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    Raimundo Bonfim

    Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP)

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    Tarcísio, tire suas mãos da educação

    Convidamos a todos e todas, para se juntarem a nós na manifestação no próximo dia 20, sexta-feira, na Praça da República, às 17h

    Tarcísio de Freitas e Renato Feder (Foto: Divulgação)

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    No próximo dia 20 de outubro, um chamado urgente ecoa por São Paulo: "Tarcísio, tire suas mãos da educação!". O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, planeja enviar uma proposta de emenda constitucional à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) que reduzirá as verbas da educação pública estadual. Caso essa proposta seja aprovada, teremos uma diminuição alarmante do orçamento, com a educação passando de 30%, que já é baixo, para míseros 20% do total. Os resultados disso são previsíveis e lamentáveis - menos creches, menos escolas infantis, menos ensino fundamental e médio, e uma acentuada desvalorização dos funcionários e professores.

     Não podemos permitir que a qualidade da educação pública em São Paulo seja mais uma vez vítima de decisões políticas erradas. Nosso sistema de ensino já enfrenta inúmeros desafios, incluindo infraestrutura inadequada, falta de recursos e uma constante luta para oferecer uma educação pública,  de qualidade e gratuita. O que o governo Tarcísio propõe é um retrocesso que apenas aprofundará esses problemas, deixando nossos jovens com menos oportunidades e perspectivas.

     Mas a ameaça não para por aí. Tarcísio de Freitas impôs uma série de medidas autoritárias para intimidar e controlar os professores. Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC) dirigidas por vídeos produzidos pela Secretaria da Educação (SEDUC), jornadas de trabalho integralmente cumpridas dentro da escola, desconto integral do dia de trabalho, mesmo quando o professor ministra uma aula, negação do direito à falta abonada para cuidar da saúde ou participar de atividades sindicais são algumas das investidas que configuram assédio moral individual e coletivo.

     Tais ações atentam contra os direitos básicos dos educadores, promovendo um ambiente de trabalho tóxico e minando o próprio alicerce da educação de qualidade. Quando os professores são desrespeitados e coagidos, é a educação pública e o povo que sofrem as consequências. Precisamos valorizar aqueles que moldam o futuro da nossa nação, não coagi-los.

     Para combater essas injustiças e defender a educação pública de qualidade que todos merecemos, é crucial que nos unamos, todos os movimentos sociais e populares em prol da manutenção de 30% para educação. A CMP se soma às diversas entidades, especialmente a APEOESP e a deputada professora  Bebel, nesta jornada de luta para evitar um brutal retrocesso.  Reivindicamos a continuidade dos contratos dos professores da categoria O, a realização das Atividades Pedagógicas Diversificadas (APDs) em local de livre escolha, o retorno da falta-aula, a garantia da classificação da atribuição de aula por tempo de serviço e cursos, a convocação de mais professores no concurso e muito mais.

     Por tudo isso realizaremos nesta sexta-feira (20/10), às 17h, em frente a SEDUC, um ato público de relançamento do "Grito pela Educação Pública no Estado de São Paulo", com a participação de dezenas de entidades representativas dos movimentos sociais, sindicais e populares. A ducação é fundamental para o desenvolvimento científico, econômico,  social e cultural. Por isso professores, estudantes, sem teto, pais e alunos estão unidos em defesa da educação pública gratuita, inclusiva e de qualidade para os filhos da classe trabalhadora, como sempre diz a professora Bebel. Esta luta também é da CMP.  Os filhos e filhas da classe trabalhadora merecem o melhor ensino possível, e isso só será alcançado quando nos unirmos contra medidas prejudiciais à educação, como a redução das verbas pretendida pelo governador bolsonaristas Tarcísio de Freitas.  

     Portanto, convidamos a todos e todas, para se juntarem a nós na manifestação no próximo dia 20, sexta-feira, na Praça da República, às 17h. Só com com muita união e mobilização, poderemos pressionar Tarcísio a recuar dessa proposta absurda de cortar verba da educação, que precisa ser fortalecida, não enfraquecida. É hora de dizer em uma só voz: "Tarcísio, tire suas mãos da educação!".

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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