Sobre OVNIs e artefatos espiões
Antes que os terraplanistas e adoradores de ETs começassem a ficar alegrinhos com a possibilidades de esses artefatos abatidos pelos governos do Estados Unidos e do Canadá serem objetos vindos de outros planetas, o governo americano apressou-se a informar: seguramente não são objetos extraterrestres.
Não são e nem poderiam ser, pois se naves espaciais alienígenas existem, elas nunca chegaram ao nosso planeta. E como não chegaram, obviamente não trouxeram a bordo seres de outros planetas, como muita gente acredita.
Esses artefatos abatidos têm mais o cheiro de espionagem do que outra coisa. A propósito, o governo chinês também acusa os Estados Unidos de usarem balões espiões em céus alheios.
Os planetas inalcançáveis, as estrelas, as luas, os meteoros, os cometas, os buracos negros, enfim, o Cosmo, o Universo despertam em muitos de nós, no mínimo, curiosidade. No meu caso, bem mais do que simples curiosidade, procuro acompanhar pelos jornais, TV e Internet o que estão pesquisando aí por cima. Fico encantado com as novas descobertas, os supertelescópios, as naves não tripuladas que levam anos vasculhando o Universo, as novas façanhas dos cientistas, astrofísicos, astrônomos, Fico encantado com a Via Láctea, galáxia na qual nós, os terráqueos, estamos inseridos.
Alguns anos atrás, a Nasa anunciou a descoberta de “planeta gêmeo” da Terra com todas as características de abrigar vida mais ou menos parecida com a nossa. Só que não dá para chegar nem perto – só pela imaginação -, pois o tal Kleper 186f está a “apenas” 1.400 anos-luz da Terra. Mesmo que descobríssemos um meio de viajar na velocidade da luz levaríamos 1.400 anos para chegar até lá.
Mas, embora essa história de exploração espacial me exerça um certo fascínio, se há uma coisa em que eu não acredito é na vista periódica que seres extraterrestres e suas naves sensacionais fazem à Terra. Isso sem falar das pessoas que juram que foram abduzidas, ou seja, levadas a passear/viajar em naves extraterrenas.
O astrofísico Carl Sagan, cientista falecido em 1996, em seu livro “O mundo assombrado pelos demônios”, procura nos convencer da baboseira que é essa história de OVNIs e que tais. Ele passou boa parte da vida envolvido em pesquisas para tentar ver, ou ouvir, algo do espaço e confessa que, em mais de 30 anos, nunca viu ou ouviu nada, nem mesmo uma emissãozinha de rádio que fosse.
Quando converso com pessoas que tentam me convencer da existência de seres alienígenas e supernaves espaciais, sempre faço duas perguntas.
A primeira é: de onde esse povo vem? Do nosso sistema solar, certamente não é. Ele já foi está sendo vasculhado há anos e até agora nada de vida parecida com a nossa. Fora do nosso sistema solar, mas dentro da nossa galáxia, a estrela mais próxima de que se tem notícia é Alpha Centauri, distante quatro anos luz da Terra. Ou seja, viajando na velocidade da luz, alguém de um planeta que gire em torno da Alpha Centauri, levaria quatro anos para chegar à Terra. E mais quatro para voltar, sem escalas.
Aí vem a segunda pergunta: se uma civilização que conseguiu a tecnologia de viajar na velocidade da luz, portanto, altamente sofisticada e inteligente, viria fazer o que na Terra? E por que a maioria das pessoas do mundo não esbarrou com esses caras no meio da rua?
Até hoje ninguém me deu respostas satisfatórias que pudessem me fazer ou, pelo menos, tentar, mudar de ideia.
Um dia, amigo meu me convidou a fazer parte de um grupo que estudava e acredita na existência de extraterrestres. Inclusive, o líder desse grupo, já tinha sido abduzido.
- Mas eu não acredito nessas coisas – respondi.
- Por isso mesmo, lá você vai se convencer que os seres extraterrestes existem e que nos visitam de vez em quando.
- Tudo bem eu topo, mas com uma condição: quero andar nessa nave que o seu amigo viajou e conhecer os caras de perto. A propósito, eles falam português?
Ele disse não era bem assim, só podiam fazer isso os iniciados, mas que ia ver. Nunca mais votou ao assunto.
Por fim, continuo querendo andar de disco voador. Quem souber de algum à disposição, tô dentro.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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