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    Luciana Oliveira

    Jornalista de Porto Velho, Rondônia, e membro da Comissão Nacional de Blogueiros

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    Vexame do STF marca dia da Justiça. Sem parabéns

    O Poder Judiciário brasileiro celebra nesta quinta-feira, 8, o Dia da Justiça, uma data criada pelo Decreto-Lei nº 8.292 de 1945. Sem parabéns. A sensação é de luto. Na véspera o país assistiu ao desfecho de uma negociação entre poderes que nada tem a ver com harmonia institucional, mas que resultou de ameaças e troca de privilégios

    O Poder Judiciário brasileiro celebra nesta quinta-feira, 8, o Dia da Justiça, uma data criada pelo Decreto-Lei nº 8.292 de 1945. Sem parabéns. A sensação é de luto. Na véspera o país assistiu ao desfecho de uma negociação entre poderes que nada tem a ver com harmonia institucional, mas que resultou de ameaças e troca de privilégios (Foto: Luciana Oliveira)

    O Poder Judiciário brasileiro celebra nesta quinta-feira, 8, o Dia da Justiça, uma data criada pelo Decreto-Lei nº 8.292 de 1945. Sem parabéns. A sensação é de luto.

    Na véspera o país assistiu ao desfecho de uma negociação entre poderes que nada tem a ver com harmonia institucional, mas que resultou de ameaças e troca de privilégios.

    Quando o Supremo Tribunal Federal se curva à recusa de um réu, investigado em mais de uma dezena de denúncias, em receber notificação de um ministro, tudo leva a crer que há rabo preso entre eles.

    O ministro Marco Aurélio errou ao determinar o afastamento de Renan havendo decisão pendente sobre a legitimidade na linha sucessória, mas não foi tão grave quanto o colegiado admitir que o réu recusasse cumprir a determinação.

    Ao tolerar a desobediência de Renan, os ministros simplesmente confirmaram que não há igualdade de tratamento da primeira à última instância do judiciário.

    Se já era missão difícil notificar um político, agora então, o trabalho dos oficiais de justiça será ainda mais penoso.

    O sorriso de Renan de orelha a orelha ao abrir a sessão de hoje, é a imagem da avacalhação institucional que ocorreu por ação e omissão direta do judiciário.

    Só ele e os demais políticos ou ricos investigados que se favorecem da morosidade no processo estão felizes com a prestação jurisdicional no país.

    Quem é prejudicado com a lentidão ou submetido à celeridade duvidosa, não tem motivos para confiar e muito menos aplaudir o judiciário.

    O ministro Gilmar Mendes, disse que o dia merece ser comemorado porque o Poder judiciário está pronto "para contribuir com a consolidação e o aperfeiçoamento das instituições brasileiras, de modo a avançarmos com segurança na direção de um futuro verdadeiramente democrático e justo".

    Nem ele acredita que no diz, só é cínico.

    Cada vez menos, por sucessivas gambiarras e lambanças, a sociedade brasileira acredita que todos são iguais perante a lei.

    É lenda e basta investigar o passo dos processos em todos os tribunais do país para verificar que os que envolvem réus com poder político ou econômico, andam diferente e por isso, crimes prescrevem.

    Por isso as gargalhadas de pé de cangote entre Aécio Neves e o juiz Sérgio Moro.

    Por isso Romero Jucá é líder do governo.

    Por isso Michel Temer enquadrou um ministro à praticar o ilícito em benefício de particulares.

    Por tantos pedidos de vista injustificáveis.

    Por inegáveis motivos de seletividade.

    Isto posto,

    Sem parabéns no Dia da Justiça.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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