Todo ota
Ota era o que Raul Seixas chamaria de maluco beleza. O maluco se foi, mas deixou um legado
Dia desses, voltei ao "Baratos da Ribeiro", um sebo que funcionava na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, e agora fincou raízes em Botafogo. Voltei lá para o lançamento do livro do Ota, escrito pelo Bruno Porto e lapidado pelo simpático Marcelo Martinez.
O livro não é uma biografia do Ota, Talvez seja, vá lá, "Um Bocado do Ota", como definem os autores.
“Arquivo Ota” (Editora MM Arte - 144 páginas ricamente ilustradas, impressas em papel de alta gramatura, no formato de 18 cm x 24 cm) é, na verdade, um catado das coisas encontradas na casa do cartunista, após a sua morte. Mas, nem por isso deixa de ser um livro histórico. Ao contrário, é um verdadeiro achado para os fãs e amigos do Ota.
São originais guardados com carinho pela irmã Constança D´Assunção - que tive o prazer de conhecer (é a cara do Ota!!) - além de cartas de amigos, carta de jornais, autógrafos de amigos famosos e curiosidades sobre a vida desse original, intuitivo e apaixonado cartunista.
Otacílio D’Assunção Barros (1954-2021), conhecido como Ota, foi bem mais do que o singular cartunista que, por 34 anos, comandou a versão brasileira da seminal revista de humor MAD. Em mais de cinco décadas de atuação constante no mercado editorial, fez absolutamente tudo — foi editor, roteirista, desenhista, cartunista, pesquisador e letreirista.
“Arquivo Ota - um mergulho na mente mais maluca da HQ brasileira” é uma incrível viagem visual através do vasto e inestimável acervo do icônico artista. Mais do que uma simples coletânea ou biografia, o livro reúne preciosidades como originais raros, layouts e esboços que revelam seu processo criativo, memorabilia e itens que celebram momentos inesquecíveis, correspondências que conectam Ota a grandes nomes nacionais e internacionais das HQs, além de documentos históricos e curiosidades que encantarão qualquer aficionado por quadrinhos. É uma janela para o universo criativo de uma lenda dos quadrinhos, oferecendo aos fãs e colecionadores uma visão íntima e sem precedentes de uma trajetória que marcou gerações e contribuiu imensamente para a História do Quadrinho Brasileiro.
Ota era o que Raul Seixas chamaria de maluco beleza. O maluco se foi, mas deixou um legado.
Este livro faz parte dele.
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