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Ivan Rios

Sindicalista, historiador, crítico de cinema, escritor, membro do Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo da Palestina, graduando em Direito, militante dos Movimentos de Promoção, Inclusão e Difusão Cultural no Estado da Bahia

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Terraplanópolis

Os seguidores de Silas, conhecidos como 'Terraplanistas', acreditavam cegamente em suas palavras"

Planeta Terra (Foto: NASA)

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Em um país remoto com aproximadamente 210 milhões de habitantes, onde mais de 58 milhões juravam de pés juntos que a Terra era plana, viviam personagens tão excêntricos que suas histórias pareciam saídas de um conto de fadas distorcido. O pastor Silas Malafaia, conhecido carinhosamente como “O Rei do Chilique”, liderava a seita “Os Guardiões da Verdade Plana”. Ele pregava fervorosamente que a Terra era plana como uma panqueca e que todas as evidências científicas eram, na verdade, conspirações elaboradas por uma elite semi-sacrossanta secreta, que provavelmente usava capas pretas e chapéus pontudos em suas reuniões clandestinas.

Terraplanópolis, a capital desse país remoto, é o epicentro de uma crença peculiar. Esta cidade não é um município, estado ou qualquer entidade geográfica tradicional; na verdade, é uma criação mental dos terraplanistas, que necessitam de um local sagrado e político para simbolizar a centralidade de sua seita e de suas ideias bizarras. Terraplanópolis representa a utopia da pós-verdade, onde a realidade é moldada pelas convicções fervorosas de seus habitantes.

O mapa de Terraplanópolis é descrito como um "disco voador quadrado", uma homenagem à genialidade terraplanista que desafia as convenções geométricas e científicas. Este formato inusitado reflete a visão distorcida e criativa dos seguidores da seita, que veem na cidade um símbolo de resistência contra as evidências científicas e as conspirações elaboradas por uma elite secreta. Assim, Terraplanópolis se ergue como um monumento à crença inabalável na planicidade da Terra, um lugar onde a verdade é uma questão de quem consegue contar a história mais convincente, ou nem tanto. 

Os seguidores de Silas, conhecidos como “Terraplanistas”, acreditavam cegamente em suas palavras. Eles organizavam encontros semanais onde discutiam teorias sobre como os extraterrestres, chamados de “Os Observadores”, interferiam diretamente nas decisões políticas daquele país. Os Observadores estavam divididos em duas facções: os “Aliados”, amigos dos moradores, e os “Comunistas”, vistos como uma ameaça em potencial.

Silas dizia ser o único capaz de interpretar os sinais enviados pelos Aliados e, portanto, deveria ser o líder supremo do país. Ele usava cerimônias bizarras para reforçar seu controle sobre os fiéis, prometendo-lhes proteção contra as “forças malignas” dos Comunistas.

Além disso, os membros da seita adoravam um semi-Messias patético chamado Jair “Messias”, um homem sem nenhum poder divino, envolvido em uma série de peripécias e desacertos humanos, sem a menor credibilidade. Mesmo assim, através das distorções de Silas, os Terraplanistas adoravam Jair “Messias” como um verdadeiro Deus. Eles praticavam atos estranhos como orar e cantar o hino nacional para pneus, acreditando que isso os protegeria dos Comunistas. Também colocavam celulares sobre suas cabeças para se comunicar com os seres extraterrestres que habitavam um plano pós-terra plana.

Jair “Messias” ganhou notória admiração de Silas. Juntos, eles iludiam os membros da seita a continuar acreditando que a Terra era plana, que a lua era uma criação, um holograma da NASA, para iludir as pessoas e que as vacinas eram prejudiciais à evolução humana e poderiam transformar os humanos em “jacarés”.

Para reforçar suas crenças, Silas e Jair organizavam eventos grandiosos, onde os seguidores se reuniam em torno de uma fogueira, cantando hinos patrióticos e fazendo discursos inflamados sobre os perigos das vacinas. Em um desses eventos, Silas apresentou um “especialista” que afirmava ter sido transformado em um jacaré após tomar uma vacina. O “especialista” apareceu vestido com uma fantasia de jacaré verde brilhante, enquanto os seguidores aplaudiam e gritavam em êxtase.

Além disso, eles promoviam a ideia de que a NASA estava em conluio com uma sociedade secreta de fabricantes de globos terrestres, cujo objetivo era vender mais globos e mapas redondos. Para combater essa conspiração, os seguidores de Silas e Jair começaram a fabricar seus próprios “globos planos”, feitos de papelão e pintados à mão, que vendiam em feiras e mercados locais como vanguarda maior das descobertas cientificas.

A cada nova teoria absurda, os seguidores ficavam mais convencidos de que estavam no caminho certo. Eles até criaram um ritual matinal onde, ao invés de tomar café, bebiam um “elixir da verdade”, uma mistura de suco de pepino com essência também secreta produzida por membros da cúpula da Seita, elixir esse que supostamente os protegia das ondas de rádio emitidas pelos satélites da NASA.

Para adicionar ainda mais caos à mistura, surgiu uma figura ainda mais excêntrica chamada “Orvalho de Cavalo”. Ele era um guru que disputava a atenção dos fiéis com Silas, tentando provar que era o mais patético e bizarro de todos. Orvalho de Cavalo afirmava ser detentor de um conhecimento sobrenatural e intangível, compreendido apenas pelos seguidores da seita e por Silas Malafaia, um discípulo rebelde que se afastou dos altos conhecimentos herméticos e sobrenaturais para seguir seu próprio caminho. No entanto, o destino, através da inevitabilidade do domínio do mestre, colocou ambos no mesmo rumo para livrar Terraplanópolis do comunismo. Silas, também era um negacionista fervoroso, insistindo que as vacinas transformavam seres humanos em “jacarés”.

Orvalho de Cavalo tinha um objetivo peculiar: “desinventar a roda”. Ele acreditava que a roda, assim como a escrita, era uma das invenções mais prejudiciais para a humanidade. Segundo ele, a roda afastava o homem do seu propósito divino, que era viver em harmonia com a natureza e os ensinamentos dos Observadores.

Com a crescente influência de Orvalho de Cavalo, a vida naquele país começou a mudar drasticamente. Carros, bicicletas e qualquer outro meio de transporte com rodas foram abandonados. As pessoas passaram a usar carroças sem rodas, puxadas por animais ou simplesmente caminhar longas distâncias. Máquinas agrícolas e industriais que dependiam de rodas foram substituídas por métodos manuais e arcaicos, causando uma queda na produção de alimentos e bens. Para ele, isso era um sinal da supremacia da verdade contra as conspirações comunistas.

Enquanto isso, Silas Malafaia, o discípulo rebelde, observava com um misto de fascínio e ceticismo. Ele sabia que Orvalho de Cavalo tinha um plano maior, algo que ia além da simples rejeição das rodas. Silas, com seu conhecimento hermético, começou a perceber que a verdadeira batalha não era apenas contra o comunismo, mas contra uma força ainda mais antiga e poderosa.

Em uma noite de lua cheia, Silas decidiu confrontar Orvalho de Cavalo. Eles se encontraram em um lugar muito peculiar a ambos, onde as paredes estavam molhadas e cobertas de símbolos misteriosos. Orvalho de Cavalo, com um sorriso enigmático, disse:

— Eu sabia que você viria, Silas. O destino nos uniu novamente.

Silas, com os olhos brilhando de determinação, respondeu:

— Não estou aqui para seguir seu caminho, Orvalho. Estou aqui para entender a verdade e salvar Terraplanópolis.

Orvalho de Cavalo riu, um som que ecoou pelas paredes daquela sauna.

— A verdade, meu caro Silas, é que você e eu somos duas faces da mesma moeda. Juntos, podemos derrotar qualquer inimigo, seja ele comunista ou não.

E assim, os dois antigos rivais uniram forças, cada um trazendo suas habilidades únicas para a luta. Enquanto Orvalho de Cavalo usava seus conhecimentos sobrenaturais para manipular a realidade, Silas aplicava sua sabedoria hermética para desvendar os segredos ocultos do universo. Juntos, eles enfrentaram desafios inimagináveis, desde criaturas míticas até conspirações interdimensionais, tudo para proteger Terraplanópolis e garantir que a verdade prevalecesse.

Apesar dessas dificuldades, os seguidores de Silas, Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo continuavam a acreditar cegamente em suas palavras, convencidos de que estavam se aproximando de seu propósito divino. Eles viam as dificuldades como um sacrifício necessário para alcançar a “verdade” e a proteção dos Aliados.

E assim, o país continuou a viver sob a sombra das teorias conspiratórias e do controle desses líderes, enquanto os Terraplanistas aguardavam ansiosamente o dia em que os Aliados desceriam dos céus para revelar a “verdade” ao mundo e derrotar os Comunistas de uma vez por todas. A vida naquela nação era uma comédia de erros, onde os grandes vilões eram aqueles que se achavam detentores de toda a verdade, mas que, na realidade, não passavam de figuras patéticas e manipuladoras.

Em Terraplanópolis, a interação entre Silas Malafaia, Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo era um espetáculo à parte. Cada um deles, com suas ideias absurdas e personalidades excêntricas, contribuía para um cenário de caos e comédia.

Silas Malafaia, o carismático líder da seita, via em Jair “Messias” um aliado perfeito para reforçar suas teorias conspiratórias. Jair, com sua habilidade de transformar qualquer situação em uma peripécia, era o semi-Messias ideal para os Terraplanistas. Silas frequentemente organizava grandes eventos onde Jair “Messias” fazia aparições dramáticas, proferindo discursos inflamados sobre a Terra plana, os perigos das vacinas, dos banheiros unissex e da ameaça comunista. Os dois se apoiavam mutuamente, criando um ciclo de desinformação que mantinha os seguidores em um estado constante de alerta e devoção.

A relação entre Silas e Orvalho de Cavalo era marcada por uma competição velada. Embora ambos compartilhassem a liderança da seita, cada um queria provar que suas ideias eram as mais patéticas e bizarras. Silas, com seu título de “Rei do Chilique”, frequentemente entrava em discussões acaloradas com Orvalho de Cavalo sobre quem tinha a teoria mais absurda. Orvalho de Cavalo, com seu objetivo de “desinventar a roda”, sempre tentava superar Silas com suas ideias ainda mais excêntricas. No entanto, eles sabiam que precisavam um do outro para manter o controle sobre os Terraplanistas, então suas rivalidades eram sempre acompanhadas de uma colaboração estratégica.

Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo tinham uma relação curiosa. Jair admirava a habilidade de Orvalho de Cavalo de criar teorias tão absurdas que faziam suas próprias peripécias parecerem quase normais. Orvalho de Cavalo, por sua vez, via em Jair um exemplo perfeito de como o mequetrefísmo e a falta de credibilidade podia ser transformada em devoção cega. Eles frequentemente se uniam em campanhas de desinformação, promovendo ideias como a transformação de humanos em “jacarés” pelas vacinas, a perpetua batalha contra as forças do comunismo e a necessidade de abandonar a roda para alcançar o propósito divino.

No dia a dia, as interações entre esses personagens eram repletas de momentos cômicos e patéticos. Silas organizava cerimônias onde os Terraplanistas oravam e cantavam o hino nacional para pneus, enquanto Jair “Messias” fazia aparições dramáticas, prometendo proteção contra os Comunistas. Orvalho de Cavalo, por sua vez, liderava sessões de “comunicação” com os Observadores, onde os seguidores colocavam celulares sobre suas cabeças e esperavam por sinais divinos.

Apesar das rivalidades e das ideias absurdas, Silas, Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo formavam uma tríade indissolúvel e sabiam que precisavam um do outro para manter o controle sobre os Terraplanistas. Juntos, eles criaram um ambiente onde a realidade era distorcida e a verdade era uma questão de quem conseguia contar a história mais bizarra.

No entanto, o desenrolar dessa história é tão ridículo quanto cômico. Em um belo e insólito dia, em um grande evento organizado por Silas, Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo, os terraplanistas se reuniram para uma cerimônia especial onde esperavam a chegada dos Aliados. Todos estavam com celulares sobre suas cabeças, cantando o hino nacional para pneus, quando, de repente, um drone apareceu no céu.

Os Terraplanistas surtaram achando que um drone comprado na Shopee era um sinal dos Aliados. O brinquedo, controlado por um adolescente entediado, fazia piruetas e sons engraçados, levando a galera ao êxtase. Silas Malafaia, Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo também embarcaram na onda, acreditando que era um sinal divino.

Silas, com os olhos arregalados e a voz trêmula de emoção, proclamou: “Meus irmãos, os Aliados finalmente nos enviaram um sinal! Este é o momento que esperávamos!” Jair “Messias”, com sua habilidade teatral, caiu de joelhos e começou a chorar, agradecendo aos céus pela revelação. Orvalho de Cavalo, não querendo ficar para trás, começou a dançar de forma desajeitada, fumando seu cachimbo, acreditando que estava realizando um ritual sagrado.

Os Terraplanistas, inspirados pelos seus líderes, começaram a imitar Orvalho de Cavalo, dançando e cantando em um frenesi coletivo. O drone, controlado pelo adolescente curioso, continuava a fazer acrobacias no céu, aumentando ainda mais a excitação do grupo.

De repente, Silas teve uma ideia brilhante. “Precisamos construir um altar para os Aliados!”, ele exclamou. “Vamos usar pneus e celulares, nossos objetos sagrados, para criar um monumento que mostrará nossa devoção!” Os Terraplanistas, sem hesitar, começaram a empilhar pneus e a colocar celulares sobre eles, criando uma estrutura bizarra que parecia mais uma pilha de lixo do que um altar.

Enquanto isso, Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo discutiam sobre quem deveria ser o primeiro a se comunicar diretamente com os Aliados. “Eu sou o semi-Messias, é meu direito!”, insistia Jair. “Mas eu sou o detentor do conhecimento sobrenatural!”, retrucava Orvalho. A discussão rapidamente se transformou em uma competição de quem conseguia fazer a dança mais ridícula, com ambos tentando superar o outro em bizarrice.

No meio dessa confusão, o drone começou a perder bateria e desceu lentamente até pousar no altar improvisado. Silas, vendo isso como um sinal ainda mais poderoso, gritou: “Os Aliados aceitaram nossa oferenda! Estamos abençoados!” Os Terraplanistas explodiram em aplausos e gritos de alegria, acreditando que estavam prestes a receber uma revelação divina.

No entanto, o que aconteceu a seguir foi ainda mais absurdo. O drone, ao pousar, ativou acidentalmente uma função de voz que começou a tocar uma gravação de uma música infantil. Os Terraplanistas, confusos, tentaram interpretar a música como uma mensagem codificada dos Aliados. Silas, tentando manter a seriedade, começou a traduzir a letra da música em uma profecia complexa, em línguas do “adekan-tara-bara-baxô”, sem qualquer sentido.

Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo, não querendo ficar para trás, começaram a adicionar suas próprias interpretações, criando uma cacofonia de teorias absurdas. Os Terraplanistas, completamente imersos na loucura, aceitaram todas as explicações sem questionar.

Silas Malafaia, apesar de seu título de “Rei do Chilique” e sua postura autoritária, sempre nutriu um amor platônico e sexual por Jair “Messias” e seus ideais. Ele via em Jair não apenas um aliado, mas uma figura quase proctodivina, alguém que poderia elevar a seita a um novo patamar, introduzindo valores caros aos seus princípios e dogmas. Silas sonhava em colocar Jair no panteão máximo da sua seita, transformando-o no grande avatar dos terraplanistas.

Orvalho de Cavalo, apesar de suas rivalidades com Silas, também reconhecia o potencial de Jair “Messias”. Ele via em Jair uma oportunidade de consolidar ainda mais o controle sobre os seguidores, usando a figura patética de Jair como um ícone central. Orvalho, com seu conhecimento sobrenatural e intangível, acreditava que a devoção cega dos terraplanistas a Jair poderia ser canalizada para fortalecer ainda mais a seita.

Em uma reunião secreta, Silas e Orvalho decidiram unir forças para promover Jair “Messias” ao status de grande avatar. Eles planejaram uma cerimônia grandiosa, onde Jair seria oficialmente coroado como o ícone supremo dos Terraplanistas. A cerimônia seria realizada no altar de pneus e celulares, agora considerado um local sagrado.

No dia da cerimônia, os Terraplanistas se reuniram em massa, ansiosos para testemunhar a ascensão de Jair “Messias”. Silas, com sua voz retumbante, anunciou: “Hoje, estamos aqui para honrar o nosso grande líder, aquele que nos guiará à verdade absoluta. Jair ‘Messias’ será coroado como o avatar supremo dos Terraplanistas!”

Jair, vestido com uma túnica brilhante e uma coroa feita de capas de celulares, presas com papel alumínio, subiu ao altar. Orvalho de Cavalo, com sua dança desajeitada, realizou um ritual que envolvia girar em círculos e cantar uma melodia sem sentido, enquanto fumava o seu cachimbo com ervas de procedência duvidosa. Os Terraplanistas, em um estado de êxtase, seguiram o exemplo de Orvalho, girando e cantando junto.

Quando Jair finalmente foi coroado, Silas e Orvalho se ajoelharam diante dele, proclamando sua devoção eterna. Jair, emocionado e um pouco confuso, aceitou a honra com um discurso inflamado sobre a Terra plana e os perigos das vacinas. Os Terraplanistas, agora mais devotos do que nunca, aplaudiram e gritaram em aprovação.

A partir daquele dia, Jair “Messias” se tornou o grande avatar da seita, uma figura central que unia Silas e Orvalho em uma aliança improvável. Juntos, eles continuaram a liderar os Terraplanistas em sua jornada tragicômica, onde a realidade era distorcida e a verdade era uma questão de quem conseguia contar a história mais bizarra.

Com a coroação de Jair “Messias” como o grande avatar dos Terraplanistas, a seita começou a crescer vertiginosamente. A notícia da ascensão de Jair se espalhou rapidamente, atraindo novos seguidores de todas as partes do país. A seita, agora mais poderosa do que nunca, despertou grande inveja nos filhos de Jair “Messias” Bolsonaro: Dudu “Bananinha”, Flávio “Pregas Frouxas”, “Cabeça de Filtro de Barro” e o “04”, como eram carinhosamente conhecidos.

Esses filhos, cada um mais patético que o outro, pareciam uma versão piorada dos Três Patetas, só que eram quatro! Dudu “Bananinha” era um gênio das ideias absurdas, conseguindo transformar até um simples “bom dia” em uma confusão monumental. Flávio “Pregas Frouxas” tinha um talento especial para se meter em escândalos e trapalhadas, como se fosse um ímã de problemas. “Cabeça de Filtro de Barro” era uma verdadeira máquina de declarações sem sentido, sempre surpreendendo com sua completa falta de noção, especialmente nas redes sociais. E o “04” era famoso por “passar o rodo” na geral, mas sempre em marcha-ré, “experiente e iniciado”, como diziam os amigos.

Jair “Messias”, observando as brigas constantes entre seus filhos, sentia um misto de profunda vergonha e contraditoriamente muito orgulho. Ele entendia que seus filhos haviam herdado toda a sua mediocridade e petetismo, e isso, de certa forma, o enchia de satisfação.

Os quatro filhos, invejosos do sucesso da seita, decidiram que precisavam encontrar uma maneira de se destacar e ganhar a aprovação dos Terraplanistas. Eles começaram a criar suas próprias teorias conspiratórias, cada uma mais absurda que a outra, na esperança de atrair seguidores.

Dudu “Bananinha” proclamou que os extraterrestres, conhecidos como “Os Observadores”, na verdade, eram seres de uma dimensão paralela que se comunicavam através de bananas. Ele começou a carregar bananas para todos os lugares, acreditando que isso o ajudaria a receber mensagens divinas.

Flávio “Pregas Frouxas” decidiu que a melhor maneira de ganhar seguidores era criar um novo ritual. Ele inventou a “Dança das Pregas”, uma dança ridícula que envolvia movimentos desajeitados e gritos estranhos. Os Terraplanistas, sempre prontos para adotar novas bizarrices, começaram a praticar a dança com entusiasmo.

“Cabeça de Filtro de Barro”, não querendo ficar para trás, declarou que os pneus, além de serem objetos sagrados, também eram portais para outras dimensões. Ele começou a organizar sessões onde os Terraplanistas se sentavam em círculos de pneus, tentando se comunicar com seres de outras realidades.

0 “04” até onde se sabe foi o único que preferiu se resguardar de tamanha exposição pública e ficar apenas entre os amigos, sigilosamente. 

Enquanto isso, Silas Malafaia e Orvalho de Cavalo observavam as ações dos filhos de Jair com uma mistura de diversão e preocupação. Eles sabiam que precisavam manter o controle sobre a seita, mas também viam o potencial de usar as ideias absurdas dos filhos para fortalecer ainda mais a devoção dos Terraplanistas.

Os Terraplanistas, agora mais numerosos do que nunca, seguiam cegamente as teorias e rituais bizarros, enquanto o resto do mundo observava incrédulo a comédia de erros que se desenrolava naquele país remoto. E assim, Terraplanópolis continuou sua jornada tragicômica, com seus líderes excêntricos e suas crenças cada vez mais absurdas.

Com a ascensão de Jair “Messias” ao panteão máximo dos Terraplanistas, a seita não parava de crescer. No entanto, a harmonia entre os filhos de Jair estava longe de ser uma realidade. Dudu “Bananinha”, Flávio “Pregas Frouxas” e “Cabeça de Filtro de Barro” estavam envolvidos em uma série de intrigas e disputas que transformavam Terraplanópolis em um verdadeiro palco de comédia e suspense.

Dudu “Bananinha”, obcecado por sua teoria das bananas como meio de comunicação com os extraterrestres, decidiu que precisava aumentar sua popularidade nas redes sociais. Ele começou a postar vídeos no TikTok, onde realizava rituais bizarros com bananas, tentando atrair seguidores. Seus vídeos, embora ridículos, começaram a ganhar grande audiência, e ele rapidamente acumulou uma legião de fiéis seguidores.

Flávio “Pregas Frouxas”, não querendo ficar para trás, decidiu que precisava superar Dudu em popularidade. Ele começou a postar vídeos de sua “Dança das Pregas” no TikTok, desafiando seus seguidores a imitarem seus movimentos desajeitados. A competição entre os irmãos se intensificou, com cada um tentando superar o outro em número de seguidores.

Enquanto isso, “Cabeça de Filtro de Barro” decidiu que precisava de uma abordagem diferente. Ele começou a organizar competições absurdas, como quem conseguia soltar o pum mais alto sentado em sentado em uma pilha de farinha de trigo. Os Terraplanistas, sempre prontos para novas bizarrices, participaram com entusiasmo, e os vídeos das competições rapidamente se tornaram virais.

As intrigas entre os irmãos não paravam por aí. Dudu “Bananinha” começou a espalhar rumores de que Flávio “Pregas Frouxas” estava usando seguidores falsos para aumentar sua popularidade. Flávio, por sua vez, acusou “Cabeça de Filtro de Barro” de trapacear nas competições de pum, usando dispositivos escondidos para amplificar o som.

Jair “Messias”, observava as brigas constantes entre seus filhos, ele sabia perfeitamente que que a mediocridade de seus filhos eram um reflexo de sua própria liderança, mas também via o potencial de usar essas disputas para manter os Terraplanistas entretidos e devotos em torno do clã.

Silas Malafaia e Orvalho de Cavalo, percebendo a oportunidade, decidiram transformar as intrigas dos irmãos em um espetáculo. Eles organizaram um grande evento, em um grande centro comercial daquele país, onde os filhos de Jair competiriam em uma série de desafios absurdos, como um “Coliseu de Bizarrices”, enfrentando provas que ainda desde quem tinha mais seguidores no TikTok até quem conseguia soltar o pum mais alto sem espalhar a farinha de trigo.

O evento, transmitido ao vivo pelo youtube e demais redes sociais para todos os Terraplanistas, foi um sucesso estrondoso. Dudu “Bananinha” realizou um ritual com bananas que deixou todos boquiabertos. Flávio “Pregas Frouxas” apresentou uma versão ainda mais ridícula de sua dança, enquanto “Cabeça de Filtro de Barro” surpreendeu a todos com um pum tão alto que ao contrário do que se esperava fez a farinha de trigo voar por toda parte.

No final, os Terraplanistas, completamente imersos na loucura, aplaudiram e gritaram em aprovação. Silas e Orvalho, satisfeitos com o resultado, proclamaram que os filhos de Jair eram verdadeiros heróis e exemplos de “cidadãos de bem” a serem seguidos por aquela nação .

Enquanto isso, uma nova figura surgia no horizonte de Terraplanópolis: Flordelis, uma criatura com características histriônicas, amiga direta de Michele, a primeira dama e esposa de Jair “Messias”. Flordelis, com sua personalidade extravagante, rapidamente se tornou uma figura central na seita. Ela tinha uma amiga e fiel companheira, Damares, que era quase uma versão feminina de Dom Quixote e Sancho Pança.

Flordelis e Damares, com suas ideias ainda mais bizarras, começaram a atrair a atenção dos Terraplanistas. Flordelis proclamava que tinha visões divinas e que era capaz de se comunicar diretamente com os Aliados. Damares, por sua vez, afirmava que os Aliados lhe haviam dado a missão de proteger Terraplanópolis de uma ameaça iminente.

A tensão aumentava à medida que Flordelis e Damares ganhavam mais seguidores. Silas Malafaia e Orvalho de Cavalo, preocupados com a crescente influência das duas, decidiram que precisavam agir rapidamente para manter o controle sobre a seita.

Em uma noite escura e tempestuosa, Silas e Orvalho convocaram uma reunião secreta com Jair “Messias” e seus filhos. Eles discutiram um plano para desmascarar Flordelis e Damares, revelando suas verdadeiras intenções aos Terraplanistas. No entanto, a reunião foi interrompida por um som estranho vindo do altar de pneus e celulares.

Os líderes da seita se aproximaram cautelosamente do altar, onde encontraram um dispositivo misterioso emitindo uma luz pulsante. Silas, com o coração acelerado, pegou o dispositivo e percebeu que ele continha uma mensagem dos Aliados. A mensagem, escrita em um código complexo, parecia ser uma profecia sobre o futuro de Terraplanópolis.

Enquanto Silas tentava decifrar a mensagem, Flordelis e Damares apareceram de repente, acompanhadas por um grupo de seguidores leais. Elas acusaram Silas e Orvalho de conspirar contra os Aliados e exigiram que a mensagem fosse entregue a elas.

A tensão no ar era palpável. Os Terraplanistas, divididos entre os dois grupos, observavam em silêncio, esperando pelo desenrolar dos acontecimentos. Silas, determinado a manter o controle, recusou-se a entregar a mensagem, afirmando que apenas ele era capaz de interpretá-la corretamente.

Flordelis, com um sorriso enigmático, revelou que ela também possuía um dispositivo semelhante, contendo uma mensagem dos Aliados. Ela proclamou que a profecia previa a ascensão de uma nova líder, alguém que traria a verdadeira revelação aos Terraplanistas.

O suspense aumentava à medida que os dois grupos se enfrentavam, cada um reivindicando a posse da verdade. Os Terraplanistas, confusos e ansiosos, aguardavam o desfecho dessa batalha de egos e crenças.

No clímax da tensão, um som ensurdecedor ecoou por sobre o altar de pneus e celulares. Todos olharam para o céu, onde um objeto brilhante descia lentamente. Era um novo drone, maior e mais sofisticado do que o anterior. Ele pousou suavemente no altar, emitindo uma luz intensa que cegou momentaneamente todos os presentes.

Os Terraplanistas, em um estado de choque e expectativa, aguardavam a revelação final. Silas, Orvalho, Flordelis e Damares, todos paralisados pela presença da figura misteriosa, sabiam que o destino de Terraplanópolis estava prestes a mudar para sempre.

E assim, em meio ao suspense e à tensão, a história de Terraplanópolis continuava a se desenrolar, onde a realidade era distorcida e a verdade era uma questão de quem conseguia contar a história mais convincente.

A tal figura misteriosa, envolta em seu manto brilhante, segurando um cetro luminoso, desceu do drone com uma aura de autoridade. Os Terraplanistas, todos paralisados pela presença imponente, aguardavam em silêncio. A figura, com um sorriso malicioso, revelou-se como Pablo, um adolescente irresponsável e sem escrúpulos, aquele mesmo que estava manipulando o drone menor na primeira oportunidade, e agora havia decidido se aproveitar da credulidade dos seguidores da seita.

Pablo, percebendo o nível de imbecilidade dos Terraplanistas, viu uma oportunidade de se apoderar de todo o poder, como uma criança que toma o brinquedo da outra na “cara-dura”. Com uma voz firme e teatral, ele proclamou: “Eu sou o verdadeiro mensageiro dos Aliados. A verdade será revelada agora.”

Pablo, com um sorriso travesso, começou a inventar uma série de profecias absurdas, cada uma mais ridícula que a outra. Ele declarou que os Aliados exigiam que todos os Terraplanistas usassem chapéus feitos de papel alumínio para se proteger das ondas cerebrais dos Comunistas. Ele também afirmou que a única maneira de se comunicar com os Aliados era através de danças ridículas e cânticos sem sentido, exclusivamente e tão somente ensinados por ele.

Os Terraplanistas, completamente imersos na loucura, aceitaram todas as instruções de Pablo sem questionar. Silas, Orvalho, Flordelis e Damares, percebendo que haviam sido passados para trás por um adolescente, tentaram recuperar o controle, mas era tarde demais. Pablo, com sua habilidade de manipulação e carisma juvenil, havia conquistado a devoção dos Terraplanistas.

Em uma cena digna de uma comédia shakespeariana, Silas e Orvalho começaram a discutir acaloradamente sobre quem era o verdadeiro líder da seita, enquanto Flordelis e Damares tentavam convencer os Terraplanistas de que Pablo era um impostor. No entanto, Pablo, com sua astúcia e falta de escrúpulos, conseguiu virar todos os Terraplanistas contra os antigos líderes.

Pablo, agora no controle absoluto de Terraplanópolis, começou a implementar suas próprias regras absurdas. Ele decretou que todos os Terraplanistas deveriam construir monumentos de pneus e celulares em sua honra e que deveriam realizar rituais diários de dança e cânticos para agradar aos Aliados.

Os Terraplanistas, cegamente devotos, seguiram todas as ordens de Pablo, transformando Terraplanópolis em um verdadeiro circo de bizarrices. Silas, Orvalho, Flordelis e Damares, agora relegados ao papel de meros espectadores, observavam incrédulos enquanto Pablo consolidava seu poder.

E assim, a realidade permanecia sendo distorcida e a verdade era uma questão de quem conseguia contar a história mais convincente. Pablo, o adolescente irresponsável, havia se apoderado de todo o poder, transformando a seita em seu próprio playground de absurdos, enquanto os antigos líderes, derrotados e humilhados, assistiam impotentes ao desenrolar dessa comédia de erros.

A história de Terraplanópolis continuava a se desenrolar com mais atrapalhações e reviravoltas. Jair “Messias” e Orvalho de Cavalo, que antes eram aliados, começaram a brigar ferozmente. Orvalho, cansado da apatia de Jair, decidiu que era hora de deixar Terraplanópolis e ir para outro país. Antes de partir, ele jogou uma série de pragas contra Jair, prometendo que ele nunca mais teria paz.

Silas Malafaia, percebendo a oportunidade de consolidar seu poder, começou a incitar a multidão a não abandonar Jair “Messias”. Ele fez discursos inflamados, afirmando que Jair era o verdadeiro líder e que todos deveriam segui-lo cegamente. A multidão, já acostumada com as bizarrices, aplaudia e gritava em apoio, mas já não era a mesma multidão, Terraplanópolis estava dividida entre dois líderes.

Enquanto isso, os filhos de Jair “Messias” – Dudu “Bananinha”, Flávio “Pregas Frouxas” e “Cabeça de Filtro de Barro” – estavam atônitos vendo sua herança ser destruída. O “04”, como de praxe, preferiu permanecer no sigilo. Eles nunca tiveram a chance de usufruir do legado do pai aloprado e patético. Dudu, desesperado, tentou usar suas bananas para se comunicar com os extraterrestres, mas sem sucesso. Flávio, em um último esforço, fez uma versão ainda mais ridícula de sua “Dança das Pregas”, mas ninguém prestou atenção. “Cabeça de Filtro de Barro” tentou organizar mais competições absurdas, mas os Terraplanistas estavam mais interessados nas novas ordens de Pablo, que o chamou de “retardado mental”.

Pablo, o adolescente irresponsável, aproveitava cada momento para consolidar seu poder. Ele decretou que todos os Terraplanistas estariam livres para prosperar, para delírio geral da multidão que enxergava fortemente a ascensão de um novo líder.

A história de Terraplanópolis ficou ainda mais surreal quando foi revelado que Pablo Marçal era filho, simultaneamente, de Jair “Messias”, Silas Malafaia e Orvalho de Carvalho, resultado de uma experiência científica dos “Aliados”. Para resolver a questão da paternidade, foi realizado um exame de DNA, que mostrou que Pablo tinha uma combinação genética única dos três líderes, o que ninguém queria assumir.

A disputa pelo poder se intensificou, e os três decidiram resolver a questão com uma competição bizarra. Silas Malafaia se cobriu de ketchup e fingiu uma morte dramática. Jair “Messias” se vestiu de super-herói com uma capa de sacos de lixo e fingiu salvar gatinhos imaginários. Orvalho de Carvalho, participando a distância, fingiu ser abduzido pelos “Aliados” com uma nave espacial improvisada. A comunidade, perplexa, assistia a tudo isso.

Pablo, ao assistir aquela competição ridícula, resolveu fazer sua jogada final, alegando ter poderes sobrenaturais concedidos pelos “Aliados”. Hipnotizados, os Terraplanistas engoliram suas histórias e seguiram suas ordens absurdas, consolidando seu domínio absoluto sobre Terraplanópolis. Não satisfeito, Pablo tentou se tornar o senhor absoluto do feudo de São Paulo, uma manobra brilhante para ganhar tempo enquanto planejava conquistar toda a nação/império.

Enquanto isso, Silas, Jair e Orvalho, desesperados para recuperar o controle, tentaram atos cada vez mais absurdos para ganhar a confiança dos Terraplanistas, mas falharam miseravelmente. Pablo, em sua infinita sabedoria, decretou que todos deveriam construir monumentos bizarros em sua honra e continuar usando chapéus de papel alumínio para se proteger das ondas cerebrais dos Comunistas. Além disso, promoveu intensos jejuns de informações, onde seus seguidores deveriam se privar de qualquer notícia que não viesse de suas redes sociais. Tudo isso, claro, em nome da suprema liberdade do povo terraplanista. “Supremo é o Povo”, bradava o bastardo na cara dos seus pais envergonhados

Os filhos de Jair também tentaram se destacar com performances ridículas, mas a devoção dos Terraplanistas a Pablo já estava consolidada. A bizarrice e o caos continuaram a se desenrolar, com todos seguindo cegamente as ordens de Pablo, enquanto ele organizava competições insólitas através das redes sociais para manter seu poder.

As apresentações foram um sucesso estrondoso, com os Terraplanistas rindo e aplaudindo cada ato ridículo. Pablo, observando tudo do alto de seu altar de pneus e celulares, sentia-se mais poderoso do que nunca. Ele sabia que havia conquistado a devoção dos Terraplanistas de forma definitiva. Só que não... 

Como a paz não tem vez naquela nação, Terraplanópolis estava prestes a ser abalada novamente (e mais uma vez). Durante o festival do Marçal, uma nova mensagem dos “Aliados” apareceu nos celulares de todos os Terraplanistas. A mensagem continha uma profecia enigmática, sugerindo que um novo líder estava prestes a surgir, alguém que traria a verdadeira revelação dentro de 72 horas.

Os Terraplanistas, confusos e ansiosos, começaram a questionar sua devoção a Pablo. Silas, Jair e Orvalho, vendo uma nova oportunidade, começaram a espalhar rumores de que eles eram os verdadeiros escolhidos pelos “Aliados”. Pablo, mesmo não sabendo a origem de tais mensagens, percebendo a ameaça, decidiu que era hora de tomar medidas drásticas.

Para aumentar ainda mais o suspense, Pablo declarou que os “Aliados” lhe haviam dado uma missão especial: ele deveria liderar os Terraplanistas em uma jornada épica para encontrar o “Grande Portal”. Como Moisés conduzindo o povo escolhido através do deserto, eles rumariam para um lugar sagrado onde todos seriam abençoados com poderes sobrenaturais. Os Terraplanistas, completamente hipnotizados pela performance de Pablo, começaram a se preparar para a jornada.

A jornada épica dos Terraplanistas, liderada por Pablo, continuava com mais eventos inacreditáveis. Os Terraplanistas, completamente hipnotizados pela promessa do “Grande Portal”, seguiam Pablo sem questionar, enfrentando obstáculos ridículos e realizando rituais absurdos.

Finalmente, após dias de caminhada e travessias insólitas, Pablo anunciou que estavam se aproximando do “Grande Portal”. A excitação entre os Terraplanistas era palpável. Eles acreditavam que estavam prestes a ser abençoados com poderes sobrenaturais pelos “Aliados”.

Pablo, com um ar de mistério, conduziu os Terraplanistas até um local cercado por uma densa vegetação. Ele proclamou que o “Grande Portal” estava escondido ali e que todos deveriam se preparar para a revelação final. Os Terraplanistas, ansiosos, começaram a realizar a dança ridícula ao redor do monumento de pneus e celulares que haviam imediatamente construído para a abertura do portal.

Com grande pompa e circunstância, Pablo afastou a vegetação, revelando o “Grande Portal” ao som de poderosas trombetas. Para surpresa e choque de todos, o “Grande Portal” não era nada mais do que um banheiro químico unissex, estrategicamente colocado bem no meio do carnaval de Salvador em plena Praça Castro Alves. A música alta, as cores vibrantes e a multidão festiva do carnaval contrastavam drasticamente com a expectativa solene dos Terraplanistas.

Os Terraplanistas, atônitos, não sabiam como reagir. Silas Malafaia, Jair “Messias”, Flordelis e Damares, que haviam seguido a jornada disfarçados, não puderam conter o riso. Começaram a gargalhar incontrolavelmente, apontando para o banheiro químico e zombando de Pablo.

Pablo, percebendo que sua farsa estava prestes a ser desmascarada, tentou manter a compostura. Ele declarou que o banheiro químico era, na verdade, uma metáfora profunda enviada pelos “Aliados”, representando a purificação, a unidade terraplanista e a renovação. Ele afirmou que todos deveriam entrar no banheiro químico para serem abençoados.

Inicialmente, houve um silêncio absoluto enquanto os Terraplanistas tentavam processar o que estavam vendo. Alguns começaram a rir nervosamente, incapazes de acreditar que haviam sido enganados de maneira tão absurda. Outros ficaram furiosos, sentindo-se traídos e humilhados por terem seguido Pablo até aquele ponto.

Os Terraplanistas, ainda confusos, começaram a questionar a sanidade de Pablo. Alguns, desesperados por respostas, decidiram entrar no banheiro químico, apenas para sair ainda mais perplexos. 

Silas Malafaia e Jair “Messias”, aproveitando a oportunidade, começaram a incitar a multidão contra Pablo. Eles zombaram dele abertamente, apontando para o banheiro químico e ridicularizando suas promessas vazias. A multidão do carnaval, observando a cena bizarra, começou a se juntar, rindo e tirando fotos dos Terraplanistas em seus chapéus de papel alumínio.

A multidão do carnaval, observando a cena bizarra, começou a se juntar, rindo e tirando fotos dos Terraplanistas vestidos com seus chapéus de papel alumínio.

A revelação do “Grande Portal” como um simples banheiro químico unissex no meio do carnaval de Salvador deixou os Terraplanistas em um estado de choque e confusão. Eles haviam seguido Pablo com devoção cega, acreditando nas promessas de poderes sobrenaturais e revelações divinas. A realidade, no entanto, era muito mais mundana e ridícula do que eles poderiam imaginar.

A multidão do carnaval, cada vez mais envolvida na situação, começou a fazer piadas e aplaudir os terraplanistas que saíam do banheiro químico. A cena se transformou em um espetáculo de absurdos, com pessoas dançando e cantando ao redor do banheiro, em meio ao frenesi das “muquiranas”, enquanto os terraplanistas tentavam entender como haviam sido enganados de maneira tão ridícula.

A oposição, formada por Silas Malafaia e Jair “Messias”, vendo a oportunidade de recuperar o controle, começou a fazer discursos inflamados, prometendo guiar os terraplanistas de volta à verdade e à sanidade. Eles afirmaram que Pablo era um impostor e que a verdadeira liderança de Terraplanópolis deveria ser compartilhada entre eles.

Os terraplanistas, agora divididos entre a raiva e a vergonha, recompondo os cacos do que acreditavam restar de dignidade, começaram a se reorganizar. Alguns decidiram seguir o velho clã formado pela tríade Silas, Jair e Orvalho, na esperança de encontrar um novo, velho caminho. Como em uma roda de hamster.

… e assim, em meio ao caos e à confusão do carnaval de Salvador, Terraplanópolis continuava sua jornada tragicômica. A verdade, sempre distorcida e manipulada, era agora uma questão de quem conseguia contar a história mais convincentemente “cabeluda”. Pablo, o adolescente sem escrúpulos, havia perdido o controle, transformando a seita em um espetáculo de absurdos, enquanto os antigos líderes, derrotados e humilhados, tentavam reconstruir o que restava de sua influência.

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