Um governo temerário
O objetivo do golpe legislativo é impor um presidente da República que coloque em prática um projeto político que jamais seria aprovado pelos brasileiros em eleições democráticas
Declarações públicas dos protagonistas do governo ilegítimo de Michel Temer não deixam dúvida. O objetivo do golpe legislativo é impor um presidente da República que coloque em prática um projeto político que jamais seria aprovado pelos brasileiros em eleições democráticas. Na marra, o peemedebista está adotando uma nova política de estado para o Brasil, indo no rumo oposto ao escolhido pelo povo que reelegeu por voto popular a presidenta Dilma Rousseff em 2014.
Notícias com ameaças a direitos arduamente conquistados são divulgadas diariamente pelo núcleo duro do interino. As propostas, como a Reforma da Previdência com idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres, o enxugamento de programas sociais e a privatização do SUS, representam a maior tentativa de violação da Constituição Federal de 1988, desde a sua criação há quase 30 anos.
Outro sinal contundente de que Temer conduz um governo que vira as costas para a sociedade é a composição de sua equipe. Como ele foi escolhido ilegalmente pelo Congresso como se houvesse uma eleição indireta, a prioridade é atender aos interesses dos deputados e dos senadores que o apoiaram. Nessa lógica, danem-se as ruas. A preocupação é prestar contas aos aliados conservadores, nada republicanos, que patrocinaram o golpe.
Alvo da Lava Jato, réu em três ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e suspeito de tentativa de assassinato. Este é o perfil do líder do governo Temer na Câmara, André Moura (PSC-SE). Para completar a folha corrida, é o nome escolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a função. Vale lembrar que Cunha também é réu no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Isso demonstra o quanto esta nova gestão está a serviço de corruptos, estando longe de responder ao anseio da população que deseja o fim da corrupção. A situação é tão absurda que causou o primeiro racha na base governista. PSDB e DEM manifestaram extremo descontentamento com a definição de Moura.
Resistência. Esta é a palavra a nos guiar para lutar contra tantas ameaças de retrocessos em direitos sociais e trabalhistas. Temos de reforçar a luta em defesa do mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Não podemos admitir que setores da elite brasileira tomem decisões que comprometem negativamente o futuro do país. Cabe aos brasileiros definirem o caminho a seguir para retomar o desenvolvimento econômico e social. Por essa razão, temos de fazer consulta popular por plebiscito para saber se o eleitor quer ou não a antecipação das eleições presidenciais. É hora da guerra contra a opressão e da defesa da soberania do voto popular.
Nunca um nome condicionou tanto um destino. Temer, um governo temerário. Conforme o dicionário, irresponsável e que age sem se preocupar com o interesse público.
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