Vale tudo da Farsa Jato produziu desastre econômico
"A operação era para ser contra a corrupção, mas se transformou numa operação política", escreve o deputado Elvino Bohn Gass. "Foi um projeto em prol da destruição de empresas nacionais, entre elas a Petrobras, alvo do grande capital internacional interessado nas mega jazidas de petróleo do pré-sal"
Por Elvino Bohn Gass
A histórica decisão do Supremo Tribunal Federal do dia 23 de março de 2021, de declarar como suspeito e parcial o ex-juiz da Lava-Jato na condução dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ser comemorada por todo o povo brasileiro. A decisão põe fim à maior farsa judicial da história do Brasil, resgata a dignidade do sistema judiciário do Brasil e confirma a condição de Lula como perseguido político de uma organização criminosa montada em Curitiba.
Lula reaparece como porta-voz da esperança do povo brasileiro enquanto o ex-juiz que abandonou a toga para virar político em nome de um projeto ideológico e antinacional vai para a lata de lixo da história.
Moro e seus golden boys, cúmplices da tramoia agora desmontada, corromperam o sistema judiciário brasileiro com o objetivo de condenar Lula, ainda que sem provas, e, assim, impedi-lo de concorrer às eleições de 2018. O mais grave é que, paralelamente, agiram para destruir o País.
Desastre econômico - É preciso destacar o monumental desastre econômico provocado pela Lava Jato, com apoio da mídia tradicional e dos setores conservadores que agiram às cegas para prejudicar Lula e o PT. Estudo do Dieese/CUT mostra que só de empregos diretos foram 4,5 milhões de vagas esfaceladas por Moro e sua organização anti-Brasil. Mais de R$ 174 bilhões em investimentos produtivos deixaram de ser realizados, 40 vezes mais do que a Lava Jato diz ter recuperado de esquemas de corrupção na Petrobras.
O Produto Interno Produto (soma de todas as riquezas produzidas no País) diminuiu 3,6 pontos percentuais, afora prejuízos anuais de R$ 47,4 bilhões na arrecadação de impostos. A massa salarial do país encolheu R$ 85,8 bilhões.
Foi um projeto em prol da destruição de empresas nacionais, entre elas a Petrobras, alvo do grande capital internacional interessado nas mega jazidas de petróleo do pré-sal. A operação era para ser contra a corrupção, mas se transformou numa operação política. Para condenar corruptos não era necessário destruir a Petrobras, processo iniciado pela Lava Jato que o governo Bolsonaro está terminando de fazer.
Multinacionais e corrupção - Ora, a corrupção empresarial existe, sempre existiu, tanto em empresas privadas como públicas, no mundo todo. Infelizmente, existiu na Petrobras, mas esta não é uma exclusividade brasileira, nem deste período, como passou a Lava Jato à opinião pública brasileira.
Multinacionais sempre se envolveram em casos de corrupção - Volkswagen e a Samsumg, mais recentemente, estão aí a comprovar – mas, em seus países de origem, punem- se os corruptos e os corruptores sem quebrar as empresas, como fez a Lava Jato no Brasil. São as pessoas, e não as empresas, que cometem os crimes.
Obras públicas - Grandes empresas nacionais empresas foram desmoralizadas pela exposição leviana de suas marcas em verdadeiros shows midiáticos, com sérios prejuízos a sua atividade no Brasil e no exterior. Mais de 8 mil obras públicas foram paralisadas, com prejuízos incalculáveis ao Erário.
O Brasil e o mundo agora têm confirmado o que Lula sempre disse: a Lava Jato foi uma operação política para tirar a presidenta Dilma Rousseff e impedi-lo de ser candidato em 2018. A Lava Jato aliou-se aos interesses da direita e do capital internacional, para tentar golpear e destruir o PT. Não destruiu o PT, mas levou o Brasil ao desastre.
A decisão do STF foi uma vitória da democracia, mas para que a justiça se faça completa, é preciso limar a contaminação do sistema judiciário brasileiro dos métodos ditatoriais usados na Lava Jato e levar Moro e cia aos tribunais. Eles agiram à margem da lei e provocaram um desastre econômico sem precedentes, cuja maior vítima é o povo brasileiro.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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