"Tá com sua mãe!", Bolsonaro xinga o Brasil inteiro
Após Bolsonaro ter respondido em gesto truculento ao questionamento de um ciclista sobre o paradeiro de Queiroz, o colunista Hayle Gadelha lembra que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro é investigado pelo MP. "O fato é que o Ministério Público do Rio de Janeiro chegou a abrir investigação sobre suspeitas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa sobre Queiroz"
Bolsonaro dava um rolé no terreno do “seu” palácio e resolveu dar aquela paradinha clássica na sua moto para fazer média com os visitantes.
Ouviu elogios, pasmem! Conversou rapidamente com um e com outro, tirou fotos... Tudo aquela maravilha até que passou um homem que estava de bicicleta, que não se identificou, e fez a pergunta clássica:
“E o Queiroz?” Pergunta natural, feita por todo o povo brasileiro que se preocupa com o paradeiro daquele que sempre serviu fielmente ao então capitão/deputado e sua família.
Mas Bolsonaro, ao invés de atender aos anseios do Brasil que ele preside, resolveu pedalar por outros caminhos de sua consciência: respondeu duas vezes “tá com sua mãe”. Isso enquanto colocava o capacete para retornar ao palácio.
Imaginem só: depois que Bolsonaro partiu, um dos seus “apoiadores” chegou a bater boca com o ciclista. Todos partiram e ficou por isso.
O fato é que o Ministério Público do Rio de Janeiro chegou a abrir investigação sobre suspeitas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa sobre Queiroz, no caso que envolve o Filho do presidente. As suspeitas estão ligadas ao gabinete de Flávio na ALERJ (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), deputado estadual de 2003 a 2018.
A Promotoria suspeita de um esquema conhecido como “rachadinha”, em que servidores são coagidos a devolver parte do salário para os deputados. A apuração tem origem em relatório do Coaf (hoje chamado de Unidade de Inteligência Financeira) que apontou movimentações atípicas na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio.
É bom lembrar que Flávio é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os crimes supostamente praticados estão ligados ao gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (foi deputado estadual de 2003 a 2018) e, segundo o Ministério Público, há fortíssimos indícios de que esses crimes teriam sido praticados no mesmo período em que Fabrício Queiroz, pivô da investigação, trabalhou com ele como uma espécie de chefe de gabinete.
Os Bolsonaros talvez saibam muito bem com a mãe de quem ele está...
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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