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Laís Vitória Cunha de Aguiar

Aos 16 anos passou a escrever para a ONG australiana Climate Tracker, que treina jovens para serem jornalistas climáticos, e com isso publicou para a EcoDebate e outros meios de comunicação. Participou dos Jornalistas Livres como freelancer e por um ano do Mídia Ninja. Publica eventualmente no Brasil 247 e Brasil De Fato. Formada em Línguas Estrangeiras Aplicadas ao Multilinguismo no Ciberespaço e coordena o Parlamento Mundial da Juventude no Brasil.

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Seminário nacional comemora os cinco anos do Pacto Nacional pela Primeira Infância

Foram apresentados avanços relevantes de atuação do Sistema de Justiça no fortalecimento dos direitos das crianças na primeira infância

(Foto: Laís Vitória)

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O Seminário Comemorativo de 5 anos do Pacto Nacional pela Primeira Infância: avanços e desafios, ocorreu na quinta-feira (29/08) e sexta-feira (30/08), de forma presencial e híbrida,  e contou com a participação do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, do Ministro da Educação Camilo Santana, entre outras autoridades do poder Judiciário, Legislativo e Executivo. 

O evento foi realizado no Tribunal Superior do Trabalho (TST-Brasília), e tem por objetivo apresentar avanços relevantes desde a assinatura do Pacto e fortalecer a atuação do Sistema de Justiça no fortalecimento dos direitos das crianças na primeira infância. Várias oficinas foram realizadas durante os dois dias de evento. 

Atualmente o documento conta com 350 signatários, incluindo entidades da sociedade civil e órgãos do governo, e foi lançado em 25 de junho de 2019 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com o Pacto, já foi desenvolvido a Política Judiciária Nacional para a Primeira Infância e a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância. Vários representantes dos diferentes estados participaram do evento, entre eles o secretário adjunto Carlos Pereira representando o Maranhão. 

O ministro da Educação enfatizou o Programa Escola em Tempo Integral e do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, que será realizado a partir do novo Programa de Aceleração do Crescimento (novo PAC), e que continuará os projetos que tinham sido parados pelo governo anterior. Também destacou que há 632 mil crianças, de 0 a 3 anos, esperando por vagas em creches, e por isso a construção dessas creches é um ponto de destaque para a administração federal. De acordo com o procurador do Ministério Público do Trabalho, André Canuto de Figueiredo Lima, Vice-Coordenador Nacional da Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes  (Coordinfância), “a integração entre os signatários do Pacto Pela Primeira Infância vem sendo aprimorada desde o seu lançamento, mas é certo que há ainda espaço para sua ampliação. Por exemplo, a realização do evento em comemoração aos 5 anos de seu lançamento no Tribunal Superior do Trabalho, e com a participação do Ministério Público do Trabalho na coordenação, painéis e oficinas, destaca as possibilidades de maior integração do Sistema de Justiça trabalhista às políticas de proteção à primeira infância.” 

Já sobre a importância do pacto nos últimos anos, ele ressalta que “o Pacto favoreceu uma comunicação mais eficiente para a garantia de direitos das crianças, além de ter permitido a participação dos atores que se envolvem no desenvolvimento das políticas públicas nos espaços de discussão, avaliação e análise destas políticas. A integração foi melhorada tanto pela criação de Planos de Ação nos Estados e a definição de atuação conjunta em alguns de seus eixos temáticos, como pela estruturação de equipes nos tribunais. A integração favorece a proteção integral e o desenvolvimento saudável das crianças, uma vez que torna o atendimento mais eficaz. Buscar a proteção integral significa também cuidar das diferentes necessidades da criança, algo que, em regra, demanda perspectivas complementares e a atuação de órgãos distintos. Assim, uma atuação integrada permite que os programas existentes sejam ofertados às crianças segundo as peculiaridades de cada caso, o que viabiliza um suporte mais abrangente, para alcançar inclusive suas famílias.”

Uma questão trabalhada no seminário foi o trabalho artístico infantil digital, no qual “o principal desafio colocado pelo trabalho artístico de crianças no ambiente digital é garantir seu desenvolvimento saudável, aqui analisa sob óticas diversas. O excesso de estímulos pode prejudicar o desenvolvimento biopsicossocial, assim como a carga horária pode afetar seu tempo de realização de atividades lúdicas, brincadeiras em geral e habilidades da socialização. Cobranças e controle impostos a crianças também prejudicam seu desenvolvimento, já que não estão ainda preparadas para lidar com atividades laborais. A exposição decorrente do trabalho artístico também interfere em sua privacidade e na própria imagem.” 

As atividades do Seminário Nacional dos 5 anos do Pacto Nacional pela Primeira Infância se desenvolveram com sucesso e prevêem a melhora dos serviços públicos, mais integrados, para infâncias mais seguras. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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