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    João Antonio

    João Antonio da Silva Filho é Mestre em Filosofia do Direito e atualmente preside o Tribunal de Contas do município de São Paulo

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    Sociedade, democracia e a necessária socialização do conhecimento

    Elitismo na educação perpetua desigualdades sociais e limita o acesso ao conhecimento a uma minoria privilegiada

    (Foto: ABr)

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    A Educação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento equânime da sociedade e na qualificação da democracia, sendo a base para a formação de cidadãos informados, críticos e participativos. Por meio do acesso a conhecimento e desenvolvimento de habilidades, as pessoas estão mais aptas a compreender as complexidades do mundo, tomar decisões conscientes e contribuir ativamente para o fortalecimento dos valores democráticos. A educação é, assim, um pilar essencial para a construção de uma sociedade democrática sólida e engajada.

    Uma população educada está mais apta a participar ativamente na tomada de decisões, a questionar autoridades e a contribuir para um debate público qualificado. Além disso, a educação promove valores como tolerância e respeito às diferenças, essenciais para a construção de um tecido social sadio. Em resumo, a educação é um alicerce crucial para o fortalecimento e a sustentabilidade de uma sociedade plural com direitos fundamentais ao alcance de todos.

    Democratizar o saber é um imperativo para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Isso implica em garantir que o acesso ao conhecimento não seja restrito por barreiras econômicas, geográficas ou sociais. A expansão de programas educacionais, escolas de qualidade, o uso de tecnologias para disponibilizar conteúdo e a promoção de bibliotecas e centros culturais acessíveis são passos cruciais. Além disso, é necessário fomentar uma cultura que valorize a educação, incentivando o aprendizado e valor da crítica ao longo da vida. Ao democratizar o saber, não apenas capacitamos indivíduos, mas também contribuímos para construção de uma sociedade protegida dos preconceitos, promovendo uma democracia mais robusta e igualitária.

    Combater o elitismo educacional, universalizar o saber - O elitismo na educação perpetua desigualdades sociais e limita o acesso ao conhecimento a uma minoria privilegiada. Escolas e instituições que favorecem exclusivamente determinados estratos sociais contribuem para a criação de uma sociedade estratificada, onde oportunidades são desigualmente distribuídas. Isso não apenas compromete a capacidade de superação das pessoas, mas também mina os princípios fundamentais de uma democracia, onde todos deveriam ter a chance de se educar e prosperar. A crítica ao elitismo na educação destaca a necessidade urgente de reforçar a universalização da educação impedindo a sua utilização com fonte de lucros fáceis, para assim assegurar um sistema educacional mais equitativo, onde cada indivíduo tenha acesso igual às ferramentas necessárias para alcançar seu potencial.

    Universalizar o saber é um imperativo para forjar um mundo mais justo, igualitário e progressista. Ao tornar o conhecimento acessível a todos, quebramos barreiras e criamos oportunidades sem discriminação. A universalização do saber não apenas capacita indivíduos, mas também impulsiona inovação, criatividade e compreensão global. Em um cenário onde a informação é poder, torná-la universal é investir no desenvolvimento coletivo e na construção de uma sociedade mais informada, colaborativa e com inclusão social.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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