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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

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Uma resposta ao Crítico Anônimo do PCO

Reafirmo que o representante da extrema-direita Pablo Marçal deveria ser excluído dos debates

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Flow News)

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O Diário da Causa Operária, órgão de mídia do Partido da Causa Operária (PCO), publicou o artigo “Banir um direitista dos debates contribui mais para o fascismo que deixá-lo falar” (https://causaoperaria.org.br/2024/banir-um-direitista-dos-debates-contribui-mais-para-o-fascismo-que-deixa-lo-falar/), sem assinatura, criticando o artigo “Nuances nas eleições municipais”, de minha autoria, publicado no Brasil 247 (https://www.brasil247.com/blog/nuances-nas-eleicoes-municipais). Primeiramente deixo claro que o texto anteriormente publicado é de opinião e eu não tenho formação acadêmica na área de Humanidades que possa dar algum embasamento teórico além do que foi lá escrito. O mais próximo a isso é uma especialização em Jornalismo Científico. Mesmo assim, entendo pertinente responder ao artigo do Crítico Anônimo do PCO.

Pelos argumentos do artigo do Crítico Anônimo descobri-me pequeno burguês que aceita repressão, com o que não concordo, mas, talvez, contribua para minha busca pela identidade. Ao menos fui classificado como de esquerda. O Crítico Anônimo clama pelo debate, mas o PCO nunca respondeu questionamentos de eleições anteriores, feitos por e-mail, sobre propostas de governo.

Com mais de 200 publicações no Brasil 247, esta foi a primeira usada em uma crítica. O Crítico Anônimo usou um texto bem maior que o original, pois gastou 6200 caracteres para avaliar meu texto com 2800.

Reafirmo que o representante da extrema-direita Pablo Marçal deveria ser excluído dos debates, em resgate a Hannah Arendt e a banalização do mal. Aceitar o fascista na mesa de conversa é tornar-se um deles. Mas vejo que “O 18 de Brumário de Luís Bonaparte”, do velho Marx, em que a história se repete, como tragédia ou como farsa, está sendo adaptado a tempos modernos. Entre bolsonaros e marçais, as tragédias e farsas estão se repetindo sordidamente e as estamos perigosamente tolerando. E sabemos que o PCO passou a ser porta-voz da extrema direita, não é de hoje.

Certo que Bergman nos influenciou a todos, mas a expressão “ovo da serpente” é bem mais antiga, podendo ser a shakespeariana publicação “Júlio César”, de 1599, seu mais antigo registro. Foi nessa absorção antiga em que me baseei, nem tinha lembrado do filme de Bergman naquele momento.

A questão hídrica em meu artigo foi introduzida para dar corpo ao foco no urbanismo. O Crítico Anônimo parece desconhecer que os recursos naturais são finitos, vivendo no tempo em que comunistas criticavam os ambientalistas, pois estes seriam contrários ao desenvolvimento, defendido por aqueles que queriam, por óbvio, manter as práticas capitalistas para deles tomar os meios de produção, sem pensar em mudar a forma como produzimos e consumimos. O que se pensava ser um estereótipo passado é realidade presente.

Os demais tópicos de meu texto não foram abordados pelo Crítico Anônimo por desinteresse ou por concordância, não o sabemos. Ali discorri sobre mobilidade urbana, arranha-céus e a explícita preferência da Folha de S. Paulo por um dos candidatos a prefeito da capital paulista.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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