os alienados e os reacionários e fomentadores do crime de golpe de estado, a exemplo do reacionário ou reaça João Martins, que vem a ser o sujeito extremamente ganancioso dos quatro costados do mundo da commodities e da monocultura para exportação.

Esse indivíduo arrogante, prepotente e divorciado dos interesses do País e da população é o presidente da historicamente golpista Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), uma entidade de classe e patronal, que representa os grandes produtores rurais, os latifundiários especuladores de terras e também realizadores da monocultura agrícola e pecuarista, porque dedicados, principalmente, ao mercado de exportação.

A verdade é que essa gente riquíssima é armada até os dentes, pois altamente violenta e reacionária, assim como sempre apostou na alta do dólar, de maneira a ganhar bilhões e não transformar esse dinheiro, efetivamente, em desenvolvimento social e econômico para o povo brasileiro. Além disso, João Martins lidera uma classe patronal acostumada a sabotar os governos populares, trabalhistas ou de esquerda, conforme rezam vários capítulos da história de golpes de estado acontecidos no Brasil.

Contudo, tal ruralista audaz, atrevido e ousado, mas sem nenhum discernimento sobre o Brasil ser incomensuravelmente maior do que seu sindicato de classe e sua ignorante e vã filosofia, apresenta-se desse jeito moralmente andrajo à sociedade, quando adentra o Congresso como se fosse um bárbaro a tomar de assalto a República e, desse jeito típico de um ogro brutal e desprovido totalmente de civilidade, afirma em alto e bom som que se deve “dar um basta” no Governo Lula 3.

Isto mesmo, cara pálida! Esse sujeito desmiolado e radical por motivos de questões ideológicas, dinheiristas e de controle das terras brasileiras por parte de uma burguesia rural com alma no passado escravagista, que secularmente é contra a reforma agrária e os direitos trabalhistas, anuncia publicamente, como se a CNA fosse mais importante que as instituições republicanas democráticas, a democracia e o Estado Democrático de Direito, que estimulou a bancada do boi, que geralmente se une à evangélica e à da bala, para simplesmente começar a promover um golpe de estado (bananeiro e terceiro-mundista, evidentemente).

O milionário fazendeiro João Martins e seus comparsas de golpismo, tanto do Congresso quanto da CNA, equivocadamente, acha que por ser representante de endinheirados do latifúndio e do agronegócio pode fazer tudo em seu mundinho ideal, que remonta a Velha República ou a escravidão, além de pensar, malandramente e não por inocência, que são o suprassumo da economia brasileira.

Entretanto, a verdade histórica é que vivem há séculos a mamar nas tetas fartas do Estado brasileiro, tanto no que tange às terras públicas quanto aos subsídios e créditos com juros mais baratos, a se perder de vista. Isto quando pagam suas dívidas de maneira correta, porque se trata de uma classe abastada useira e vezeira de ser acusada de sonegar impostos e de enviar ilegalmente, sem registrar, as remessas de lucros ao exterior.

Uma classe ruralista marrenta que tem o apoio irrestrito da imprensa de mercado e negócios privados, que fica com esse papinho de afirmar que o “agronegócio é pop, é tech, é tudo”, quando a verdade é que não é, porque se trata de uma indústria e comércio de commodities, que basicamente não atende à demanda da população por alimentos que vão à mesa da nação brasileira. Quem produz alimentos para comer são as pequenas e médias produtoras rurais, além de agricultura familiar. Ponto.

Esses caras ruralistas, como o João Martins, são riquíssimos e gananciosamente privatistas. Eles são privilegiados pelas benesses do Estado. São, cinicamente, a favor do estado máximo para eles e do estado mínimo para o povo brasileiro. São elitistas e sectários, preconceituosos e violentos. São, na verdade, dependentes de empréstimos e investimentos dos bancos públicos.

Os ruralistas da CNA, por exemplo, são, obviamente, orientados pelos técnicos do Estado para melhorar e aumentar suas produções, por intermédio do Ministério da Agricultura e Pecuária, de empresas como Embrapa, Embrater e Emater, além do Incra, que faz um trabalho essencial de regularização e titulação de terras, dentre outras responsabilidades e atividades. Tudo isso é sustentado pelo dinheiro do povo brasileiro, por meio de impostos diretamente cobrados, esses sim não sonegados.

Os ruralistas do “agro é pop”, mas que só pensam em monocultura e exportação para receber em dólares, bem como, mal acostumados que são com privilégios e benefícios estatais, a exemplo dos subsídios governamentais e da aposta na alta do dólar, movimentaram-se, irresponsavelmente, porque não aceitaram a derrota do “capitão” Bolsonaro para Lula 3 nas eleições presidenciais de 2022, que foi derrotado mesmo a estar no poder.

Trata-se de uma demonstração inequívoca de sua enorme incompetência somada ao seu golpismo delirante e deletério. O fazendeiro milionário João Martins idealiza o seu mundinho ideal dentro de uma redoma de cristal e que se dane o resto do País. Esse sujeito medíocre é um jacuzinho. Ele pensa que o mundo cabe em sua propriedade, assim como o Brasil, um País continental com 215 milhões de habitantes e um mercado interno gigantesco, mas eternamente sabotado por gente do naipe de João Martins, que apoiou o golpe de estado de 2016, sendo que um dos motivos para tal ação infame foi o de sabotar o mercado interno brasileiro, a exemplo do que aconteceu com a construção civil e pesada, assim como com a indústria de carnes.

Esse sujeito pernicioso viu a indústria da carne brasileira ser destruída pela Lava Jato, mesmo ele sendo ruralista, mas não fez nada, cruzou os braços e deve ter comemorado, porque sua produção passou a se voltar unicamente à exportação direta e in natura, com o dólar em alta permanentemente por causa da política monetária e fiscal do desgoverno de extrema direita e ultraneoliberal de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e Roberto Campos Neto.

Uma política desastrosa, negligente e criminosa, que causou muita fome ao povo e desemprego humilhante, além de total falta de investimentos no País, por parte do Estado nacional, quando milhares de obras ficaram propositalmente paralisadas e o Estado ficou à mercê de um desmonte criminoso em praticamente todos os seus setores e segmentos. E a CNA apoiou todos esses desmandos contra os interesses do Brasil e de sua população.

Tal entidade patronal também sempre foi cúmplice de governos de direita e de extrema direita, a exemplo da terrível ditadura militar e dos governos antipopulares e profundamente concentradores de riquezas e renda, como os de José Sarney, Fernando Collor, Michel Temer e, por fim, o pior de todos: o do fascista e ultraneoliberal Jair Bolsonaro, cujo desgoverno produziu lamentavelmente os mais baixos índices de desenvolvimento social e econômico desde a redemocratização do Brasil. E a CNA de João Martins foi cúmplice e parceira dessa avacalhação e irresponsabilidade generalizada.     

Agora João Martins vem com essa palhaçada digna de um brucutu inconsequente, irresponsável e movido pela ganância exacerbada, como sempre foi a “elite” escravocrata brasileira, a se negar a dialogar com um governo verdadeiramente democrático, progressista e desenvolvimentista, sendo que é exatamente por causa disso que João Martins e seus pares reacionários do meio rural rejeitam com violência o governo popular e distributivista de Lula 3.

A explosão de insensatez, burrice, falta de visão, noção e educação aconteceu no dia 11/06, quando o presidente ogro e golpista da CNA se reuniu com o igualmente conservador, pecuarista e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. João Martins começou a simplesmente vociferar, como se ele fosse o dono do Brasil, que se acha no direito de “dar um basta” no governo de Lula 3, eleito legitimamente pelo povo brasileiro.

O principal motivo para esse milionário da CNA querer “dar um basta”, ou seja, um golpe, é devido ao projeto do Governo Lula 3 sobre a MP do PIS/Cofins, que foi incluída na MP do Equilíbrio Fiscal. A medida provisória limita os créditos de PIS/Cofins para compensação da desoneração da folha realizada e permitida pelo Governo Federal. A MP combatida pelos milionários da CNA aumentará a arrecadação do Governo e, com efeito, facilitará à Fazenda comandada pelo ministro Fernando Haddad que se alcance o déficit zero.

Esses milionários e bilionários vivem a apregoar o controle das contas públicas, a diminuição dos investimentos do Estado junto à população, apostam na entrega do patrimônio público, cantam loas e boas ao estado mínimo, mas na hora de cooperar com o País, apenas pensam em seus interesses pessoais e, no máximo, nos interesses da classe e categoria a qual pertencem, evidentemente. Choram por tudo, até pelo arroz que eles sordidamente estocaram, à espera de aumentar absurdamente o preço como fizeram durante os seis anos e meio dos dois governos de direita oriundos do golpe contra a Dilma Rousseff, quando os capitães da indústria, os banqueiros e os agropecuaristas deitaram e rolaram, porque abriram a porteira para essa malta, que nesse tempo todo aumentou tanto os preços, que a população passou fome ou ficou à míngua, sem segurança alimentar. Por isso, o “dar um basta” ao Governo Lula 3 por parte do chefe de uma categoria rural e patronal que há séculos explora a nação, bem como é promotora, autora e cúmplice de golpes de estado, a exemplo dos golpes de 1964 e o de 2016, que a CNA golpista de João Martins apoiou.

João Martins é um irresponsável e inconsequente, como o é, ressalto novamente, a “elite” deste País de alma e ações escravocratas da qual ele é representante ativo. Ao participar de almoço promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso, o bruto resolveu rasgar o verbo e fazer ameaças ao Governo Lula 3 e a se referir ao presidente trabalhista, que foi eleito três vezes e que elegeu sua candidata Dilma Rousseff duas vezes, da maneira mais jocosa, prepotente e mal-educada possível.

Lula 3 venceu, na verdade, cinco eleições diretas, sendo que mesmo assim foi brutalmente e injustamente encarcerado pelo Judiciário e seus comparsas de graves crimes contra a Constituição, a Democracia, e o Estado Democrático de Direito. Os lobos impediram que a sociedade brasileira pudesse escolher seu candidato preferido, porque o propósito era interditar a candidatura Lula 3, ou seja, inviabilizar de qualquer maneira, inclusive ilegalmente, que ele fosse eleito presidente da República em 2018, sendo que o restante da trágica história todo mundo já conhece.

O que esse indivíduo histriônico e ególatra pensa que é ao se comportar como um reles grosseirão e asseverar que se recusa a dialogar com o presidente da República mais respeitado e considerado que o Brasil teve em sua história perante o mundo? Lula é o presidente do Brasil e do G-20, assim como trata de igual para igual com os principais líderes do mundo assuntos pertinentes à comunidade internacional.

Quem esse cara pensa que é para falar desse modo tão impertinente e desairoso? Trata-se de um líder de categoria abastada, endinheirada e que nunca teve compromisso com o desenvolvimento real do povo brasileiro. Pelo contrário, sempre apoiou projetos excludentes e golpes de estado de direita, cuja finalidade sempre foi cortar investimentos, entregar o patrimônio público e mamar nas tetas do Estado.

Sempre apoiou por meio da CNA patronal políticas econômicas bárbaras, destinadas a severamente apertar o cinto da população, porque, na verdade, são agentes políticos determinados a impedir, por exemplo, o aumento ou reposição de salários, assim como não preservar empregos, porque querem mão de obra barata e lucros estratosféricos em cima das necessidades e dores dos trabalhadores, estudantes, aposentados e donas de casa.

São sanguessugas que sempre apoiam a retirada de direitos e garantias do povo brasileiro. E assim fizeram nos desgovernos de direita de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que é o “amor” desses fascistas, de extremados de direita como o João Martins. Por isto que a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann,  respondeu de forma enérgica às declarações de João Martins feitas aos parlamentares da bancada do boi do Legislativo federal.

Gleisi informou em alto e bom som sobre os investimentos do Governo Lula 3 que beneficiam diretamente o agronegócio, aquele do “pop, tech e tudo”, sem explicitar que são os bilionários da monocultura de exportação. A deputada falou da promoção da produção agrícola por intermédio do Plano Safra, citou os imensos esforços para recuperar a infraestrutura e a economia do Rio Grande do Sul, além de falar sobre o atendimento direto à população gaúcha, assim como lembrar aos endinheirados do meio rural sobre os benefícios conquistados pela rica categoria, aboletada na CNA para conspirar, quanto à Reforma Tributária, que foi aprovada com o apoio e trabalho de convencimento do Governo Lula 3.

Gleisi Hoffmann disse: "Desgoverno era aquele que a CNA apoiou, que isolou o Brasil e fechou mercados por incentivar o desmatamento, as queimadas, os agrotóxicos, o trabalho escravo e a truculência contra os trabalhadores rurais. O agro não é maior que o Brasil, mas é importante demais para ser representado por pessoas cegas pela ideologia de extrema-direita, incapazes de enxergar um palmo além da própria ganância". É isso aí.

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